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A Carta de Governo

Por:   •  26/4/2021  •  Resenha  •  3.191 Palavras (13 Páginas)  •  144 Visualizações

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Caros eleitores,

Em um mundo em plena e constante mudança em que incertezas e notícias ruins estão batendo na porta, temos que nos manter de cabeça erguida e seguir em frente. Meu nome é Felipe Said, formado em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, pós-graduando da Fundação Getúlio Vargas em Meio Ambiente e Sustentabilidade, trabalhei sempre em setor privado o que me permitiu um contato direto com esferas públicas e privadas de diversos estados e municípios, conseguindo muita experiência na área de gestão.

Em minhas muitas viagens a trabalho, vi e vivenciei situações extremas, o que me rendeu uma vasta sabedoria em sentir o que é fundamental para continuarmos esperançosos por dias melhores. Em uma visita a este lindo município, me encantei com as pessoas e com a cidade e logo percebi o imenso potencial desta terra. Meu modo de retribuir tantos sentimentos bons que me foram proporcionados é com muito trabalho em prol do desenvolvimento de Ilha Das Flores. Como candidato à prefeitura de Ilha das Flores quero apresentar a vocês não somente um Plano de Governo, mas sim um Plano de Esperança para que enfim os dias melhores cheguem à todos. O Plano de Governo que elaborei foi criado considerando dados e informações desse belo município, explicando como devemos juntos fazer nossa gestão e indo rumo a um futuro melhor.

Mas antes de começarmos a jornada, devemos saber em que situação o nosso município. Segundo o Projeto das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) considera em seu cálculo a longevidade, educação e renda, indo mais além adequando a metodologia para incluir um pouco da história dos municípios nas três importantes dimensões do desenvolvimento humano.

Segundo relatórios do IBGE com dados levantados até 2010 considerando os 5565 municípios brasileiros, Ilha das Flores possui um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,562 conseguindo uma posição 5002°. Se considerarmos o relatório de 2000, mesmo estando na posição 4429°, o IDHM do município era de 0,421. Isso mostra uma evolução lenta da qualidade de vida dos cidadãos em relação aos demais municípios. Políticas públicas com resultados positivos em curto e médio prazo se fazem necessárias em Ilha das Flores e em um mundo onde ser sustentável não é mais uma opção, mas sim uma obrigação de todos deve ser nosso objetivo.

O primeiro passo de nossa jornada é compreender o que é desenvolvimento sustentável para assim colocarmos o plano em ação. Então, o que é desenvolvimento sustentável? O termo desenvolvimento sustentável foi criado no Relatório Brundland da Organização das Nações Unidas em 1987 e considera que é o desenvolvimento que “satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades". Isso quer dizer que o desenvolvimento sustentável engloba três principais aspectos: social, econômico e ambiental.

Como todo plano, precisamos estabelecer objetivos e metas para nos guiar rumo aos nossos resultados sustentáveis. A Resolução n°55/2 de setembro de 2000, também conhecida como “Declaração do Milênio das Nações Unidas”, foi o marco fundador dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio – ODM, adotada de forma unânime pelos grandes chefes de Estado e altos representantes dos 191 países participantes da chamada “Cúpula do Milênio das Nações Unidas”.

Foram definidos oito objetivos com ações específicas de combate à fome e à pobreza, associadas à implementação de políticas de saúde, saneamento, educação, habitação, promoção da igualdade de gênero e meio ambiente, além de medidas para o estabelecimento de uma parceria global para o desenvolvimento sustentável com previsão de conclusão até 2015. Para alcançar os oito objetivos, foram estabelecidos 21 metas globais com 60 indicadores para acompanhamento de progresso em intervalos regulares.

Com o vencimento do período de execução das ações relacionadas aos ODM em 2015, em 2012 durante a RIO+20 foi criado o documento “O Futuro que Queremos” que substituiria os ODM possibilitando que os países-membros pudessem construir coletivamente um novo conjunto de objetivos e metas voltadas ao desenvolvimento sustentável tendo como base suas experiências com os ODM.

Após mais de dois anos de negociações, foi adotado o documento “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, constando dentro da Agenda 2030 o conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (sendo 16 temáticos e 1 sobre meios de implantação) com desdobrados em 169 metas globais e 253 indicadores para acompanhamento de progresso.

Esses 17 ODS tem como direcionamento a melhoria em cinco áreas principais mas que juntos definem as metas a serem atingidas até 2030. Os cinco primeiros ODS que estão relacionados no grupo pessoas são ODS 1 (erradicação da pobreza), ODS 2 (fome zero e agricultura sustentável), ODS 3 (saúde e bem estar), ODS 4 (educação de qualidade) e por último o ODS 5 (igualdade de gênero). Os próximos cinco ODS estão inseridos no grupo prosperidade modo geral, os ODS 7 (energia acessível e limpa), ODS 8 (Trabalho decente e crescimento econômico), ODS 9 (indústria, inovação e infraestrutura), ODS 10 (Redução das desigualdades) e ODS 11 (cidades e comunidades sustentáveis). No grupo de objetivos relacionados no grupo planeta estão os ODS 6 (água potável e saneamento), ODS 12 (consumo e produção sustentável), ODS 13 (Ação contra a mudança global do clima), ODS 14 (vida na água), ODS 15 (vida terrestre). Por último e não menos importante o grupo da Paz e Parcerias fecham as cinco áreas com os dois últimos ODS 16 (paz, justiça e instituições eficazes) e ODS 17 (parcerias e meios de implementação).

Agora que sabemos os nossos objetivos e metas, precisamos dar o segundo passo do nosso Plano de Esperança estabelecendo quais são os objetivos prioritários que devemos alavancar para alçarmos voo rumo a uma Ilha das Flores melhor para todos. Tal qual o compromisso dos ODS, não vamos deixar ninguém para trás!

PLANO “MÃO NA MASSA” – Rendimento e Trabalho

Segundo meta definida pela ONU na ODS 1, precisamos até 2030 erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares, atualmente medida como pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia. Conforme dados no site do IBGE, o salário médio mensal era de 1,8 salários mínimos e a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 6,5%. Quase 60% da população ilhaflorense vivem com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa. Um absurdo que deve ser mudado imediatamente!

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