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Resenha Do Livro "A Civilização Do Espetáculo

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Por:   •  20/2/2015  •  840 Palavras (4 Páginas)  •  1.319 Visualizações

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Mario Vargas, nascido no Peru, no ano de 1936, viveu em Paris e lecionou em diversas universidades europeias e norte-americanas na década de 60. Teve diversas qualificações, dentre elas a de candidato a presidência do Peru, jornalista, dramaturgo, crítico literário e autor de várias obras, que lhe renderam diversas premiações, onde uma delas considerada a mais importantes, foi o prêmio Nobel em Literatura.1

O livro, “A Civilização do Espetáculo”, foi classificado como uma das principais obras do Mario Vargas, relatada em seis capítulos e mais uma reflexão final, de início, o autor traz a complexidade que está ocorrendo nos dias atuais para a definição da palavra cultura e também a gigante transformação que vem ocorrendo em seu conceito. Opiniões de autores renomados são citadas na obra com intuito de demonstrar a visão deles em relação ao que pensam sobre cultura. Para eles a cultura é um modo de viver, em que apenas a elite teria condições de mantê-la.

continuação, o autor descreve, que a cultura sofreu uma mudança brusca no seu conteúdo primordial, onde a apreciação das belezas das artes, a instigação do pensamento nas leituras, o deslumbramento com os hábitos e costumes diferenciados, os filmes bem bolados, que traziam histórias de conteúdo produtivo deixaram de existir, para dar lugar, na sua concepção, a uma cultura que deixou de ser tudo isto, para ser acreditada pelas pessoas como uma simples forma de distração e um passa tempo.

Na sua opinião, a cultura que fazia as pessoas refletir, pensar, e as vezes até mesmo, lutar por algo que não era satisfatório, hoje, é contextualizada, com o assistir de filme bobo, comprar algo pela embalagem ou capa, e não pelo conteúdo, onde grandes artistas e filósofos nem se quer são reconhecidos, enquanto jogadores de futebol são enaltecidos, ou seja, o conceito real foi banalizado, e refeito com uma grande abrangência, tornando quase todas as atividades humanas incorporadas a ele, para que receba um grau de valorização, por se considerar como cultura. Assim, o autor expressou seu descontentamento com o conceito de cultura: “Não vejo razão alguma pela qual a decadência da cultura não possa continuar e não possamos prever um tempo, de alguma duração, que possa ser considerado desprovido de cultura."

Finalmente, o autor expõe, que não existe mais a distinção entre preço e valor, pois, o real conceito de valor foi absorvido pelo conceito de valor

comercial dado as coisas, e que não existe mais a velha cultura de antes, pois tudo agora é consumido pelo sensacionalismo barato, dos jornais, TV e etc., e pela superficialidade do que hoje é classificado como cultura.

Assim, entende-se que a obra denuncia de forma avassaladora a banalização do que se considera cultura nos dias atuais, reforçando com citações fortes de que a cultura que acreditamos viver, não é cultura e sim, uma fuga das situações de obstáculos do dia a dia. Ainda, há na obra um alto índice de crítica ao nível de nossa intelectualidade e reflexão, nos considerando basicamente como “ratos de laboratório”, ou seja, indivíduos movidos apenas para testes, e que não tem buscado nada mais além do que por exemplo, se vê no rádio, TV e principalmente na internet. Mas uma dúvida deverá nos intrigar, será que tudo que fazemos é mera superficialidade e diversão, ou teria algo em nossos hábitos que ainda podemos classificar como um ato de cultura oficial?

É fato que damos importância a muitas coisas banais e de pouco valor cultural, mas também sabemos dar valor a o que realmente possa ser cultura de verdade, basta, este conceito ser definido pra nós com clareza e que possamos identifica-lo através das práticas da vida, pois, não adianta termos a palavra e não sabermos encontra-la no dia a dia. Por isso, a meu ver, dizer que não temos cultura, ou que utilizamos banalmente a cultura é simples, mas mostrar e trazer a toda

sociedade, sem distinção de classe social como praticar e ter essa cultura verdadeira, é muito mais difícil, e assim, a válvula de escape é fazer de várias atitudes um pouco de cultura.

Para o ramo do Direito por exemplo, ter cultura é primordial, para se comportar, argumentar, o habito de leitura para adquirir conhecimento, pensar, refletir, e muitas outras coisas, porém, como não dizer que ler um livro pela internet não seria a pratica de cultura? E como não sofrer influência dos meios de comunicação social, se são eles que ditam o clamor público e trazem facilidades para os dias tão corridos que vivemos? Por essa razão o direito une a cultura antiga com o novo contexto de cultura muito bem, e é isso que devemos acreditar, ou seja, a cultura não decaiu, ela se modernizou para acompanhar o avanço dos tempos.

Concluindo, a obra não é de grande complexidade na leitura, ela proporciona palavras objetivas e frases que vão diretamente ao que o autor pretende demostrar, fazendo com que possamos repensar algum de nossos conceitos, desta forma, é possível dizer que a cultura evolui com mundo, e que ela é algo que nem todos sabem ao certo o que realmente é.

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