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Memorial De Formação

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Por:   •  16/10/2013  •  1.842 Palavras (8 Páginas)  •  404 Visualizações

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Memórias da minha infância na escola

A maior parte da minha infância foi morando com outras famílias, e nesse período que passei uma temporada com minha madrasta, fui com ela que em meio aos castigos aprendi a escrever meu nome e o nome de familiares, eu tinha cerca de cinco anos.

Aos seis anos fui matriculada em uma escola da nossa comunidade chamada Santa Terezinha foi à única serie que estudei pela parte da tarde, tinha apenas duas salas de aulas da qual usávamos somente uma, nossa sala era multiceriada composta apenas por sete alunos, dois e eu na primeira, dois na segunda e dois na terceira ou quarta série. Minha professora se chamava Maria Celigênia de Vasconcelos Lins, uma senhora gritante que aparentemente gostava muito de mim. Achava interessante o modo como ela tentava usar a energia dos garotos imperativos e direcioná-las para os estudos.

Passei uma temporada na sua casa, e em sua companhia aprendi muitas coisas ou apenas decorei, pois a maioria não lembra mais. Ela me ensinou regras de língua portuguesa e educação familiar e apenas este último aprendi, pois o restante eu decorava por que tinha medo dela. Recordo-me que antes de eu morar com ela certa vez ela havia levado os alunos da turma para conhecer a sua casa, fomos bem recebidos com lanhes e bombons.

Apesar de simples nossa escola naquela época tinha uma boa estrutura tinha um campo de futebol na frente e a merenda era de boa qualidade feita pela filha da professora, lembro-me que sempre a diretora vinha com umas provas para “medir” o desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos e eu sempre me saia bem. A minha maior dificuldade na minha vida escolar sempre foi a distancia, não era confiável andar sozinha, às vezes eu combinava com os colegas de aula que eram vizinho para sairmos no mesmo horário, mas isso dificilmente dava certo. Quando chovia a dificuldade era maior às vezes eu dormia na escola de noite até a chuva passar e eu ir para casa.

Minha professora era minha maior motivadora recordo-me que encima do quadro-negro havia um cartaz com um menino que dizia “sou aluno nota dez” ela me falava que eu sempre devia ser como ele se quisesse dar orgulho para meu pai e ser bem sucedida. Ela sempre se referia ao meu pai por que era a pessoa por quem eu tinha mais dedicação e que sempre fazia de tudo para me manter estudando.

Foi um ano de dificuldades, mas superei e no ano de 2002 conclui a primeira serie, no ano seguinte tentei estudar na mesma escola, mas para minha surpresa ela havia fechado (atualmente estar em pleno funcionamento). Fui estudar em uma escola chamada Luiz Gonzaga da Rocha com a professora Olga, que logo de início teve que se ausentar para entrar para uma carreira política depois veio uma professora que nem se familiarizou com a turma e pediu afastamento. Tive um impacto forte ao chegar à escola e ficava constantemente de recuperação, acredito que era por que da segunda à quarta serie mudávamos muito de professor e também pela falta de diálogo que eu tinha com minha antiga professora, com ela era nas hora simples do dia que eu tirava minhas dúvidas. Não lembro o nome da maioria dos professores, só que estudei o PROERD com um professor policial chamado Edmar, eu gostava muito dessas aulas. Nessa escola era obrigação cantarmos o hino nacional assim como ficar em fila do menor para o maior para entrar na sala e merendar, a fila se dividia em duas: meninas para um lado e meninos para outro. Às vezes éramos reunidos para juntar lixo no pátio da escola no dia do meio ambiente. Tenho ainda uma foto de quando cursava a quarta serie vestida de marinha.

Na quinta serie me declinei em meus estudos e somente na sétima consegui levantar. Eu acredito que foi porque quase não tínhamos professores fixos e cada um tinha seus métodos de ensinar. Minha educação indireta com a leitura a partir da sexta serie era boa, eu lia em média trinta livros por ano, eu nunca gostava das aulas de educação física e detestava atividades dinâmicas. Foi nessa fase que comecei a entender que um professor não precisa ser prepotente e autoritário para ter autoridade e ser respeitado em sala de aula, que nem todo o professor “bonzinho” é um ótimo professor e que um bom exemplo faz toda a diferença para a educação do aluno.

Na sétima serie me superei, nossa sala era considerada uma das melhores do colégio, foi o ano que achei mais marcante nos divertíamos em passeios e tínhamos os melhores professores, mas infelizmente por motivos familiares tive que mudar de escola. Fui estudar em uma escola chamada Joana Ribeiro Amed, foi apenas meio ano que estudei na referida, mas, novamente tive outro impacto meu rendimento escolar caiu bastante e eu quase reprovei, os assuntos eram totalmente diferentes dos que eu havia estudado, por ter iniciado as aulas meses mais cedo todos estavam bem à frente e eu tinha que fazer provas para acompanhar o bimestre das quais eu não compreendia nada e não tinha condições e nem recursos para estudar felizmente consegui concluir sem reprovar e no ano seguinte voltei para Luiz Gonzaga para concluir a oitava serie.

Nesse ano oitava serie passou a ser chamado nono ano, foi um ano tranqüilo a ida para outra escola teve um lado bom, vários assuntos eu já havia estudado e os dominava com facilidade, não tirei notas melhores por que não me interessei, mas sempre fui uma aluna razoavelmente boa nunca desrespeitei nenhum professor e sempre fui tímida o suficiente para não levantar a mão para responder as perguntas mesmo quando eu sabia as respostas.

Concluindo o ensino médio e minhas expectativas

Concluindo o ensino médio me inscrevi no vestibular Enem e para minha felicidade consegui uma bolsa para o curso de pedagogia. Eu havia escolhido por sua abrangência educacional e por ser um curso que eu me identificava. Na realidade, a escolha estava muito mais centrada na idéia de ter acesso a um ensino com mais qualidade do que a algum tipo de definição acerca dos rumos a serem tomados para a vida profissional, a questão da escolha pode ser identificada em mim na medida em que surge como uma das principais justificativas a influência familiar e também da escola, pois o peso do meio escolar aparece através da identificação de alguns professores marcantes. Passei por momentos de duvidas, oscilações que depois entendi era na verdade uma elaboração minha do meu próprio projeto de vida.

Antigamente o professor era visto como detentor do saber, hoje nasceu um novo modelo, ele deve apenas ser mediador do saber, pois o aluno não é uma

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