Resumo: Serafina E Acriança Que Trabalha

Este livro escrito pelos autores Jô Azevedo, Iolanda Huzak e Cristina Porto relatam histórias verdadeiras contadas pela personagem Serafina a respeito de crianças pobres que enfrentam dificuldades e perigos no trabalho diário, a fim de ajudar seus pais no sustento da família. Estas crianças vivem na roça, no campo ou até em barracas no meio das florestas.

Na cidade de Tabatinga no interior de São Paulo foram encontradas crianças que acordam cedo para colher laranjas e recebem uma moedinha de 10 centavos pela caixa de 30 quilos de laranjas colhidas, além do mais, eles amarram no corpo uma sacola de lona que chegam a pesar 30 kilos quando fica cheia das laranjas apanhadas.

Em Água Clara no Mato Grosso do sul foram encontradas crianças trabalhando duro em carvoarias, sendo expostas à fumaça correndo o risco de adquirir doenças respiratórias como a pneumonia. De tanto trabalhar na carvoaria, essas crianças chegam a dormir em pé de tão cansadas.

No interior da Bahia as crianças ajudam a cuidar da lavoura de sisal, que é uma planta espinhosa, dura e resistente. Além de se machucarem com as folhas pontudas e duras dessa planta, muitas chegam a sofrer mutilações quando lidam com máquinas antigas que tiram a casca verde do sisal.

No canavial nordestino, as crianças trabalham o dia todo com facões pesados e afiados. Elas cortam 200 metros de cana e chegam a receber um pouco mais de R$ 3,00 por dia. O trabalho no canavial é duro e correm riscos de sofrerem graves acidentes.

O livro destaca também sobre o trabalho das crianças da cidade, como os vendedores de chocolate nas estações de trem, que correm o risco de serem pegos pelos fiscais e ter o prejuízo de entregar tudo para eles, e se quiserem os chocolates de volta tem que pagar um multa muito cara.

E na cidade de Pedreira, os entregadores de pão que acordam muito cedo e carregam cestos pesados da padaria para a Kombi. Elas ficam tão cansadas que nem conseguem prestar atenção na explicação da professora.

Na cidade de Franca adultos, jovens e crianças costuram cabedais a mão (que é a parte de cima do sapato). Elas trabalham muito e ganham 12,50 costurando de 40 a 50 pares de sapatos por semana. Aproximadamente R$ 0,25 centavos por par de sapato.

Estas são histórias reais de crianças que deixam de aproveitar a infância, brincando, estudando passando o tempo com sua família para trabalharem duro no dia-a-dia. Através desse livro, tomamos o conhecimento do ECA ( estatuto da criança e do adolescente) criado à dez anos com objetivo de proteger seus direitos e proibir qualquer trabalho a menores de 16 anos, a não ser na condições de aprendiz e só a partir dos 14 anos.

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