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Gilles Lipovetsky

Por:   •  2/6/2017  •  Resenha  •  1.293 Palavras (6 Páginas)  •  265 Visualizações

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NOME: Larissa Pires Silva      1°L         ANTROPOLOGIA

Entrevista de Gilles Lipovetsky

  Gilles Lipovetsky avalia a contemporaneidade como sendo “um universo hiperindividualista e hiperconsumista, que prometia emancipação em relação a tradições e um gozo material ininterrupto”, mas acabou por criar aquilo que ele descreve como “hedonismo ansioso ”.

  1. Explique por que ele utiliza o termo “hipermoderno” ao invés de “pós-moderno”.

 R: O uso do "hiper" é muito recorrente do pensador francês, pois o "hipermoderno" se distingue do "pós-moderno". Ele utiliza o hipermoderno ao invés de pós-moderno, pois o primeiro é a exarcebação dos costumes modernos, onde tudo na modernidade é levado ao extremo, como o direito individual, a tecnociência, democracia e o mercado. O que se contrapõe ao conceito do pós-modernismo, que é a diluição do moderno. O que nos leva a crer, que o hipermodernismo ignora o moderno, e o pós-moderno pega aspectos do modernismo e incorpora à sua concepção.

  1. Por que questões como o “Brexit, Refugiados e Terrorismo” têm causado uma crise de identidade dos países europeus? Justifique.

R: Pois, devido a globalização econômica países europeus veem seus territórios sendo abarrotados por imigrantes. Com isso, eles têm medo das suas culturas serem submersas por outras nações, de perderem sua identidade. Diferentemente dos anos 60 e70, não  tínhamos toda a inquietação que, a partir dos anos 90, se tornou comum no nosso cotidiano, o que gera uma insegurança por parte desses países europeus, principalmente nos franceses. Ou seja, o medo do estrangeiro gera uma crise de identidade nesses países, já que sua cultura sempre foi tão fechada para outras nações, Com isso, a ascendência de movimentos populistas é cada vez mais comum na Europa, já que os indivíduos tem medo do estranho e agarram os ideais desses movimentos.    

  1. Como o filósofo caracteriza o hipermodernismo contemporâneo? Por que isso acontece? Quais são as consequências?

R: O mundo moderno é caracterizado pelo consumo e autonomia que as pessoas precisam ter para interpretar o mundo, numa espécie de frenesi. Mas ao mesmo tempo isso não nos fragiliza, devido ao fato de que ainda há formas de controle da sociedade pela religião e tradição. Ambas  não desaparecem, mas não nos dão mais força exterior nem estrutura, isso tudo devido a insegurança que nos é presente hoje, e a consequência disso é o mal-estar identitário.

  1. Por que a ideologia do progresso – otimista com a marcha da humanidade – não resultou no “melhor dos mundos”? Explique com detalhes as quatro inseguranças que Lipovetsky aponta em sua entrevista.

R; A ideologia do progresso não resultou no "melhor dos mundos", pois a ideia de avanço da tecnologia, ciência e democracia resultou num mundo hoje observado como inquieto, onde as pessoas buscam cada vez mais conquistas materiais devido também a instabilidade econômica mundial. Em segundo lugar, devido toda essa instabilidade financeira, as pessoas sentem uma insegurança pessoal, íntima e afetiva. Quando as pessoas se envolvem emocionalmente, por exemplo quando casam, devido a todo esse hedonismo, elas acreditam que suas relações afetivas não vão durar. Em terceiro lugar, há insegurança mundial, gerando depressões, estresse, ansiedade, consumo de psicotrópicos e tranquilizantes, tudo. Por fim, há ainda a insegurança sanitária, onde a população idosa mundial envelhece com mais saúde e, com isso, quanto mais envelhecemos, mais nos preocupamos com a saúde física e estética. Com o constante bombardeamento de informações que possuímos hoje, essas questões de saúde nos vem a tona com mais frequência. Não que isso seja ruim, as isso é um dos polos que também gera a insegurança mundial.

  1. O que são as “fake news”? Qual o propósito de quem as veicula? Quais são as consequências?

R: As "fake news" são as informações falsas difundidas. Como na democracia a política está associada a competição, cada vez mais os políticos inventam dados e informações para seduzir o público, isso através das mídias sociais . Informações nas quais são divulgadas por pessoas que não tem responsabilidade política com o que divulgam. As consequências implicam que, as pessoas que leem essas informações falsas, acreditam no que lhe és dito isso influencia nas suas atitudes em relações a decisões, como é o caso do Brexit.  

  1. Segundo Lipovetsky, atualmente alguns filósofos defendem que a técnica, conjugada ao mercado cria um universo totalitário. Compare as características do mundo da Modernidade com o mundo Hipermoderno.

R; O mundo moderno trouxe as técnicas como uma forma de facilitar a vida das pessoas, onde os valores se sobrepõem em relação à técnica. Mas o mundo hipermoderno, em contraposição, coloca os valores técnicos acima dos valores tradicionais e religiosos, o que leva o endeusamento da tecnologia que possuímos hoje. Portanto, deve haver um equilíbrio entre a técnica e os valores tradicionais e religiosos, pois tanta tecnologia trás a ansiedade que o mundo presencia atualmente.

  1. Como seria possível evitar que valores democráticos humanistas sejam engolidos pela técnica em países sem democracia e com carência educacional?

 R: Através da educação, do conhecimento transmitido aos jovens e também aos adultos, seria uma forma dos valores humanistas não serem engolidos pela técnica em países sem democracia. Através do desenvolvimento da inteligência e educação essas pessoas seriam elucidadas de como o mundo realmente funciona, e assim não seriam seduzidas pela técnica. O conhecimento é a verdadeira riqueza, segundo o pensador francês.

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