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Desigualdade Social

Por:   •  2/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.807 Palavras (12 Páginas)  •  175 Visualizações

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O que fazer para erradicar a desigualdade brasileira

A desigualdade social é a disparidade no que tange o quesito econômico da população. Tal fato está ligado à má distribuição de renda, a falta de investimentos em áreas sociais, falta de investimento na área da saúde e da educação, por esse fato é notório que a desigualdade se faça presente nos países subdesenvolvidos, já que os países desenvolvidos são aqueles cuja política tem a pretensão de atender a todos os cidadãos de maneira igualitária e estes possuem êxito nas tarefas. Essa problemática é uma situação antiga que atinge a população, corrobora a tal asserção o fato de que no ano de 2012, a revista científica "PNAS" publicou que, segundo arqueólogos britânicos, a desigualdade social se iniciou no período neolítico, uma vez que foram encontrados ossos enterrados com utensílios em diferentes áreas e através deles foram feitas pesquisas que confirmaram essa diferença, tais objetos eram indícios de pessoas cuja vivência se deu em áreas de cultivos férteis ao passo que as outras não. Diante disso é notório o fato de que a desigualdade social tem se feito presente desde os primórdios.

Com o decorrer da história essa desigualdade se tornou mais perceptível já que, com a consolidação do capitalismo e a expansão da industrialização, houve a segregação social; processo esse que afirma na prática que a diferença de capitalismo se concentra nas mãos de minorias enquanto a maioria populacional sofre com a falta de administração dos recursos fornecidos pelo poder aquisitivo. O filósofo Jean Jacques Rousseau acredita que o homem nasce bom, porém a sociedade o corrompe em paralelo a esse pensamento é importante a analogia que afirma que a propriedade privada introduziu a desigualdade social. A Revolução Industrial, por sua vez, foi responsável pelo alto índice de desemprego, afinal a tecnologia introduzida naquela época conseguiu fazer do homem algo obsoleto e menos vantajoso, levando em consideração as máquinas e a possível substituição de matérias primas e artefatos utilizados para a produção do produto final. Com essas mudanças a concentração monetária se voltou para donos de fábricas ou pessoas cujo poder de influência social fosse maior.

É de suma importância salientar que, de acordo com a Constituição Federal, no artigo 5, o cidadão é resguardado quanto a igualdade sem distinção de cor, orientação sexual, gênero ou idade, formando assim a isonomia social e fazendo valer a lei. Entretanto a desigualdade social, medida pelo IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, no Brasil é gritante em diversos âmbitos, entre os quais pode ser enfatizado a educação, saúde, saneamento básico e baixos salários que geram outros problemas como marginalização, pobreza, desemprego e desnutrição. Convém salientar que a marginalização é normalmente ligada ao processo de conurbação urbana - uma sobreposição física entre duas ou mais cidades que geram problemas socioeconômicos. Os entraves citados estão presentes no território brasileiro, mas se fazem alarmantes em regiões como o Norte e o Nordeste, haja vista que essas regiões apresentam os piores IDH's do Brasil.

A desigualdade no Brasil, assim como no mundo, é conseqüência de processos que prejudicam certas classes sociais no quesito econômico, político e cultural. Tal fato está ligado ao contexto histórico cultural do país já que com a chegada dos portugueses a história foi marcada por uma série de injustiças ao enaltecer uma população. Com o final do ciclo do açúcar e com o início do período da cafeicultura no Brasil, o trabalho escravo passou a ser remunerado, contudo o salário era muito baixo, o que não agregava ou não ajudava aos trabalhadores; desse modo é notório que a concentração de renda esteve concentrada nas mãos de uma minoria populacional. Durante os últimos anos foram criadas políticas que ajudam a melhorar a condição socioeconômica de parte da população, entre as quais pode ser citada a política de cotas de escola pública para os vestibulandos, o PROUNI para facilitar o acesso ao curso superior e o Bolsa Família que ajuda famílias carentes a se manter, ainda que de maneira humilde e básica esses programas têm auxiliado em uma melhoria na vida de grande parte da população brasileira.

O economista Naercio Aquino Menezes, coordenador do Centro de Políticas Públicas no Insper (Instituto de ensino e pesquisa) explicou ao Jornal Nexo que a principal causa dessa desigualdade está no investimento em educação já que quanto maior o nível de escolaridade da sociedade, mais estruturada ela se torna. Por essa e outras problemáticas temos como principais fontes de desigualdade social as regiões norte e nordeste, já que nessas regiões as dificuldades de locomoção, interação a distancia e educacional são mais gritantes.

A região Norte do Brasil tem um dos maiores crescimento populacional do país já que existe o processo de colonização da Amazônia, o ouro em Roraima e busca por terras em Rondônia. Convém, também, salientar que no ano de 2013 a região em questão tinha cerca de 70% dos municípios com desenvolvimento regular ou baixo. Mesmo diante da quantidade de empregos a ser fornecidos ainda existem problemas que impedem a redução dessa desigualdade, seja ele educacional ou problemas relacionados à saúde pública. Na educação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região Norte é aquela que apresenta o maior número de evasão escolar do país; a maioria de sua população - Amazônia - é formada por comunidades indígenas, ribeirinhos, quilombas e outros. Essas comunidades são desprovidas de meios de transporte ou meios de comunicação; fato esse que torna a vida social ainda mais precária e obsoleta, trazendo consigo uma maior distinção em relação a outras regiões quando comparado essas questões.

A região Nordeste do Brasil, ainda que não tenha o nível de precariedade tão grande quanto ao da região Norte, é uma região que precisa de uma atenção política maior. A pouca diversidade na agricultura e na indústria, são principais fontes da diferença da concentração de renda e por sua vez, também, estão ligados as constantes secas do sertão nordestino. A dificuldade da falta de água se correlaciona ao baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), se concentrando mais em áreas rurais e no Sertão Nordestino. A taxa de fecundidade nessa região é a maior do país em que pese à taxa é menor do que o normal quando visto em relação à mundial. Tal situação é vista de maneira positiva já que é, teoricamente, preciso repor a quantidade de pessoas que não chegam à fase adulta para a reprodução, contudo o lado negativo da assertiva é o fato de estar localizada em uma região com pouca infra estrutura. A falta de chuva, como citado, acarreta a fome e a pobreza, por sua vez aumenta o índice de criminalidade a fim de ter maior possibilidade de vida, a quantidade de crianças desnutridas também se torna alarmante e com a constante falta de emprego a população vive com menos de um salário mínimo ou com o auxilio do governo do Brasil. No entanto, como citado, a situação no nordeste tem se feito melhor com o passar dos anos, porém ainda não é o suficiente para melhorar consideravelmente a vida dessa parte populacional que sofre com as constantes secas, fato este que é retratado em muitos livros literários entre os quais podemos citar "Vidas secas" de Graciliano Ramos.

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