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Linguistica

Por:   •  2/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.473 Palavras (6 Páginas)  •  228 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE[pic 1]

JÉSSICA MARIA RODRIGUES DA SILVA

FRANCISCO EDEN DE SOUZA BRAGA

TERESINHA SOARES DOS SANTOS

VANESSA DE SOUZA SILVA

           

  1. TÍTULO:

Estudo da linguagem dos idosos do lar dos Vicentinos em Cruzeiro do Sul.

  1. JUSTIFICATIVA:

        Em vista o aumento da população idosa e sendo a comunicação um fator determinante para sua integração social, escolhemos os aspectos da fala idosa para descrevermos os aspectos relacionados à estruturação linguística oral dos indivíduos idosos, por sabermos que com o avanço da tecnologia e da faixa etária de vida dos mesmos sua linguagem até então arcaica acaba que se modificando para se encaixar nesta nova sociedade, mas ainda sim a linguagem materna ainda vem a prevalecer em seu léxico. A partir deste estudo apontaremos as mudanças e o que ainda prevalece.  Neste projeto, propomos desenvolver um estudo dialetológico sobre a necessidade de realizar um estudo das variações na linguagem dos idosos.

A escolha do nosso grupo deu-se pelo interesse de entender as transformações de possíveis mudanças que ocorrem na linguagem do homem no processo de envelhecimento. Entendemos que em vista do aumento crescente de expectativa de vida, os trabalhos sobre cognição do idoso, incluindo aqueles sobre linguagem, dirigem-se, também, à promoção de uma melhor qualidade de vida nessa etapa significativa.

Mediante isso, decidimos nos dirigir ao lar dos Vicentinos para estudar essa classe tão curiosa e que tem tanto a dizer que é a dos idosos. Procuraremos focar nas mudanças que estão a ocorrer em sua linguagem (fonologia, lexicologia e semântica). Pois, sabemos, que a linguagem do idoso, é uma língua materna, carregada de arcadismo originada de seus pais e dos pais dos seus pais. Que mesmo com o passar do tempo não foram perdidas.

Tais vocábulos que são para nos estranhos, para eles são comuns. No entanto, com nosso estudo poderemos chegar a observar que tais vocábulos podem permanecer estáveis ou até mesmo evoluir, principalmente se no caso dos idosos que tem um maior contato com os cuidadores, com a leitura e os meios informativos.

Portanto durante nossas visitas, nas quais serão feitas entrevistas das quais os idosos contaram sua vida até a entrada nos Vicentinos, observaremos s características do léxico no discurso dos entrevistados, mais especificamente, aquelas que evidenciam marcas lexicais de espaço e tempo.

Teremos em mente também que o fato de envelhecer, resulta em problemas na percepção, velocidade, memoria e funções executivas. Por conta disso fomos alertados pela freira responsável que teríamos o obstáculo da falta de coerência por parte dos entrevistados no momento da entrevista, ou seja, muito dos moradores do lar dos Vicentinos já não possuem uma sanidade mental tão boa, por conta disso, se repetem, e tem longos diálogos dos quais acabam esquecendo o que falam no meio das conversas.

O que não será um problema e sim um ponto positivo, uma vez que somos entendedores de tais fatos, pois temos avós e até mesmo bisavôs vivos e, portanto, somos conhecedores de tais problemas comuns nessa faixa etária. Diante disso, estamos animados diante da possiblidade de saber mais sobre esse grupo tão necessário em nossa sociedade e tão carregado de experiências, historias e superações.  

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

        A linguagem é inerente ao ser humano, constituindo-se como um conjunto de sinais que os seres humanos utilizam para comunicar suas ideias e seus pensamentos. A linguagem traz o conhecimento de um sistema formado por sinais articulados. Os animais emitem ruídos uniformes que podem representar dor, alegria etc., o homem por outro lado possui um aparelho fonador capaz de emitir variados tipos de sons.

Labov, Weireich e Herzog (1968) propõe que ao lado dos aspectos internos ou externos, os externos tem suma importância na compreensão dos fenômenos variáveis e postulam que alguns podem ser responsáveis pela variação linguística. As classes sociais, faixa etária etc., são importantes na análise dos fenômenos linguísticos que variam. Para Ferdinand Saussure (2006) é sincrônico tudo quanto se relacione com o aspecto estático da nossa ciência, é diacrônico tudo que diz respeito as evoluções. Saussure diz que há dois eixos em que todas as ciências deveriam se interessar em assinalar, o primeiro é da simultaneidade que diz respeito as relações entre as coisas coexistentes de onde toda intervenção do tempo se exclui. O segundo eixo das sucessões fala sobres os quais não se considera mais do que uma coisa por vez, mas onde estão situadas as coisas do primeiro eixo com suas modificações. Saussure ainda defende que é a linguística diacrônica estuda não mais as relações entre os termos coexistentes de um estado da língua (sincronismo) e sim entre os termos sucessivos que se substituem aos outros no tempo. Para Faraco que define diacronia como estudo da estória das línguas “Se estudamos as mudanças da língua no tempo (comparando por exemplo o português no século XII com o do século XVI e com o do século XX) estamos fazendo um estudo diacrônico. Ainda para Saussure (2006) “é o fenômeno de uma língua que sofre variações ao longo do tempo, do espaço geográfico, do espaço ou estrutura social, da situação ou do contexto de uso. Todas as línguas variam, por mais que as sociedades falem da mesma foram.

Segundo Soares (1980) “As modalidades de língua caracterizadas por peculiaridades fonológicas, sintáticas e semânticas, determinadas de um modo geral por três fatores: o geográfico, o sociocultural e o nível da fala; responsável pela variedade linguística entre comunidades fisicamente distantes, resultando em dialetos regionais.”

Para Ronald Beline (2006) variação diastrática “entende-se as variações que a língua apresenta no nível socioeconômico do falante.  Diante da observação da linguagem de grupos sociais variados Mattoso Câmara (2002) fala que na mudança, ocorre inevitavelmente na área interna da língua, quando há alteração de sentido de uma semantema em determinada palavra, uma alteração gradativa, contudo capaz de referir fases que demarcam a divisão histórica da língua. Para Ferdinand Saussure, a língua é composta de duas partes: a língua, essencialmente social, porque é convencionada pela comunidade linguística e a fala que é secundaria e individual, servindo para transmitir a língua, usada pelos falantes diante através da fonação e articulação vocal. Como manter a língua sem variações lidando com gírias e códigos diferentes? Borba diz que a variação não provoca a desagregação da língua, já que o mesmo indivíduo pode pertencer a diferentes comunidades linguísticas, podendo ainda aprender mais de uma língua.

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