REvisão Artigo Indisciplina Escolar

Com a massificação do ensino, a indisciplina e violência escolar tornaram-se fenómenos cada vez mais reiterados nas instituições escolares. A indisciplina refere-se a comportamentos ditos desviantes, por parte dos discentes, e que influenciam negativamente o clima de sala de aula.

A problemática da indisciplina é uma das principais causas de dificuldades relacionais entre alunos-alunos e professores-alunos. Não obstante, não se poderá afirmar que são os educandos os principais causadores deste problema, mas os docentes também possuem uma quota-parte. Muitos docentes queixam-se dos atos indisciplinados dos seus alunos, esquecendo-se que são eles que têm de assumir um papel preponderante nesta relação, o da liderança e o da autoridade.

Existem fatores explicativos relativamente à indisciplina, nomeadamente o ambiente familiar, a origem social dos alunos, a organização da escola e as práticas pedagógicas. No intendo do ambiente familiar, poder-se-á dizer que se o aluno nasce no seio de uma família instável, onde não se verifica a existência de regras nem de limites, esta criança muito dificilmente acatará, de bom grado, as regras e exigências da escola. Além disso, se essa mesma família não valoriza, não motiva os filhos para o estudo, nem possui expetativas positivas em relação à escola, provavelmente os seus descendentes serão alunos indisciplinados. No que concerne à origem social dos alunos, esta relaciona-se com o facto de as famílias de fracos rendimentos económicos não poderem dar todos os apoios necessários para o sucesso educativos dos seus educandos. Isto faz com que sejam alvo de repetidos insucessos. Perante tal situação, muitos desses alunos desmotivam-se e revoltam-se contra a escola e toda a comunidade envolvente. A organização escolar é um fator despoletador de indisciplina, na medida em que não oferece diversidade de escolha para os que a frequentam. Alguns alunos encaram-na como sendo uma instituição inflexível e rígida, não indo ao encontro das suas necessidades e expetativas. Assim, desmotivam-se e desencadeiam comportamentos desajustados. Por fim, as práticas pedagógicas exercidas pelos professores também levam a que a indisciplina despolete, principalmente quando não exercem a sua autoridade perante alunos que contestam a sua capacidade de liderança.

Todavia, existem meios que ajudam a controlar a indisciplina e que deverão ser postas em prática pelos professores, mormente a repreensão oral e a ordem de saída da sala de aula. Relativamente à repreensão oral, os docentes deverão advertir os educandos sempre que algum ato de indisciplina se adivinhe. Contudo, é necessário ter em conta que essa repreensão deverá ser seguida de bom senso e coerência, conforme o sucedido. Essa chamada de atenção deverá reportar-se apenas a um exato comportamento, com poucas palavras, com firmeza e com calma. O objetivo será aludir qual o comportamento incorreto, de modo a que o mesmo não se repita, mas respeitando a integridade da pessoa e gerando uma atitude positiva no aluno. No entanto, à comportamentos graves aos quais se deverão aplicar medidas mais severas. Mas para que isso possa ser possível, os docentes terão de dar o primeiro passo, apresentar queixa formal aos órgãos superiores da instituição onde lecionam. Um bom castigo é uma medida pedagógica que serve para admoestar o discente e demover os restantes colegas.

Para se minimizarem comportamentos indisciplinados, é imprescindível aplicarem-se medidas preventivas. O diretor de turma e/ou o professor titular é uma peça chave nessas medidas, uma vez que é ele que terá de informar os discentes acerca das regras da escola. É importante, então, recorrer-se ao diálogo entre toda a comunidade escolar e estreitarem-se relações com os pais/encarregados de educação para que todos possam trabalhar cooperativamente, motivando os alunos para a sua aprendizagem

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