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Visão geral: Simone Oliveira

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Por:   •  9/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.186 Palavras (5 Páginas)  •  303 Visualizações

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Desse modo, o conhecimento científico sobre o mundo social não é produto de uma sequência de

acasos ou situações imprevisíveis. É preciso orientar a inteligência para certa noção de ordem social, pois

a realidade social é capaz de ser observada, entendida e explicada à luz da razão.

Ao explicar relações entre acontecimentos co

No século XV, significativas mudanças ocorreram na Europa: iniciou-se uma nova era marcada

por inovações na organização do trabalho e por transformações no modo de o homem conceber o

conhecimento, a partir de então pautado na razão e na ciência.

Além de se preocupar com o desenvolvimento de explicações racionais sobre o funcionamento da

natureza, o homem renascentista passou a se preocupar com a questão de como utilizar melhor os

recursos naturais com o intuito de aumentar a produtividade e o lucro. Essa nova forma de conhecimento

da natureza e da sociedade se fundamentou em processos de experimentação e observação e foi

representada pelas obras de Galileu Galilei (1564-1642), Francis Bacon (1561-1626) e René Descartes

(1596-1650).

O pensamento social do Renascimento se expressou também na criação imaginária de mundos

ideais que mostrariam como a realidade deveria ser, sugerindo que tal sociedade seria construída pelos

homens através de sua ação e não pela crença ou pela fé.

Em A Utopia, Thomas Morus (1478-1535) defende a igualdade e a concórdia e concebe um modelo de

sociedade no qual todos têm as mesmas condições de vida e executam em rodízio os mesmos trabalhos.

Figura 08 – Thomas Morus18

Unidade I

Revisão: Simone Oliveira - Diagramação: Léo - 30/6/2011

Em sua obra O Príncipe, Maquiavel afirma que o destino da sociedade depende da ação dos

governantes e explora as condições pelas quais um monarca absoluto é capaz de obter êxitos. Além disso,

o autor analisa as condições para se chegar a conquistas, reinar e manter o poder. Maquiavel acredita

que o poder depende das características pessoais do governante, de suas virtudes, das circunstâncias

históricas e de fatos que ocorrem independentemente de sua vontade.

A obra O Príncipe ainda disserta a respeito das relações que o monarca deve manter com a nobreza,

o clero e o povo:

[O Príncipe] mostra como deve agir o soberano para alcançar e preservar o

poder, como manipular a vontade popular e usufruir seus poderes e aliados.

Como conseguir exércitos fiéis, como castigar inimigos, como recompensar

aliados, como destruir na memória do povo a imagem dos antigos líderes

(COSTA, 2005, p. 34).

A importância dessa obra reside no tratamento dado ao poder, que passou a ser visto a partir da

razão e da habilidade do governante para nele se manter, separando, assim, a análise do exercício do

poder da ética.

Figura 09 – Estátua de Nicolau Maquiavel

Segundo Costa (2005), as ideias de Thomas Morus e Maquiavel expressavam os valores de uma

sociedade em mudança, portadora de uma visão laica de si e do poder.

Com o Renascimento, novos valores sociais passaram a ser compartilhados entre os homens. Houve

uma crescente valorização da riqueza em detrimento da origem do indivíduo e a ordem social se voltou

para a competição por novos mercados e ampliação do consumo.19

Revisão: Simone Oliveira - Diagramação: Léo - 30/6/2011

CIÊNCIAS SOCIAIS

Com o desenvolvimento das atividades comerciais, uma nova classe social ganhou evidência: a

burguesia comercial, constituída por comerciantes que aspiravam lucros e tinham interesses de domínio

político.

Os valores sociais da sociedade moderna eram:

• Antropocentrismo: o homem se coloca como centro de tudo;

• Laicidade: separação das questões transcendentais das preocupações imediatas do dia a dia;

• Individualismo: valorização da autonomia individual em detrimento da coletividade;

• Racionalismo: modo de pensar que atribui valor somente à razão;

• Hedonismo: dedicação ao prazer como estilo de vida.

Saiba mais

O pensamento renascentista foi expresso em obras importantes, tais como:

ALIGHIERI, D. A Divina Comédia. Trad. Ítalo E. Mauro. São Paulo: 34, 2010.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

MORUS, T. A Utopia. Trad. Marcelo B. Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

SHAKESPEARE, W. Macbeth. Trad. M. Bandeira. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

______. Romeu e Julieta. Trad. Beatriz Viégas-Faria. Porto Alegre: L&PM, 1998.

Se houver dificuldade no acesso a essas obras, todas elas estão disponíveis

no diretório <http://www.dominiopublico.gov.br/>.

1.2.2 O século das luzes

A partir

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