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Construção teórica de Augusto Comte

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Por:   •  25/8/2014  •  Tese  •  1.263 Palavras (6 Páginas)  •  154 Visualizações

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Resumo

Este artigo analisa a construção teórica de Augusto Comte buscando o entendimento de

sua compreensão sobre a sociedade mode

rna e as premissas sobre as quais essa

interpretação se fundamenta. A análise se volta também para o projeto político de

reorganização do Estado e da sociedade através da construção de uma nova moralidade

elaborada pelo autor tomando por base a filosofia p

ositiva.

Palavras

Chaves

:

Filosofia positiva; sociedade moderna; reforma moral

.

Abstract

This paper analyses the theorical construction of Augusto Comte searching

the

understanding of his comprehension about modern society and the premisses where

this interpretation is based. The analyses also is turned to the political project of State

and Society reorganization through construction of a new morality, worked out by

aut

hor on the basis of Positive philosophy.

Key words

: Positive philosophy; modern Society; moral reform.

1. A Interpretação Comtiana da Crise Social

Augusto Comte, como a maior parte dos teóricos sociais que procuraram

interpretar a sociedade moderna, tomou como ponto de partida de suas reflexões a

realidade histórica de sua época. Nessa, ele percebia uma situação de crise emergente,

resultado do confr

onto entre duas formas de organização social. Uma que lentamente

desaparecia e baseava

-

se em ordenações feudais de fundo teológico e militar. A outra,

nascente, era marcada pelo advento da indústria e da ciência (COMTE, 1983a).

A existência concomitante e

o conseqüente confronto entre essas duas

formas organizativas provocavam a desagregação moral e intelectual da sociedade do

século XIX. Tal desagregação era, para Comte, a fonte da qual jorrava a crise que

envolvia seu tempo. Pois, segundo ele, a base fund

amental sobre a qual se assentava a

sociabilidade humana e, portanto, a unidade social, era formada por um conjunto de

princípios fundamentais admitido em consenso pelos diferentes membros da

coletividade, que a partir dele formavam uma maneira de pensar,

de construir as

representações do mundo social e suas crenças. Assim sendo, só existia sociedade na

medida em que seus membros partilhavam de um corpo de pensamento e sentimentos

coerentemente construído e que refletia a etapa de desenvolvimento da humanid

ade.

Na interpretação comtiana, era esse conjunto consensual, fundamental

para a sociedade, que estava se desagregando frente ao movimento conflituoso de

desaparecimento e nascimento de uma nova ordem social. Esse era o cerne da crise que

precisava ser sup

erada através da constituição de uma nova unidade de pensamento

capaz de recompor a ordem, acelerando sua marcha natural no sentido da modernização

industrial e científica.

De acordo com nosso autor, não eram as instituições, as relações

materiais e estrut

ura hierárquica que constituíam o núcleo da sociedade humana, mas

sim o conjunto de idéias, representações e crenças que formavam a maneira de pensar

unanimemente partilhada por todos no grupo, ou seja, que engendrava o consenso,

unindo os homens em uma da

da ordem. E por ser assim, tanto a superação da crise

como a reorganização da sociedade não podiam ocorrer com a limitação das ações sobre

as instituições, era preciso uma reforma intelectual que atingisse o modo de pensar, de

representar a vida social (CO

MTE, 1983b).

Sendo este modo de pensar construído a partir do conhecimento existente

sobre o mundo, Comte separava, em um primeiro momento, a teoria da prática, pois

entendia que a reforma necessária para sanar os males sociais da crise e diminuir os

custo

s do desenvolvimento devia começar pela teoria capaz de estabelecer a unidade

consensual da nova ordem, para que depois essa pudesse instruir a prática. E, portanto,

para Augusto Comte, não se tratava apenas de compreender a sociedade, mas de fazê

-

lo

inter

ferindo diretamente na ordem social para seu melhor desenvolvimento.

2. A Construção da Sociologia e a Formação do Novo Consenso.

Voltando

-

se

...

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