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A ELETRICIDADE ESTÁTICA:

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Por:   •  30/11/2014  •  747 Palavras (3 Páginas)  •  193 Visualizações

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O fenômeno da atração elétrica é conhecido desde a antiguidade1

. Um dos primeiros

trabalhos científicos a diferenciar estas propriedades do fenômeno magnético foi o famoso livro “De

Magnete” de Willian Gilbert (1540-1603). Gilbert (1958, pp. 74-80) advogava que “as causas do

movimento da magnetita são bem diferentes daquelas que dão ao âmbar suas propriedades”.

Segundo ele, estas substâncias “quando aquecidas por fricção, atrai para si palhas e cascas de

sementes”. Porém, foi somente no início do século XVIII, com o advento das máquinas elétricas,

que Francis Hauksbee (c. 1660-1713) com seu experimento2

, estabeleceu que as faíscas

provenientes do fenômeno do mercúrio luminescente3

eram devido a geração de eletricidade,

(WOLF, 1999, p. 214). A partir deste momento, iniciou-se os estudos mais sistemáticos sobre a

eletricidade estática.

Entretanto, cientistas esperaram quase um século para a descoberta da eletricidade dinâmica,

que só ocorreu em 1800, quando Alessandro Volta (1745-1827), após tomar conhecimento do

trabalho de Galvani (1737-1798)4

, se dedicou a investigar o fenômeno e mais tarde inventou a

bateria elétrica cujas características primordiais são a de impor uma “ação perpétua ou impulsão ao

fluido elétrico” e, sua energia depois de cada descarga pode ser restabelecida (VOLTA, 1935, p.

427).

Martins (1999) questiona: se uma vez que a eletricidade estática e a eletricidade dinâmica

são consideradas idênticas, porque ao se esfregar uma caneta no cabelo conseguimos atrair pequenos

pedaços de papeis e com uma pilha, isto não é possível? Por outro lado, porque esta mesma pilha

consegue acender uma pequena lâmpada e não podemos utilizar a eletricidade estática para esta

mesma finalidade5

? Não vamos entrar nesta questão, pois foge ao escopo deste trabalho. Porém,

vamos discutir porque embora a garrafa de Leyden6

e a bateria elétrica sejam semelhantes em sua

estrutura, houve tanta dificuldade em conceber a última a partir da primeira.

O que pretendemos com este artigo, é salientar que o século XVIII foi um período

caracterizado pelo empirismo e pelo realismo ingênuo. Uma fase marcada por alguns obstáculos e

por concepções de que a eletricidade estava estritamente ligada aos efeitos da luz e do calor. Se por

um lado estas idéias guiaram os filósofos naturais em suas pesquisas, dando um grande passo ao

desenvolvimento científico e aos fenômenos eletromagnéticos de maneira geral, por outro, elas

entravaram o início da eletricidade dinâmica e conseqüentemente a gênese do eletromagnetismo.

Paralelamente a isto, e vinculando estas questões ao ensino, tentaremos mostrar que alguns

obstáculos epistemológicos permanecem fortemente arraigados em alguns estudantes e, finalmente, faremos uma breve psicanálise do conhecimento objetivo. Vamos exemplificar como é o

pensamento em seu fluxo dinâmico, quando um estudante ao explicar o conceito de diferença de

potencial, se depara com o problema crucial que derruba teoria do fluido único de Franklin. ASPECTOS HISTÓRICOS

Fenômenos elétricos são conhecidos desde a antiguidade, porém, eles eram limitados a

atração de pedaços de

...

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