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O Desenvolvimento Urbano

Por:   •  8/6/2020  •  Relatório de pesquisa  •  1.853 Palavras (8 Páginas)  •  227 Visualizações

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 Atividade Online – AO 02 - Formulário do aluno

Curso:

Superior de Tecnologia em Gestão Pública

Professor(a):

Claudio Stacheira

Nome da disciplina:

Desenvolvimento Regional e Urbano Sustentável

Discente:

Glauber Sampaio

RESUMO – Envio de tarefa

Produção de texto individual no formato resumo, sobre teorias do desenvolvimento regional.

Prezado(a) estudante:

Nesta etapa dos estudos sobre Desenvolvimento Regional e Urbano Sustentável, seu desafio é conhecer e compreender teorias de desenvolvimento regional. Para isso, primeiro leia e analise o conteúdo entre as páginas 29 e 35 do Capítulo 2 do livro de Souza e Silva (2010).

Atenção: O título do texto a ser lido é “Desenvolvimento sustentável”. Guie-se pelo número das páginas do livro, pois foi percebido na biblioteca virtual que o número da página do navegador está diferente do número da página do livro.

Após concluir do trecho do livro, estude o artigo de Madureira (2015), disponível na Biblioteca Digital (Moodle). Nesta obra você encontrará uma descrição das seguintes teorias de desenvolvimento regional: a) Teoria dos polos de crescimento de Perroux; b) Teoria da causação circular cumulativa de Myrdal; c) Encadeamentos produtivos de Hirschman; d) Teoria da base exportadora de North; e) Visão do desenvolvimento da América Latina por Raul Prebisch, e; f) Visão de Desenvolvimento de Celso Furtado.

Com base nestas leituras, elabore um resumo contemplando estas seis teorias. Da mesma forma, contemple em seu resumo o texto sobre Desenvolvimento Sustentável do livro indicado acima.

As orientações de composição e formatação do trabalho encontram-se no tópico “Orientações para o estudo do conteúdo proposto e realização da atividade online 02”.

Importante: Considerando as normas contratuais que regem o serviço da Biblioteca Virtual da UEG, o conteúdo a ser lido deve ser acessado diretamente por vocês na internet, seguindo as instruções para esta atividade. Lá, individualmente vocês poderão imprimir os trechos desejados em cada livro, de duas em duas páginas, no formato PDF. Tais regras proíbem a geração de um arquivo pelo professor para distribuição aos estudantes.

Bom estudo.

Prof. Claudio Stacheira

Resposta

Teoria dos polos de crescimento de Perroux;

Segundo Perroux (1967) a transformação da natureza de matéria-prima ao produto final é propiciada por novas e constantes invenções que dão origem a novas indústrias e movimentam esse sistema, no entanto, ele afirma: “[...] o crescimento não surge em toda a parte ao mesmo tempo; manifesta-se com intensidades variáveis, em pontos ou pólos de crescimento; propaga-se, segundo vias diferentes e com efeitos finais variáveis no conjunto da economia”. (PERROUX, 1967 p. 164).

Para Lima (2006), a Teoria dos Pólos de Crescimento não se baseia na concorrência entre as fábricas presentes num determinado lugar, e sim, em empresas específicas, que pela sua posição e tamanho podem exercer influência sobre as demais, firmando um papel dominante sobre elas.

Perroux (1967) aborda três elementos de análise sobre os Pólos de Crescimento:

1. A Indústria-Chave: Indústria que quando aumenta sua produção, eleva consigo a produção da indústria e/ou indústrias vizinhas, chamadas de motriz e movida. A estratégia desse tipo de indústria é diminuir seu preço via ganhos de escala, e com isso aumentar gradativamente a produção. O aumento da produção da indústria motriz deve propagar-se às indústrias movidas;

2. O Regime não concorrencial do complexo: Nesse sistema, a empresa dominante aumenta sua capacidade produtiva, e realiza um aumento de capital muito maior do que realizaria num ambiente exclusivamente competitivo. As indústrias envolvidas num sistema não competitivo de agrupamento tornam-se oligopólios e desfrutam desses benefícios. Os conflitos entre as grandes unidades e seus grupos, influenciam diretamente nos preços, na produção e nos custos;

3. O efeito da Aglomeração Territorial: O efeito da Aglomeração Territorial funde os dois elementos discutidos acima. “Num pólo industrial complexo geograficamente concentrado e em crescimento, registram-se efeitos de intensificação das atividades econômicas devidos à proximidade e aos contatos humanos”. (PERROUX, 1967 p.174).

Teoria da causação circular cumulativa de Myrdal;

Myrdal (1965) faz uma análise macropolítica do desenvolvimento, e nessa análise ele considera que o desenvolvimento se dá de formas diferentes entre os países, assim, divide-os em dois grupos:

· Desenvolvidos – Detentores de altos níveis de renda per capita, integração nacional e investimento;

· Subdesenvolvidos – Possuidores de baixos níveis de renda per capita e com baixos índices de crescimento.

Segundo Myrdal (1965), a Teoria Econômica, não foi elaborada para explicar o subdesenvolvimento, nem tão pouco o desenvolvimento, uma vez que nos países ditos desenvolvidos existem regiões estagnadas, e em contrapartida, nos países considerados subdesenvolvidos existem regiões altamente desenvolvidas. Dessa forma, o autor faz as seguintes considerações:

a. Existem menos países em situação econômica favorável do que o inverso;

b. Os países de situação econômica favorável normalmente apresentam um desenvolvimento econômico contínuo, dificilmente ocorrendo nos demais;

c. Nas últimas décadas aumentaram as disparidades econômicas entre esses países.

Ainda de acordo com Myrdal (1965) a explicação do desenvolvimento e subdesenvolvimento estão envolvidos inúmeros fatores econômicos e também fatores não-econômicos.

Assim, em sua Teoria da Causação Circular Cumulativa, busca mostrar que o crescimento da economia em uma região, gera um “Círculo Virtuoso” impulsionado pelo movimento de capitais, migração de capital humano, aumento da taxa de natalidade, etc. De um modo inverso, as economias não beneficiadas por esse processo desenvolvem um “Círculo Vicioso” em que o fechamento de empresas, amplia o desemprego, que por sua vez diminui a renda da região, que gera novos desempregos.

Encadeamentos produtivos de Hirschman;

Hirschman (1961) considera que nos países tidos como retardatários, ou seja, que ainda não atingiram o desenvolvimento é preciso criar as condições para que este se manifeste, o que dificilmente acontece de uma forma espontânea. Mesmo considerando-se em desacordo com grande parte da literatura existente sobre o desenvolvimento, Hirschman (1961) defende que se um país subdesenvolvido não consegue se suprir das características necessárias ao desenvolvimento (como capital, educação técnica, sistema bancário adequado, infra-estrutura), isso se dá, em função da dificuldade desse país em tomar decisões para que os pré-requisitos fundamentais para o desenvolvimento possam ser estabelecidos. “Se o atraso é devido à insuficiência numérica, ao ritmo das decisões de desenvolvimento e à realização inadequada das tarefas desenvolvimentistas, então, o problema fundamental do desenvolvimento consiste em gerar e revigorar a ação humana em determinado sentido” (HIRSCHMAN, 1961 p. 48).

Em seu trabalho, o autor refuta a abordagem clássica amparada no determinismo via círculo vicioso e analisa a realidade dos países subdesenvolvidos na busca das condições essenciais para o desenvolvimento. Desse modo, ampara sua tese nos desequilíbrios como fatores do desenvolvimento econômico, desencadeadores de uma visão progressista que auxiliaria no processo. O desenvolvimento acontece como uma cadeia de desequilíbrios em que o crescimento

econômico manifesta-se nos setores líderes e é transferido para os setores satélites de uma forma desequilibrada.

Teoria da base exportadora de North;

A Teoria da Base de Exportação é melhor aplicada quando direcionada a explicar regiões que cresceram já amparadas por uma estrutura capitalista. North (1977a) buscou traçar uma teoria que se diverge das etapas de crescimento econômico, amplamente debatidas na economia regional. O autor considera que tal estrutura não é passível de explicar todo e qualquer desenvolvimento regional citando, como exemplo, o caso dos EUA, em que sua colonização apresentava características capitalistas que visavam a exploração, produção e distribuição, porém não necessariamente na região onde essas ações ocorrem, ou seja, sem preocupações com o desenvolvimento local. O autor cita como ponto de partida básico para a descrição do crescimento econômico regional os estudos sobre crescimento da economia Canadense realizados por Harold Innis, que apresentavam os produtos primários exportáveis como a base de tal crescimento econômico. A medida que as regiões cresciam em torno de uma base de exportação, desenvolviam-se as economias externas, o que melhorava a posição do custo competitivo de seus artigos de exportação. O desenvolvimento de organizações especializadas de comercialização, os melhoramentos no crédito e nos meios de transporte, uma força de trabalho treinada e indústrias complementares, foram orientados para a base de exportação. (NORTH, 1977a p. 300).

Visão do desenvolvimento da América Latina por Raul Prebisch;

Prebisch (1963) discordava das teorias vigentes até então sobre o desenvolvimento, uma vez que considerava que o desenvolvimento não viria de forma espontânea devido em razão da acumulação de capital e a redistribuição da renda não pudessem ser concebidas apenas pela livre força de mercado. Fazia-se necessária a intervenção governamental sobre a poupança, a terra e a iniciativa individual. Para o autor um dos fatores que conspiravam contra os países subdesenvolvidos era o estrangulamento exterior do desenvolvimento econômico promovido pelos países desenvolvidos. Por um lado a população dos grandes centros que adquirem produtos primários latino-americanos, cresce com maior lentidão que a dos nossos países, e isso influi sobremaneira na lentidão da procura. Por outro lado, a elasticidade da procura de alimentos é menor naqueles países do que entre nós, como também é menor a procura de matérias-primas, devido às transformações técnicas que diminuem ou eliminam o emprego de matérias-primas naturais, ou as utilizam melhor. (PREBISCH, 1963 p. 85). Um outro ponto que o autor considera negativo ao desenvolvimento latino-americano gira em torno do o exagero na cobrança de tarifas alfandegárias instituídas para beneficiar os produtos produzidos internamente em relação aos estrangeiros. Tal política cumpriu seu papel ao proteger a indústria nacional insipiente, mas em

contrapartida, privou a mesma da competição internacional e com isso da modernização e da eficiência produtiva.

Visão de Desenvolvimento de Celso Furtado;

Segundo Furtado (1974) “[...] que o standard de consumo da minoria da humanidade, que atualmente vive nos países altamente industrializados, é acessível às grandes massas de população, em rápida expansão que formam o chamado terceiro mundo”. Ao tratar do desenvolvimento está implícita a discussão da divisão internacional do trabalho, que segundo Furtado (1981 p. 83) “é fruto da iniciativa do núcleo industrial em seu empenho de ampliar os circuitos comerciais existentes ou de criar novos”. Contudo, as regiões que possuíam sua estrutura econômica voltadas para o exterior, introduziram-se em novos padrões de consumo e especialização do sistema produtivo, e dessa forma, constituíram a periferia do sistema capitalista.

A troca dos recursos naturais por produtos industrializados viabiliza ainda mais o caráter explorador do centro, pois além de conseguir os recursos de que necessita, e vender seus produtos, evita de empenhar recursos monetários a essa operação. Furtado (1981) aponta quatro situações que considera importes de serem comentadas sobre a acumulação dos excedentes:

1. Apropriação do excedente exclusivamente em benefício do centro: A aplicação total ou parcial do excedente na periferia dependerá dos interesses do centro. Se houver pressão para aumento de salários, pode ser diminuída a oferta de novos empregos, ou a migração de mão-de-obra mais barata de outras regiões;

2. Apropriação de uma parte do excedente por um segmento da classe dominante local: A atuação externa apresenta ganhos quando se alia aos agentes locais. A burguesia originária do processo de divisão do trabalho e formação de excedentes sente-se ligada culturalmente com o centro e opera a parte que lhe cabe do excedente nesse viés;

3. Apropriação de parte do excedente por grupos locais que o utilizam para ampliar sua própria esfera de ação: a atuação nesse sentido pode desempenhar-se de várias maneiras, entre elas o controle da terra, destruição de atividades artesanais, disputa pelos espaços ocupados nos setores de exportação, importação e mercado financeiro;

4. Apropriação de parte do excedente pelo Estado: apresenta-se difundida em todas as partes do mundo em razão do seu papel de impulsionador do desenvolvimento. Caberia aí ao Estado o papel de agente formulador de políticas que através do excedente pudessem promover a reestruturação social.

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