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Ensaio - O Estrangeiro

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Por:   •  26/10/2013  •  1.013 Palavras (5 Páginas)  •  520 Visualizações

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LAIS FERNANDES

ENSAIO

ITU

2012

LAIS FERNANDES

ENSAIO

Análise do livro O Estrangeiro de Albert Camus apresentado para a disciplina de Laboratório Integrado de Práticas Textuais II, como avaliação bimestral do 2º semestre do curso de Psicologia da Faculdade de Saúde e Ciências da Vida presente no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNP),sob orientação da professora Ms. Vivian Bearzotti Pires.

ITU

2012

Este ensaio tem como objetivo realizar análise sobre a obra “O Estrangeiro” de Albert Camus a partir da teoria Epistemológica.

O escritor franco-argelino Albert Camus (1913-1960) foi, em 1957, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, três anos antes de sua morte, devido a um acidente de automóvel.

O romance “O Estrangeiro” de Albert Camus foi publicado em 1942, em um contexto de crítica social aos valores e à moral tradicional, que em grande parte, permanece até os dias de hoje.

Meursault, personagem principal do livro, se apresenta como indiferente ao mundo e as vivencias acometidas por ele, contrariando assim o que a sociedade julga ser correto e comum, quanto à demonstração de sentimentos. Mostra-se frio e sem sensibilidade alguma, vivendo a vida simplesmente sem demonstrar ambição ou apreço algum por ela.

O questionamento claro sobre sua existência virá apenas ao receber a condenação de sua morte.

Como se esta grande cólera me tivesse limpo do mal, esvaziado da esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas, eu abria-me pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por o sentir tão parecido comigo, tão fraternal, senti que fora feliz e que ainda o era. Para que tudo ficasse consumado, para que me sentisse menos só, faltava-me desejar que houvesse muito público no dia da minha execução e que os espectadores me recebessem com gritos de ódio. (Camus,1942,p.85)

A história se inicia com a morte da mãe de Meursault, evento esse que deveria normalmente provocar grande abalo emocional pelo sentimento da perda. O personagem, porém, age com indiferença, sem que demonstre qualquer sinal de tristeza, arrependimento ou outro sentimento qualquer.

Hoje, a mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi umtelegrama do asilo:

"Sua mãe falecida: Enterro amanhã. Sentidos pêsames".

Isto não quer dizer nada. Talvez tenha sido ontem. (CAMUS,1942,p.1)

Outra passagem que traz a tona tal indiferença é quando, ao ser pedido em casamento, o personagem deixa de demonstrar qualquer sentimento, seja ele positivo ou negativo, quanto a estar casado, respondendo apenas ao pedido com um “Tanto faz”.

Maria veio buscar-me à noite e perguntou-me se eu queria casar com ela. Respondi que tanto me fazia, mas que se ela de fato queria casar, estava bem. (CAMUS,1942,p.30)

Ao inserir o conceito de “experiência da subjetividade privatizada”, pode-se chegar próximo à explicação de tal situação.

A forma de pensar ou sentir a própria existência não é universal e, por tanto, particular a cada individuo, influenciado por características próprias da sociedade em que vive. Porém a experiência da subjetividade privatizada tem irrupção diante do rompimento de tradições culturais, onde valores, normas e costumes são contestados dando origem á novas formas de viver e pensar sua existência. Diante dessa crise cultural são revelados homens solitários e indecisos, por não dominarem tradições que impõem modos de agir. O homem que passará a recorrer á seus próprios sentimentos nem sempre se verá condizente com os critérios morais estabelecidos pela sociedade em geral. Há ainda um desenvolvimento de sua própria reflexão moral, bem como a perda

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