O guarani

 Livro - O Guarani – José de Alencar

Aluna: Leila Dian Bonini – RA 1307220 – Letras/Inglês – 5º semestre - 2016

O romance O Guarani, publicado em 1857 de José de Alencar, retrata o indianismo brasileiro, da época da colonização do Brasil, início de 1600.  Com este romance o autor tinha como objetivo despertar a nacionalidade de seus leitores brasileiros.

Esta obra resgata o passado histórico do país, a beleza das matas, o índio, que representando a raça original da América, foi enaltecido.

A natureza: florestas, animais, flores, rios eram descritos como paradisíacos. A onça pintada, por exemplo, tratada como tigre, era a fera das matas.

 O índio Peri é visto como forte, corajoso, ágil e que tem plena consciência de suas habilidades, além disso é caracterizado como selvagem, uma referência não só ao seu povo, mas também a sua natureza livre e heróica. Ele salva Ceci, moça exuberante em beleza, de olhos azuis, pele alva, filha do português D Antônio de Mariz, tornando assim seu escravo.

Peri deixa tudo para ficar ao lado de Cecília, sua tribo, sua mata e seus costumes, seu amor é em forma de adoração, chegando a tornar-se cristão no final do romance.

Ele tem uma inteligência fenomenal, conseguiu descobrir o vilão Loredano e evitar todas as trapaças e o sequestro de Ceci e uma força admirável, conseguiu até capturar uma onça viva, só para satisfazer sua senhora.

Esta estória conta a fidelidade do índio Peri a sua Senhora Ceci, a miscigenação de índios com os portugueses, como por exemplo a Isabel, filha bastarda de D Antônio de Mariz com uma índia.

Narra também a lealdade dos aventureiros ao seu senhor, a submissão, como na época cavalheiresca medieval. O homem branco atacando o índio como se fosse um alvo (por divertimento), foi o que aconteceu com D Diogo ao matar uma índia da tribo dos Aimorés, causando assim a ira destes índios e culminando na tragédia final do livro (o ataque dos Aimorés a fortaleza dos brancos, família de Ceci).

Ceci no início tem a Peri um escravo que faz todas as suas vontades, mas no decorrer do romance ela o tem como um amigo fiel e dedicado, e ao final acaba escolhendo viver com ele, na mata, onde Peri é o rei.

Uma trágica enchente deixou-os à deriva, em cima de uma palmeira, a flor d’água descendo o rio Parnaíba. O final fica a critério do leitor, pode ser que sobreviveram ou que morreram juntos.

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