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O Currículo e suas teorias

Por:   •  24/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.418 Palavras (14 Páginas)  •  147 Visualizações

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Índice

Introdução        3

O currículo e suas teorias        4

Multiculturalismo        7

Proposta Curricular        10

Exemplos no âmbito da proposta        12

Conclusão        14

Bibliografia        15


Introdução

Este trabalho visa o aprofundamento do tema “O currículo e o multiculturalismo”, com a fundamentação teórica com uma maior foco nos dois artigos de Ana Canes: “O multiculturalismo e seus dilemas: implicações na educação” e “Multiculturalismo e currículo em ação: um estudo de caso”; e no livro de Tadeu da Silva (1999): “Currículo: Teoria e Praxis”.

Começar-se-á pelo desenvolvimento do currículo e as suas teorias e posteriormente o multiculturalismo, onde acabará com a sua relação com o currículo.

De seguida, irá ser apresentada a proposta curricular baseada no tema deste trabalho, da nossa autoria, por nós considerada adequada e pertinente ao tema em causa. Após a sua apresentação, encontra-se formulação de três exemplos, com o objetivo de elucidar a proposta.
O currículo e suas teorias

O conceito currículo pode abarcar muitas definições, contudo no contexto educativo, pode-se apostar numa definição mais consensual que define o como os conteúdos de aprendizagem em função de certas finalidades e o modo como está organizado para os promover, incluindo os materiais e atividades.

Associado ao currículo seguem-se as teorias curriculares. As teorias curriculares, segundo George Beauchamp, têm como definição um conjunto de premissas que dão significado ao currículo a pontando as relações entre os vários elementos, constituintes e associados ao currículo, dirigindo o seu desenvolvimento, tendo em conta a avaliação. As teorias curriculares têm como função definir, descrever, explicar, prever fenómenos e ainda guiar o currículo e a sua prática, respondendo a questões que envolvem as aprendizagens, os métodos, os modos de funcionamento, a avaliação e por fim a informação e divulgação dos resultados. Estas teorias guardam ainda espaço para definir e distinguir os projetos curriculares, os programas, a interdisciplinaridade, o professor e sua função/papel, a escola, a formação, a avaliação, a diferenciação currículo a adequação e a flexibilidade de currículo.

Dentro das teorias curriculares podem definir-se, ainda, várias correntes teóricas, como por exemplo, as teorias descritivas, as prescritivas, criticas, e pós- criticas, entre outras. A corrente teórica descritiva pode ser associada a uma teoria mais técnica que conceptualiza o currículo como um produto ou conteúdos organizados em disciplinas, cujos resultados são uma série de aprendizagens que os alunos adquirem, organizados pela escola, em função de um plano previamente determinado. Esta está então focada nas práticas e baseia-se no conhecimento empírico e na análise das realidades existente, e tem um caracter linear de trespasse dos conhecimentos, habilidades e valores acumulados.

A teoria prescritiva assume uma posição mais prática, conceptualizando o currículo como um processo e não como um produto sendo um conjunto de “recomendação”/normas de ação que visam o esclarecimento de perspetivas/interpretações da condição humana realizada através da interação entre os alunos e professores de forma prática. Sendo considerada uma transação de conhecimentos utilizando o diálogo interativo com oportunidades de colocações de questões e de reconstrução do conhecimento.

Por outro lado, a teoria crítica tem uma perspetiva emancipadora, que visa estabelecer as relações entre a teoria e a prática, através de um discurso dialético, transformando os seus aprendentes em portadores de consciência critica fazendo com que os mesmos consigam estabelecer uma relação entre a ação e a reflexão cuja posição é a de transformação. Esta transformação contempla dentro de si a responsabilidade individual para a ação e ainda a reconstrução da vida pessoal e social, ou seja, quer da emancipação do próprio individuo, quer da própria sociedade.

Por último, as teorias pós-criticas assentam numa espiral de construção do conhecimento, reflexão e invenção de experiência, ou seja, cuja teoria curricular, ao passar pela descrição, descoberta, criação e novamente descoberta implicam que essa mesma teoria seja reinventada ou alterada. O que suporta ainda estas teorias são as relações com o poder que implicam o questionamento, contudo está implícito num currículo oculto. Segundo Tadeu (1999) estas teorias têm em conta vários pontos, tais como: a identidade, alteridade, diferença; subjetividade; significado do discurso; saber-poder; representação; cultura; género, raça, etnia, sexualidade e multiculturalismo. Todos estes pontos estão muitas das vezes implícitos nesse mesmo currículo oculto que abarca as atitudes, valores, dimensões do género, sexo, raça ou etnia, importância das regras, diferenciação entre capazes e incapazes, consciencialização da classes e da sua influência, podendo estes estar mais ou menos representativos consoante o poder exercido por alguém superior, que tem esse mesmo poder de determinação.

Dentro das teorias prós-criticas, e consonante o poder e flexibilidade que têm pode de trás pode-se afirmar que estas teoria se distinguem por: Currículo e Estudos de Género; Currículo e as Narrativas Étnicas e Estudos Culturais, Currículo e Interdisciplinaridade; Currículo e Cidadania, Currículo e Desenvolvimento Local, e ainda Currículo e Multiculturalismo. Sendo que o Currículo e Estudos de Género concordam numa perspetiva de, não só maximizar as diferenças que cada género tem, mas também de encontrar e esbater os vários estereótipos existem entre os géneros, tentando que estes não prejudiquem as aprendizagens dos alunos. Já as Narrativas Étnicas e Estudos Culturais têm como pontos referenciais as diferentes etnias, as desigualdades sociais, os processos culturais, as identidades do currículo e ainda organismos desconsiderados, ou seja, etnias minoritárias ou sem poder.

O Currículo e Interdisciplinaridade destaca-se face ao currículo multidisciplinar, pluridisciplinar e transdisciplinar, ou seja, num tipo de currículo que existe uma cooperação e diálogo entre as disciplinas com base numa Ação coordenadora. Segundo James & Beane (1997), é aquele que para além dos conteúdos do próprio currículo/o conhecimento integra ainda experiências e o social dos alunos para o desenvolvimento dos mesmos. Por outro lado o Currículo e Cidadania é aquele que tem especial atenção na emancipação da sociedade e por isso agrega várias dimensões como o multiculturalismo, o currículo e estudos de género, as narrativas étnicas e estudos culturais e o desenvolvimento local, tendo sempre em conta as dimensões da cidadania, ou seja, a cidadania enquanto princípio de legitimidade política, como um conjunto de valores e ainda com construção identitária. O Desenvolvimento Local, presente no anterior, é aquele que tem como foco o desenvolvimento dos vários conteúdos presentes no currículo mas acrescentando a dimensão do contexto/local onde este está inserido, fazendo que não só exista uma realidade perto dos alunos que lhes provoque experiência e também o desenvolvimento e emancipação desse mesmo contexto.

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