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A Companhia Hovey e Beard

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Por:   •  1/10/2013  •  Seminário  •  1.577 Palavras (7 Páginas)  •  440 Visualizações

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A Companhia Hovey e Beard

A Companhia Hovey e Beard fabricava diversos tipos de brinquedos de madeira, tais como: animais, brinquedos de puxar etc. Uma parte do processo de fabricação envolvia pintar os brinquedos semi-montados e pendurá-los em ganchos em movimento, que os transportavam através de um túnel de secagem. Esta operação era permanentemente afectada por absenteísmo, rotatividade elevada do pessoal e moral baixo.

Vejamos, de perto, a operação de pintura onde esse problema ocorreu.

Os brinquedos tinham suas partes cortadas, lixadas e parcialmente montadas na carpintaria. Eram então molhados em goma-laca, sendo em seguida pintados, predominantemente em duas cores; uns poucos em mais de duas. Cada cor exigia que o brinquedo passasse mais uma vez pela sala de pintura.

Pouco antes de os problemas começarem, a operação de pintura havia sido reorganizada de modo que os oito empregados que executavam a pintura se sentassem em linha em frente da cadeia interminável de ganchos. Estes ganchos, em contínuo movimento, passavam em frente da linha de funcionários e entravam em um forno comprido e horizontal. Cada funcionário estava sentado dentro de uma cabina que havia sido concebida de modo a permitir que fossem extraídos os vapores nocivos e fosse automaticamente retida toda a tinta em excesso.

0 pintor devia retirar o brinquedo de um tabuleiro próximo, colocá-lo em posição em um cavalete existente dentro da cabina, pintá-lo de acordo com um padrão de cor e liberar então o brinquedo, pendurando-o em um gancho que estivesse passando. A velocidade dos ganchos havia sido calculada pelos engenheiros de tal modo que cada funcionário, quando totalmente treinado, seria capaz de pendurar um brinquedo em cada gancho antes de deixar que este ficasse fora de alcance.

Os funcionários que trabalhavam na secção de pintura recebiam um bónus, de acordo com um plano para todo o grupo. Uma vez que a operação era nova para eles, estavam recebendo um bónus de formação, que decrescia de modo uniforme a cada mês. Estava previsto que esse bónus desapareceria ao cabo de seis meses, ao fim dos quais se esperava que os funcionários estivessem treinados - isto é, fossem capazes de atingir os padrões de produção, recebendo, por outro lado, um outro bónus cada vez que os ultrapassassem.

No segundo mês do período de formação, apareceram os problemas. Os pintores efectuaram a sua aprendizagem mais lentamente que o esperado e parecia que a sua produção se iria estabilizar em um nível muito abaixo do planejado. Muitos dos ganchos estavam passando por eles sem serem preenchidos. Os pintores reclamavam que os ganchos estavam passando rápido demais e que os engenheiros de tempos e movimentos haviam calculado mal a sua velocidade. Alguns funcionários pediram demissão e tiveram de ser substituídos, o que agravou ainda mais o problema da formação. 0 espirito de equipe que a gerência havia esperado que aparecesse automaticamente devido ao bónus não estava evidenciado, excepto quando se tratava de atitudes defensivas, como as definiam os engenheiros. Um dos pintores, que o resto do grupo considerava seu líder (e a quer a gerência classificava de chefe do bando), vociferava ao apresentar ao seu supervisor as diversas reclamações do grupo.

As queixas mais comuns que apareciam nesta situação de frustração generalizada eram: o trabalho era sujo, os ganchos passavam demasiado rápido, os incentivos pagos não estavam sendo bem calculados e, de qualquer modo, ficava demasiado quente trabalhando tão próximo do forno de secagem.

Um consultor a quem foi apresentada esta situação passou a trabalhar integralmente com e através do supervisor. Após muitas reuniões com o consultor, o supervisor achou que o primeiro passo a ser dado deveria ser o de reunir os pintores para um debate geral sobre as condições de trabalho — algo que estava, originalmente, totalmente fora dos seus planos, e que segundo as suas próprias palavras apenas serviria para "comprar briga". Ele tomou, pois, este passo com alguma hesitação, mas fê-lo por sua própria vontade.

A primeira reunião que se realizou logo após o final do turno, as quatro da tarde, obteve a participação de todos os oito pintores. Eles fizeram novamente as mesmas reclamações: os ganchos passavam demasiado rápido, o trabalho era demasiado sujo, a sala era demasiado quente e mal ventilada. Não se sabe bem por quê, mas foi sobre este último item que eles mais reclamaram. 0 supervisor prometeu discutir o problema da ventilação e temperatura com os engenheiros e marcou uma segunda reunião para dar a resposta ao grupo.

Nos dias seguintes, o supervisor teve varias conversas com os engenheiros e parecia que as profecias cínicas dos funcionários sobre como eles iriam reagir se estavam tomando realidade. Tanto os engenheiros como o superintendente achavam que esta reclamação não tinha muita razão de ser e que o custo de qualquer medida correctiva eficaz seria proibitivamente elevado. (Estavam pensando em termos de ar condicionado.)

0 supervisor compareceu à segunda reunião com algumas apreensões. Os pintores, no entanto, não pareciam ter ficado muito aborrecidos, talvez porque eles próprios tivessem a sua proposta a fazer. Eles achavam que ficariam muito mais confortáveis se fosse possível colocar vários ventiladores grandes na sala de modo que circulasse o ar em volta de seus pés. Após algum debate, o supervisor concordou em experimentar a ideia, (Imediatamente após a reunião o supervisor confidenciou ao consultor que ele provavelmente não deveria ter-se comprometido com esta despesa; por outro lado, acreditava que os ventiladores, de um modo ou de outro, não iriam fazer diferenças.) 0 supervisor e o consultor debateram o problema dos ventiladores com o superintendente e três grandes ventiladores acabaram por ser comprados. A decisão foi tomada sem muita dificuldade, uma vez que seria sempre possível utiliza-los em qualquer outro lugar, após ficar provado que eles não iriam melhorar o ambiente na sala de pintura.

Foram trazidos os ventiladores.

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