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Sandra Laya

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Por:   •  23/8/2014  •  Tese  •  1.054 Palavras (5 Páginas)  •  308 Visualizações

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atps da sandra laia

Sabemos que o meio de expressão de todas as línguas humanas é o som produzido pelo aparelho fonador. Mas a maior parte delas, no entanto, possui um segundo meio de expressão: a escrita. Sua origem é o Oriente Médio, há cerca de 5 mil anos, e, como meio, ligou-se desde o início à prática dos desenhos; apesar disso, há inúmeras línguas no mundo que não dispuseram e nem dispõem de registros com caracteres impressos e significativos.

A necessidade da escrita parece ligar-se ao grau de complexidade das culturas humanas. E, em algumas culturas fundamentalmente fechadas, onde é possível preservar o conhecimento do grupo transmitindo-se oralmente, de geração para geração, toda a substância essencial da memória, não há necessidade da escrita. No entanto em nossa cultura, heterogênea e aberta, registrar por escrito os fatos é valor fundamental para preservação futura.

Apesar de haver correlações entre fala e escrita, o ato de escrever é muito diferente do ato de falar. E a grande diferença reside essencialmente no fato de o interlocutor estar presente na hora da fala e ausente no momento em que escrevemos. Como localizar para quem escrevemos? Quem nos lerá? De que modo seremos interpretados e... será mesmo que nossa mensagem pôde ser decodificada?

Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado através de uma interrupção de quem nos ouça; além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros componentes da "fala" formam um ambiente propício: gestos, expressões faciais, tons de voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos.

Mas, no momento de escrever, falta-nos tudo isso. No vestibular, por exemplo, assim que entregamos nossa redação, ela estará longe de nós e já não poderemos complementar ideias truncadas (ah, professo1; aí nesse lugar eu quis dizer isso...), nem introduzir nossos gestos, nosso tom de voz, enfim, nossas famosas "caras e bocas" de quando falamos, falamos, falamos...

Um diálogo a distância...

Quando nosso texto nos escapa das mãos, ele vai sozinho e nos representará. É, também, uma espécie de diálogo a distância, leva, de qualquer forma, a nossa mensagem, a maneira como enxergamos o mundo, os outros e os fatos. Por isso, é sempre bom lembrar, quando escrevemos, que ao colocar ideias no papel temos que nos colocar também no lugar do outro, o nosso leitor. Somos claros? Temos dificuldades em nos expressar? Nossos argumentos são frágeis?

O leitor não deverá ter dificuldades em nos compreender e, caso tenha, a comunicação ficará truncada1, com consequências trágicas para nós.

Planejar o texto, eis a questão

A fim de expressar-se claramente na escrita, acostume-se a planejar o texto (esquematizar o que pretende escrever) e reescrevê-lo até que as ideias estejam perfeitamente claras, compreensíveis. Pergunte a si mesmo, colocando-se no lugar do leitor, se o texto está claro e se traduz seu pensamento.

Tenha paciência com você: um bom texto não vem ao mundo de uma hora para outra... Outra coisa: escrever não é meramente transpor a fala para o papel. Observe:

Texto I (falado)

"Ela tava ali, lindinha e nos conformes, cara... Fiquei olhando, imaginando um jeito de dize!; bem, você sabe, né? De dizer aqueles negócios que fico pensando sem ela. Era hora, agora, vou lá, dou uma chavecada nela, buzino umas no ouvidinho dela, tá na minha... Bom, tava faltando coragem, puxa, foi me dando um frio, uma coisa, um estado... Virei as costas, meu irmão, e me mandei... "

Texto II (escrito)

"Digo a você que ela estava lá, diante dos meus olhos. Perfeita. Olhei-a imaginando um jeito de dizer o quanto era importante para mim, dizer o que pensava dela quando estava a sós comigo mesmo. Pensei ser a hora certa, conversa1: Mas me faltou coragem. Fugi."

Como você pode observar, há características peculiares de um texto escrito. Ele deve se apresentar como um todo semântico, com as partes bem amarradas, desprovido das marcas de oralidade tais como repetições, pausas, inserções, expressões vulgares ou continuativas.

A língua escrita parece pertencer a um outro universo, embora consigamos registrá-la facilmente. Há concordâncias, regras; além do que uma outra exigência da escrita é sua apresentação formal: os parágrafos

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