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Sintese Do Livro A Menina Que Roubava Livros

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Por:   •  22/4/2014  •  1.230 Palavras (5 Páginas)  •  1.079 Visualizações

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Olá pessoas! Reescrevi esse trecho umas duzentas vezes. Queria começar falando sobre clássicos e sua importância ou sua definição. Mas não cheguei a conclusão nenhuma. Então resumindo: Eu considero A Menina que Roubava Livros um clássico, mas não sei por quê.

Sempre pensei nesse livro dessa maneira. Na verdade, nem sabia sobre o que era o livro. Achei que era sobre alguma coisa leve e reflexiva no estilo Pequeno Príncipe em versão mais madura. Ledo Engano.

O livro, publicado em 2007 no Brasil pela editora Intrínseca, foi escrito pelo autor Markus Zusak. Mas eu me atrevo a dizer que ele é um poeta.

Em resumo, é um romance sobre a vida de uma menina, tentando viver sua infância pobre no meio da Alemanha nazista – antes e durante a 2º Guerra mundial. E esse romance é narrado pela Morte.

O mais incrível é que apesar da narradora, o livro não possui nenhum tipo de conteúdo sobrenatural ou fantástico. A parte referente à morte aumenta a profundidade da coisa toda porque faz as reflexões que em outro narrador seriam forçadas ou pediriam maiores explicações. Mas o simples fato de considerar a Morte como uma entidade nos leva a supor toda sua história através das eras e julgar seus argumentos como fruto da experiência de um imortal muito, muito velho.

E assim o livro começa: com a morte se apresentando.

Ela então apresenta algumas considerações sobre si mesma e a humanidade e se prepara para começar a falar de uma humana em especial que, como raros, chamou sua atenção. Ela se refere a menina como “A roubadora de livros” e vai explicando as coisas sem linha de tempo. Não se trata de fazer flashbacks – isso é diferente – é mais como uma história contada em paralelo, dando a real sensação de alguém contanto sua experiência sobre uma época antiga de sua vida.

Não existe suspense. Logo no início fica claro quem (e às vezes, quando) vai morrer – antes mesmo da história começar. Então vem o início da saga de uma pequena menina de quase 10 anos à caminho de um lar adotivo com seu irmão. Sua mãe os levando de trem com a morte observando o choque de mãe e filha enquanto segura a alma do menino mais novo em seus braços. Mãe e filha param para enterrar o pequeno corpo. Liesel Meminger não consegue absorver o impacto de ver seu irmão caçula morrer sem motivo aparente – qual criança de 10 anos conseguiria? – e se agarra a ele pegando no chão do cemitério um pequeno livro que caiu do bolso de um dos coveiros. Ela não sabe ler, mas precisa daquela lembrança. Ainda mais importante quando é entregue para ser criada por um casal de completos desconhecidos.

A mãe adotiva se mostra rabugenta e rigorosa, mas compreensiva e observadora também. O pai adotivo se mostra um herói silencioso, amoroso e amável.

Os livros surgem inicialmente como momentos de “passagem”, então ela passa a considerá-los como tesouros ao mesmo tempo que a emoção de roubar um desses tesouros se torna uma catarse.

A Morte conta essas coisas de maneira natural, como se fosse uma visita sentada no sofá da sua sala comendo bolo e biscoitos no meio da tarde. As considerações que a morte faz ao longo da história da vida da menina são emocionantes. Não exatamente emoções alegres embora haja algumas.

A situação é triste: As dificuldades da vida de uma criança pobre que não entende como as coisas são. Então sonha com um mundo, vive em outro (na maioria das vezes, cruel), e tenta agir de alguma forma entre os dois. Mas a morte não é mórbida. Mesmo as passagens mais pesadas ou são narradas com ternura e suavidade, ou são preparadas com certo humor negro. Não. “Humor Negro” é o termo errado. Mas não acredito que exista uma descrição adequada pra isso. É uma espécie de sobriedade prática demais para ser ironia, mas que fica engraçado por ser tão sério. E mesmo sem ter graça, você acaba soltando um sorriso.

No inicio de um capítulo intitulado “Diário da Morte: 1942”:

“Foi um ano para ficar na história, como 79 ou 1346, para citar apenas alguns. Esqueça a foice, diabos, eu precisava era de uma vassoura ou um rodo. Eu precisava de férias.”

E mais adiante:

“Com toda a franqueza (e sei que agora estou reclamando demais), eu ainda estava me refazendo de Stalin, na Rússia.

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