O Deficiente Físico na Educação Física Escolar

O Deficiente Físico na Educação Física Escolar

A educação física vem refletindo sobre a temática da deficiência, com o intuito de minimizar os problemas e assegurar a inclusão desse grupo minoritário. Nesse sentido, a Educação Física escolar pode se constituir como agente de inclusão. A atividade física adequada às possibilidades dos sujeitos, valoriza, integra à realidade, obtendo autonomia, autoconfiança e liberdade. Com a educação física apropriada aos deficientes, poderíamos mostrar à sociedade que todo cidadão, deficiente ou não, é capaz de viver com suas deficiências, praticando alguma atividade física, sem que as pessoas os olhem com compaixão. Mas sim, como capazes de ampliar suas possibilidades nos campos axiológico, social, político e cultural.

Parte dessa inclusão também envolve os alunos não deficientes. É interessante atividades de simulação para crianças consideradas normais vivenciar uma deficiência. Essas experiências permitem que eles percebam melhor as dificuldades das pessoas portadoras de deficiência e como elas podem se sentir eventualmente.  Estas atividades dão oportunidade para ao aluno conhecer suas possibilidades e seus limites, favorecendo a confraternização entre eles.

Atividade de Simulação de deficiência visual

O professor André dividiu essa atividade em duas partes. Na primeira ele colocou uma bola de futebol em um saco plástica e fez uma roda com os alunos, pedindo para que eles fechassem os olhos. O objetivo era passar a bola para o outro companheiro usando apenas o sentindo da audição. Assim era necessário escutar o barulho do plástico para ter uma idéia de onde a bola se encontrava. A tarefa se mostrou bem difícil, pois é bem complicado se direcionar apenas pelos sons. Ainda tinha a dificuldade de ter que caminhar de uma forma diferente, pois de olhos fechados ao elevar a perna havia a possibilidade de pisar na bola e levar uma queda.

A segunda parte do exercício se constituiu em chute a gol. Os alunos foram colocados em uma fila indiana e cada um teve a sua vez para chutar a bola em direção ao gol onde havia um goleiro. Nessa atividade, a pessoa que chutava a bola tinha que fazê-la de olhos fechados. Esse exercício foi ainda mais difícil que o primeiro, pois tínhamos que rolar a bola um pouco a frente e em seguida chutá-la em direção ao gol. A primeira dificuldade se dava pelo fato de quando rolávamos a bola perdíamos a noção de ela estava e ai entrava a segunda dificuldade que era chutar a bola de forma correta. E mesmo quando conseguíamos sucessos nessas duas primeiras dificuldades ainda havia a terceira que era o direcionamento da bola, que na maioria das vezes saia completamente da direção do gol.

Atividade de Simulação de Deficiência Auditiva

Nessa atividade, o professor André separou os alunos em um circulo e pediu que eles jogassem o jogo dos sete cortes. A única diferença é que eles teriam que fazer isso sem usar a fala, já que os deficientes auditivos não podem escutar. Dessa forma a contagem se dava de forma mental. Apesar de ter optado por não participar dessa atividade, pude observar de longe a dificuldade dos que participavam da brincadeira em manter o jogo em silêncio e fazer a contagem mentalmente. Por muitas vezes