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Existe um português brasileiro?

Tese: Existe um português brasileiro?. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/5/2014  •  Tese  •  728 Palavras (3 Páginas)  •  332 Visualizações

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Existe um português brasileiro?

Visando que o nosso português brasileiro é filho legítimo da colonização portuguesa no século XVI, nos perguntamos o porquê de algumas variantes e se, consequentemente, temos uma língua própria.

Bem , consideramos que quando os portugueses chegaram no Brasil se depararam com cerca de 300 línguas indígenas diferentes. E a maneira mais eficaz que eles encontraram de dominar todos estes índios foi de aculturá-los pela imposição de uma nova língua. Além, claro, de dizimar parte destes povos. Tal processo de dominação linguística ocorreu juntamente com a ocupação territorial e teve estratégias inteligentes. Por exemplo, o padre José de Anchieta teve uma ideia bastante sugestiva para levar os índios a adoção do português. Nas peças religiosas que encenava, Anchieta fazia com que o português fosse a língua de expressão dos anjos e os demônios sempre falavam e tupinambá (tupi antigo).

Com toda a predominação do português houve uma mistura do próprio com o tupi dos nativos. O que nos define como um povo que tem um português brasileiro, que foi transmutado ao longo do tempo pelos povos imigrantes. Defender um português brasileiro existente significa defender um traço cultural particular e independente. Que sejamos aliados nesse conceito e fortalecidos como um povo de um português brasileiro.

Com todas essas transformações ao longo do tempo, podemos notar que a nossa língua tem muitas distinções com o português de Portugal. Como mostrado na tirinha é possível nos depararmos com expressões distintas para mesmos significados entre o português brasileiro e o português materno de Portugal.

Em 1757, a utilização do tupi foi proibida por uma Provisão Real. Tal medida foi possível porque, a essa altura, o tupi já estava sendo suplantado pelo português, em virtude da chegada de muitos imigrantes da metrópole. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, o português fixou-se definitivamente como o idioma do Brasil. Das línguas indígenas, o português herdou palavras ligadas à flora e à fauna (abacaxi, mandioca, caju, tatu, piranha), bem como nomes próprios e geográficos.

Com o fluxo de escravos trazidos da África, a língua falada na colônia recebeu novas contribuições. A influência africana no português do Brasil, que em alguns casos chegou também à Europa, veio principalmente do iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria (vocabulário ligado à religião e à cozinha afrobrasileiras), e do quimbundo angolano (palavras como caçula, moleque e samba).

Um novo afastamento entre o português brasileiro e o europeu aconteceu quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a família real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades.

Após a independência (1822), o português falado no Brasil sofreu influências de imigrantes europeus que se instalaram no centro e sul do país. Isso explica certas modalidades de pronúncia e algumas mudanças

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