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UNIVERSIDADE, PESQUISA E EXTENSÃO: EVOLUÇÃO DE UNIVERSIDADES

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Por:   •  16/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.251 Palavras (10 Páginas)  •  290 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

UNIVERSIDADE, PESQUISA E EXTENSÃO:

EVOLUÇÃO DAS UNIVERSIDADES

Tubarão,

2014

Bryan Freitas

Camila Alberton

Cindy Cardoso

Luciano Rosa

Rubia Niehues.

UNIVERSIDADE, PESQUISA E EXTENSÃO:

EVOLUÇÃO DAS UNIVERSIDADES

Trabalho apresentado à Unidade de Aprendizagem Universidade e Ciência, do Primeiro Semestre do Curso de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Prof. Vilson Leonel, MSc

Tubarão,

2014

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 UNIVERSIDADE, PESQUISA E EXTENSÃO 4

2.1 A UNIVERSIDADE MEDIEVAL 4

2.2 A UNIVERSIDADE DE BERLIN (HUMBOLDT) 4

2.3 AS PRIMEIRAS ESCOLAS SUPERIORES NO BRASIL 5

2.4 A UNIVERSIDADE NO BRASIL NO SÉCULO XX (ATÉ A REFORMA UNIVERSITÁRIA DE 1968) 5

2.5 A REFORMA UNIVERSITÁRIA DE 1968 5

2.6 A UNIVERSIDADE NO BRASIL E A CONSTITUIÇÃO DE 1988 E A LDB

9394/96 6

2.7 A UNIVERSIDADE BRASILEIRA E OS GOVERNOS FHC, LULA E DILMA: EXPANSÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA ...........................................................6

2.8 A INDISSOCIABILIDADE ENTRE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO 6

2.9 O CURSO DE DIREITO, A UNISUL E O MODELO CATARINENSE DE UNIVERSIDADE 6

2.10 DESAFIOS DA UNIVERSIDADE NO SÉCULO XXI 7

3 CONCLUSÃO 8

REFERÊNCIAS 9

1 INTRODUÇÃO

No trabalho a seguir relataremos alguns fatos nos quais marcaram a história das universidades desde a Idade Média, onde a Igreja comandava tudo, inclusive o que podia e não podia ensinar nas universidades até então criadas. Relacionando com suas mudanças de acordo com a evolução da sociedade e novas ideias, até chegar aos dias atuais. No qual temos diferentes modelos de universidades, assim sendo: comunitárias, confessionais, particulares, públicas e filantrópicas. Podendo abranger cada vez mais, e obter significante número de alunos dentro das faculdades hoje implantadas. E também fazendo que se entenda melhor como chegamos até esse modelo, com quais meios políticos foram usados e por quem foram constituídos.

2 UNIVERSIDADE, PESQUISA E EXTENSÃO

A necessidade de se obter uma universidade vem de muito tempo atrás, desde a Idade Média, que foi o período em que surgiu. O modelo pelo qual seguiam na época era medieval, no qual era a Igreja responsável pela organização e andamento das instituições. Mas com o tempo e com as ideias iluministas esse modelo foi mudando de acordo com a evolução da sociedade e com a vinda de ideias inovadoras. A seguir poderemos entender melhor como ocorreu essa transformação até os dias de hoje.

2.1 A UNIVERSIDADE MEDIEVAL

No período em que surgiram as universidades na Idade Média, entre o final do século XI e o início do século XII, toda a educação universitária nessa fase inicial compreendia formação teológica avançada, com base na filosofia escolástica, imposta pela igreja. A universidade medieval tinha como principal característica o conservadorismo. Duas religiões dominavam nesse período, os Franciscanos e os Dominicanos. Eram totalmente eclesiásticos, criadas pelo papa e todos os professores eram membros da Igreja.

Geralmente, um aluno universitário era admitido bastante jovem, podendo ingressar nas diferentes escolas entre 12 e 15 anos de idade. Os alunos eram chamados de clérigos, ainda que não destinassem ao sacerdócio e, por conseguinte, tanto os mestres como os alunos ficavam submetidos aos tribunais eclesiásticos que administravam e tomavam as decisões na universidade, o que, era considerado um privilégio e com isso a Igreja tinha mais autonomia.

As primeiras universidades, segundo relatos, teriam aparecido nas cidades europeias de Oxford, Paris e Bolonha. Ensinavam a teologia, todas as grandes disciplinas científicas e filosóficas, gramática, dialética, música e geometria. Inicialmente, seus estudos começavam na escola de artes liberais, onde tinham contato com dois programas de disciplinas: o trivium ou “ciência das palavras” (gramática latina, retórica e dialética) e o quadrivium ou “ciência das coisas” (aritmética, geometria, astronomia e música).

No século XV mudanças são provocadas pelo Renascimento, Reforma e Contrarreforma. Com o modernismo na Europa Ocidental, as universidades medievais caíram, tendo em vista que não conseguiram acompanhar as novas necessidades culturais oriundas do rápido desenvolvimento da mentalidade individualista e da ciência moderna. Por conta disso, no século XVIII, o movimento iluminista questionou o saber medieval e o caráter canônico do ensino que começou a ruir diante das pressões capitalistas. Devido essas ideias liberais disseminadas buscou-se a integração entre o ensino e a pesquisa, surgindo assim a Universidade de Berlim, em 1810.

2.2 A UNIVERSIDADE DE BERLIN (HUMBOLDT)

O nome da universidade de Berlim provém do diplomata e filosofo Wilhelm von Humboldt que é considerado pai do sistema educacional alemão. Em 1933 foi transformada em uma instituição nazista de ensino, com isso, mais de 20 mil livros escritos por degenerados e oponentes do regime foram retirados para serem queimados. Membros judeus, professores e oponentes políticos dos nazistas foram expulsos da universidade. A universidade Humboldt é considerada a mãe de todas as universidades modernas com seu modelo tripé: ensino, pesquisa e extensão.

2.3 AS PRIMEIRAS ESCOLAS SUPERIORES NO BRASIL

No período colonial no Brasil a coroa portuguesa havia proibido a criação de instituições de ensino superior. Assim, foi apenas com a vinda da família real que surge o interesse de implantar o ensino superior. As primeiras faculdades foram a de medicina, na Bahia; de direito, em São Paulo e Recife; escolas militares e politécnicas, no Rio de Janeiro; e também faculdade de engenharia, em Ouro Preto.

O ensino superior na época era um ensino religioso, estatal e elitista, visto que só atendia aos filhos da aristocracia colonial. Mas no Brasil República a discussão sobre educação surge com mais força. A Industrialização e urbanização passaram a criar seus próprios estabelecimentos. Com essa iniciativa começou a partir elites locais e confessionais católicas.

2.4 A UNIVERSIDADE NO BRASIL NO SÉCULO XX (ATÉ A REFORMA UNIVERSITÁRIA DE 1968)

Em 1915, já na República, o governo reuniu escolas politécnicas, faculdades de direito e medicina da então capital brasileira na universidade do Rio de Janeiro. Após a queda de Getúlio Vargas, assume a presidência da República José Linhares que concede autonomia administrativa, financeira, didática e disciplinar. Somente no ano de 1961, começou um movimento pela modernização do ensino superior no Brasil, isso ocorreu com a criação da universidade de Brasília, que foi a mais moderna naquele período.

2.5 REFORMA UNIVERSITÁRIA DE 1968

Em 1964, os acordos MEC-USAID são impostos por militares e tecnocratas, lei 5.540/68, porém só se tornou pública em 1966. Estabelecidos entre o Ministério da Educação e United States Agency for International Development (USAID) tinham como objetivo promover a reforma do ensino brasileiro. Surgindo assim o primeiro, segundo e terceiro grau. Com essa reforma, se eliminou um ano de estudos fazendo com que o Brasil tivesse somente 11 níveis até chegar ao fim do segundo grau enquanto outros países europeus e o Canadá possuem no mínimo 12 níveis.

Como consequência houve então certa desqualificação do ensino público, com a ditadura no Brasil houve a afirmação da autonomia das universidades de par com a privatização do ensino superior e o aprofundamento da crise financeira das universidades públicas. O sistema educacional brasileiro caracterizou-se pela repressão, a privatização do ensino, a exclusão de boa parcela das classes populares da universidade, a institucionalização do ensino profissionalizante, o tecnicismo pedagógico e a desmobilização do magistério através de abundante e confusa legislação.

Não obstante, algo positivo resultou desse esforço de reestruturação da educação universitária no Brasil. Na década de 1970, uma rede institucional de pós-graduação foi gradualmente implementada, viabilizando programas credenciados de treinamento e pesquisa. Além disso, o Ministério de Educação estabeleceu um comitê nacional para credenciamento de programas de pós-138 graduações vinculadas a CAPES66 que se tornou um sistema bastante eficiente de avaliação pública da educação universitária.

2.6 A UNIVERSIDADE NO BRASIL E A CONSTITUIÇÃO DE 1988 E A LDB

9394/96

A Constituição Federativa no Brasil que foi promulgada em 1988 pode-se obter muitos direitos como o direito de voto para os analfabetos; voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos; direito a greve; e muitas outras mudanças como a redução Fo mandato do presidente de cinco para quatro anos. Mudanças nas quais permaneceram até hoje e são significantes.

Anos depois foi sancionada a lei 9394/96 que criou o processo nacional de avaliação das instituições de educação superior. Com a implementação dessa lei foi renovado perfil da educação no país. As universidades passaram a serem mais cobradas e fiscalizadas, as instituições universitárias passaram a serem divididas, para melhor organização em: particulares, públicas, comunitárias, confessionais e filantrópicas. Depois da implantação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), o Brasil passou a contar com um ensino democratizado, atualizado, adequado as necessidades da população.

2.7 A UNIVERSIDADE BRASILEIRA E OS GOVERNOS FHC, LULA E DILMA: EXPANSÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA.

A universidade brasileira é uma instituição pluridisciplinar, deformação dos quadros de profissionais de nível superior. Uma universidade provê educação tanto terciária quanto quartenária.

Fernando Henrique Cardoso proveu em seu governo a melhoria para a educação universitária e aprovou a lei de diretrizes e bases da educação nacional; criou o ENEM; e também contribuiu para a educação em políticas educacionais e não em número de universidades. Para Piolla (2002) a meta de ampliar o número de vagas em 40%, alcançando 560 mil alunos em cursos de graduação em 2002, foi uma que ficou só na promessa.

No governo do Lula foram criados projetos como os planos de desenvolvimento da educação; novo ENEM, REUNI, PROUNI, FIES. Segundo Azevedo (2010) Lula não fala a verdade quando diz ter criado 13 universidades federais, para ele o ex- presidente criou em rigor somente 4. E a Dilma apenas continuou seu trabalho, como a lei de cotas nas universidades federais, propostas para a educação superior.

2.8 INDISSOCIABILIDADE ENTRE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO

Até hoje mantêm o sistema tripé, sendo assim a universidade é sustentada por três pilares: ensino, pesquisa e extensão. Para Rodrigues (2011) o princípio da indissociabilidade no ensino, não existe na prática do sistema universitário brasileiro, e por isso deve ser preceito constitucional.

A Unisul é um grande exemplo de universidade, tendo programas de pesquisas como: programa professor inovador, programa de incentivo a pesquisa, dentre outros. E também tem programas de extensão, como: PRODEL, PAACI, PET SAÚDE, dentre muitos outros.

2.9 O CURSO DE DIREITO, A UNISUL E O MODELO CATARINENSE.

Sobre o curso de direito é importante mencionar que foi um dos primeiros a serem implantados no Brasil, iniciou-se com a criação das escolas de direito em São Paulo e Olinda. Podendo aprofundar um pouco sobre a criação dos cursos jurídicos no Brasil, que teve início por meio de debates na Assembleia Constituinte de 1823. O profissional de direito, já bacharel, tem a possibilidade de escolher em que área atuará. Como também a possibilidade de escolher qual operador ele deseja ser (advogado, juiz, promoter de justiça). Sendo que o Brasil é o país que possui o maior número de faculdades de direito em todo o mundo, possuindo 1.153 cursos.

O principal modelo catarinense de instituições são as instituições comunitárias. Que foram criadas pela sociedade civil pelo poder público, visando levar a educação para as comunidades que não possuíam condições de instalar uma instituição privada, já que as comunitárias são instituições sem nenhum fim lucrativo.

A lei que permitiu a criação dessas instituições é chamada de Lei das Comunitárias e foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 12 de novembro de 2013. É uma lei feita para lhe dar com a população em geral, fortalecendo o modelo comunitário. Não induz ao auxilio de quem estiver precisando mais, a lei também permite a criação de programas do governo voltadas as comunitárias. Atualmente são 1.119 universidades comunitárias cadastradas pelo MEC, entre elas a Unisul.

2.10 DESAFIOS DA UNIVERSIDADE NO SÉCULO XXI

No entanto não foi apenas no começo que as universidades tiveram dificuldades, no século XXI também encaram desafios, tanto internos quanto externos. Há professores que pensam que a sala de aula é perda de tempo e suas aulas são dadas pelos próprios alunos, assim como professores que ensinam o censo comum e não transmitem o conhecimento. A desigualdade social, a exclusão e a discriminação são alguns dos problemas enfrentados por alunos e professores.

Além desses, o neoliberalismo ou globalização neoliberal, perda de prioridade na universidade pública, nas políticas públicas do Estado, “mercadorização da universidade”, e a adoção de paradigma empresarial também fazem parte dos desafios mais comuns.

3 CONCLUSÃO

Podemos concluir então que a ideia e o surgimento de universidade foram no período medieval, no qual continuou até o surgir os iluminista e por em questão suas metodologias. No entanto é a Universidade de Berlin que foi e é o grande modelo para todas as demais universidades impostas, com seu modelo tripé: ensino, pesquisa e extensão, no qual se usa atualmente.

Já no Brasil não foi tão fácil a implantação de cursos superiores, a ideia começou a ser posta em questão por meio de debates, e assim sendo aceita aos poucos, com um número restrito de faculdades. Mas com o sucesso das então faculdades foram sentindo a necessidade de serem implantadas mais, e não apenas numa região, mas sim em várias.

Em Santa Catarina surgiu primeiro a UFSC e depois UDESC, que são universidades; federal e estadual, respectivamente. Após essas serem implantadas foram surgindo outras como a Unisul, que é particular, porém adere ao modelo catarinense, que é comunitária.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 03 mar. 2013.

______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 03 mar. 2013.

GUMBOWSKY, Argos. O ensino superior nas universidades fundacionais municipais catarinenses: a gênese de um modelo de ensino superior comprometido com o desenvolvimento regional. Disponível em: < http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe3/Documentos/Individ/Eixo3/460.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2013.

SANTOS, Boaventura de Sousa; ALMEIDA FILHO, Naomar. A universidade do século XXI: para uma universidade nova. Coimbra, 2008. Disponível em: < https://ape.unesp.br/pdi/execucao/artigos/universidade/AUniversidadenoSeculoXXI.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2013.

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA. Curso de direito. Disponível em: < http://www.unisul.br/wps/portal/home/ensino/graduacao/direito/#&__t=1362358014953>. Acesso em: 03 mar. 2013.

______. Universidade e Ciência. Palhoça: UnisulVirtual, 2013.

WANDERLEY, Luiz Eduardo. O que é Universidade? 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991.

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