A Avaliação No Ensino Da Matematica

AVALIAÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA ÚLTIMA ETAPA DO ENSINO MÉDIO

RESUMO

O trabalho tem como objetivo geral analisar as concepções de avaliação presentes no discurso e na prática pedagógica dos professores de Matemática do Ensino Médio na última etapa da educação básica investigando as repercussões do ENEM no ensino de Matemática. O tema proposto apresenta algumas reflexões sobre o que é avaliação e seu importante papel nas relações pedagógicas no contexto escolar. Conceitua avaliação externa e descreve algumas características do Enem como processo de avaliação em foco na educação básica, os quais fazem parte de algumas reformas educacionais, por iniciativa dos governos, com o objetivo de monitorar e regular os estabelecimentos educacionais, obtendo os resultados desejados.

Palavras Chaves: Avaliação-Ensino- Matemática- Enem.

ABSTRACT

The work has as main objective to analyze the present conceptions of evaluation in speech and pedagogical practice of mathematics teachers of high school in the last stage of basic education investigating the effects of ENEM in teaching Mathematics. The proposed theme presents some reflections on what is assessment and its important role in pedagogical relationships in the school context. External evaluation appraises and describes some characteristics of Enem as evaluation process focusing on basic education, which are part of some educational reforms, by the initiative of governments, in order to monitor and regulate educational establishments, getting the desired results.

Keys words: Rating-I teach Mathematics Enem.

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1 INTRODUÇÃO

Temos percebido que há uma enorme dificuldade dos professores em relação às concepções de avaliação no ensino de matemática. Pesquisas têm demonstrado que esta dificuldade está relacionada com a formação do professor de matemática, já que a mesma não se encerra com a conclusão do curso de graduação, mas no saber da experiência e de forma continuada.

A avaliação deve ser entendida como um instrumento disponível ao ensino que subsidia, permanentemente, o professor a observar se os alunos construíram conhecimentos necessários de cada conteúdo trabalhado e se eles são capazes de utilizar tais conhecimentos em situações do cotidiano.

Acompanhar os avanços e dificuldades dos alunos para que sejam redimensionados, bem como a prática pedagógica. Nesse processo o aluno não é único participante, mas também o professor, o conteúdo, a metodologia.

Muitos alunos têm medo da disciplina de matemática em razão de como é ensinada e muitas vezes, pelo alto índice de reprovação nas nossas escolas. A avaliação, da forma como está sendo realizada, leva o aluno a não ter interesse em aprender, mas simplesmente conseguir nota. A forma de avaliar está diretamente ligada ao tipo de aprendizagem que queremos do aluno. Acreditamos que é preciso repensar a maneira de ensinar e avaliar, para que cada vez mais o aluno sinta a matemática na sua realidade e possa saber como aplicá-la.

Diante das profundas marcas deixadas pela escola tradicional e pelo medo da incerteza em que o professor de hoje se encontra, ao ver seus valores e sua prática discutidos e analisados, é que se encontra nosso problema de pesquisa: Que concepções de avaliação estão presentes no discurso e na prática pedagógica, dos professores de matemática do Ensino Médio na última etapa da educação básica.

Frente à definição do problema, estabelecemos como objetivo geral: Analisar as concepções de avaliação presentes no discurso e na prática pedagógica dos professores de Matemática dos professores de matemática do Ensino Médio na última etapa da educação básica no município de Morada Nova-Ce.

Para isto foram definidos os seguintes objetivos específicos: Levantar a produção bibliográfica a respeito da temática pesquisada. Identificar as concepções de avaliação utilizadas pelos professores. Conhecer as práticas avaliativas realizadas pelos professores de matemática e sua relação com a linha pedagógica adotada. Analisar os resultados obtidos pelos alunos, quanto à apropriação do conhecimento matemático.

No decorrer do desenvolvimento do presente trabalho, a metodologia que utilizamos foi buscar pesquisas que pudessem contribuir para elucidar a relação que estabeleceríamos entre o ENEM e o ensino de Matemática no Ensino Médio, na perspectiva de encontrarmos indícios da repercussão do Exame nesse cenário. Percebemos a ausência de investigações que tratassem especificamente dessa relação, mas, encontramos e analisamos alguns trabalhos que contribuíram com o desenvolvimento desta pesquisa, por tratar do ensino da Matemática, assim como o nosso trabalho a pesquisa voltou-se para o âmbito da Matemática escolar.

2. DESENVOLVIMENTO

Concepção de Avaliação

Como integrantes de uma sociedade, estamos sujeitos a todo o momento a algum tipo de avaliação, seja no espaço escolar, no trabalho, nos movimentos sociais, numa atividade esportiva, no vestibular, numa entrevista de emprego. Nossa vida, nossas ações, nossos conhecimentos e atitudes estão sujeitos a algum tipo de comentário e julgamento, de outras pessoas ou cobranças de nós mesmos. Como estou? Gosto? Não gosto? A avaliação proporciona um conhecimento, por parte dos sujeitos, sobre o andamento das suas atividades, sobre suas limitações, sucessos e fracassos, sobre as lacunas existentes, garantindo informações para melhorar a qualidade das ações desenvolvidas e assim elevar os níveis do processo de aprendizagem.

Nesse sentido, é importante salientar o apontamento de Belloni (2001, p.14) quando nos diz que

Avaliar é uma ação corriqueira e espontânea realizada por qualquer indivíduo acerca de qualquer atividade humana; é assim, um instrumento fundamental para conhecer, compreender, aperfeiçoar e orientar as ações de indivíduos ou grupos. É uma forma de olhar o passado e o presente sempre com vistas ao futuro. Faz parte dos instrumentos de sobrevivência de qualquer indivíduo ou grupo, resultado de uma necessidade natural ou instintiva de sobreviver, evitando riscos e buscando prazer e realizações. Essas ações avaliativas são habituais, acontecendo muitas vezes de forma espontânea e se diferem daquelas que causam medo, terror e muitas vezes fazem sofrer, que são as utilizadas pelos sistemas

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