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Fichamento

Por:   •  22/8/2015  •  Resenha  •  2.451 Palavras (10 Páginas)  •  721 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR – NOVA IGUAÇU

ANA LÚCIA FERREIRA DE OLIVEIRA

MATRICULA: 2010695036

PROFESSOR: GEORGES FLEXOR

DISCIPLINA: HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL I

ACEMOGLU, Daron; ROBINSON, James. Por Que As Nações Fracassam: As Origens do Poder, Prosperidade e da pobreza. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. (PÁGS. 182 a 210). 

Fichamento do capítulo 7

A REVIRAVOLTA

OBJETIVO:

Analisar através do texto apresentado, como conflitos políticos comuns a todas as nações, durante o longo da história pode levar a um pluralismo de poder, que em maior grau transformam o futuro de uma nação e a história de um povo.

Palavra-Chave: Destruição Criativa.  Inovação Tecnológica. Absolutismo. Conflitos Políticos.

PROBLEMAS COM MEIAS 

O marco para o inicio do processo de mecanização da produção têxtil deu-se em 1583 quando Willian Lee compreende que a principal produção interna da Inglaterra (produção de barrete de tricô) poderia ser dinamizada com a implantação de maquinas que Fizessem o mesmo serviço em maior quantidade e menor tempo. Porém ao solicitar a patente de tal invenção a Rainha Elizabeth I, tal pedido foi negado e duramente criticado, como descrito abaixo:

“Quanto atrevimento, Senhor Lee. Considera o que tal invenção me poderia causar aos pobres súditos. Decerto lhes traria a ruína ao privá-los de emprego, convertendo-os assim em mendigos.”      (ACEMOGLU, Daron; ROBINSON, James Pág. 183).

Arrasado o mesmo só consegue a aprovação e sua patente no reinado de Jaime I sucessor de Elizabeth I. A reação de Elizabeth I configura-se como o inicio do que já vimos em capítulos anteriores como “Destruição Criativa” resultante do processo de inovação tecnológica. Esse temor demonstrado pela rainha, como dito no texto:

 “O medo da destruição criativa é o principal motivo por que não houve uma melhoria sustentada dos padrões de vida entre as revoluções neolítica e industrial”. 

(ACEMOGLU, Daron; ROBINSON, James Pág. 183).

Não há duvidas de que a inovação tecnológica traz vários benefícios à sociedade por ela implantada, mas traz também como um processo natural, a substituição de mão de obra obsoleta por métodos novos de se atingir a produtividade esperada, como citado “substituição do antigo pelo novo” além de uma anulação dos privilégios alcançados numa instituição extrativista e que não cabe no processo de inovações tecnológicas. Mas do que criar uma nova forma de produção têxtil Lee ainda que, inconscientemente apontava para uma inovação no mais amplo sentido da palavra. Propunha uma “reconfiguração” do poder político e econômico, o que alias é muito temido por vários governantes como Elizabeth I e Jaime I:

“Em última instância, não foi a preocupação com o destino dos possíveis desempregados devido à invenção de Lee que levou Elizabeth I e Jaime I a lhe negarem a patente; foi seu medo de saírem perdendo politicamente – isto é, seu receio de que os prejudicados pela máquina viessem a gerar instabilidade política e pôr em risco o seu poder”. (ACEMOGLU, Daron; ROBINSON, James Pág. 183).

O ONIPRESENTE CONFLITO POLÍTICO

 Vemos em todo o texto até aqui, como ao longo da história torna-se claro a onipotência dos conflitos políticos. Tais conflitos fazem parte do processo de desenvolvimento de cada nação; e seu sucesso ou fracasso são pré-definidos pelas decisões postas em prática durante este período. É o que podemos ver em toda a história da Inglaterra até enfim alcançar a hegemonia. Conflitos entre a monarquia e seus súditos eram constantes, em 1215 os barões obrigaram o rei João a assinar uma carta Magna na qual restringia os poderes do rei, que precisaria da autorização dos mesmos caso quisesse aumentar os impostos. A restrição era tanta que uma comissão de 25 barões foi criada com a função de garantir o cumprimento da Carta por parte do rei João, sob pena de tomada de seus bens em caso de descumprimento, o que não agradou nem um pouco ao rei que logo solicitou ao Papa a anulação de tal emenda.

O poder da monarquia seria ainda mais limitado, agora pelo Parlamento, formado por aristocratas em 1265. Apesar de ser formado em sua essência pela elite, o parlamento possuía características peculiares que serviriam como base para o pluralismo de poder. Os mesmos ainda que formados exclusivamente pela elite conseguiam representar não somente as questões da sua classe social, mas representavam de forma eficaz todas as camadas da sociedade, pluralizando assim o poder, até então absoluto nas mãos do monarca. Outra característica é a de constante opositor das muitas tentativas do rei em restabelecer a totalidade do poder então limitado. Estas características foram de suma importância na revolução gloriosa. Muitas foram às guerras e conflitos tais como guerra civil, guerra das rosas etc. Mais tarde, como processo de centralização do poder pelos monarcas, inicia-se por Henrique VII e Henrique VIII uma centralização das instituições, o que poderia acarretar em uma forma de absolutismo. Porém através da Revolta Camponesa em 1381 houve uma redistribuição do poder político, essas transformações aliadas as restrições aqui citadas impostas ao poder monárquico são as bases para uma instituição política pluralista. Várias foram às tentativas da monarquia ao longo do tempo de retomar o poder absoluto reduzindo a atuação do parlamento como fizeram Jaime I e seu sucessor Carlos I concedendo monopólios aos partidários do rei, além de limitar e tentar influenciar as decisões do judiciário. No intuito de restabelecer o poder absoluto perdido a monarquia e seus sucessores passam séculos em guerra civil, até que em 1688 na ultima tentativa de restabelecimento do absolutismo, desencadeia-se uma nova crise:

“Em 1688, a tentativa do rei de restabelecer o absolutismo provocou outra crise, desencadeando nova guerra civil. O Parlamento, dessa vez, encontrava-se mais unido e organizado, e convidou o Statholder holandês, Guilherme de Orange, e sua esposa, Maria, a filha protestante de Jaime, para o trono deste. Guilherme traria um exército e reivindicaria o trono – para governar não como monarca absoluto, mas sob uma monarquia constitucional forjada pelo Parlamento”. (ACEMOGLU, Daron; ROBINSON, James Pág. 190).

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