Segunda Geração Prosa

Segunda Geração Prosa:

A prosa de 1930 é chamada de Neorrealismo pela retomada de alguns aspectos do Realismo-Naturalismo, contudo, com características particulares preservadas. A literatura estava voltada para a realidade brasileira como forma de manifestar as então recentes crises sociais e inquietações da implantação do Estado Novo do governo Vargas e da Primeira Guerra Mundial. Os romancistas observavam com olhos críticos a realidade brasileira, as relações entre o homem e a sociedade. Pelo fato de os romancistas deste período adotarem como componente o lado emocional das personagens, esta fase se diferenciou do Naturalismo, onde este item foi descartado. A produção literária dessa fase pode ser dividida em três tipos de prosa:

• Regionalista: tendência originada no Romantismo e adotada pelos naturalistas e pré-modernistas, na qual o tema é o regionalismo do nordeste, a miséria, a seca e o descaso dos políticos com esse estado. Essa propensão tem início com o romance A bagaceira, de José Américo de Almeida, em 1928. Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos.

• Urbana: tendência na qual a temática é a vida das grandes cidades, o homem da cidade e os problemas sociais, o homem e a sociedade, o homem e o meio em que vive. O principal autor é Érico Veríssimo, no início de sua carreira.

• Intimista: tendência influenciada pela teoria psicanalítica de Freud e de outras correntes da psicologia. Tem como tema o mundo interior. É também chamada de prosa “de sondagem psicológica”. Os principais autores são: Lúcio Cardoso, Clarice Lispector, Cornélio Pena, Otávio de Faria e Dionélio Machado.

-Rachel de Queiroz: nordestina, preocupou-se em retomar os sofrimentos aos retirantes da seca. Obra prima(máxima) “O Quinze”.

-José Lins do Rego: Nordestino, preferiu retratar uma realidade conhecida por ele: a decadência dos engenhos da cana-de-açúcar. Preconceituoso, demonstrava simpatia pelos poderosos e criticava os pobres. Obra prima(máxima) “Fogo Morto”

-Érico Veríssimo: gaúcho, retratava fatos históricos misturados à ficção e à tradição gaúcha. Estilo extremamente descritivo e detalhista. Obra máxima “O tempo e o vento” (onde ocorre uma disputa entre famílias pelo poder da cidade).

Graciliano Ramos: nordestino, retrata as secas e as injustiças sociais. Principais obras “Vidas Secas”, “São Bernardo”, “Angústia”.

Jorge Amado: nordestino, retrata a miséria social de Salvador. Obras “Gabriela cravo e canela”, “Tieta dos Agrestes”, “Dona Flor e seus dois maridos”.

Geração de 45 (Poesia)

Liberdade para escrever as poesias de forma que quisesse.

João Cabral de Melo Neto: