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A Evolução Do Papel Do líder Nas Organizações

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Por:   •  28/10/2013  •  2.129 Palavras (9 Páginas)  •  1.091 Visualizações

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A Evolução do Papel do Líder nas Organizações – Um Enfoque Histórico

Resumo

A liderança existe desde o início das civilizações, competência cada vez mais exigida dos profissionais pelas empresas. Este artigo tem como objetivo descrever o contexto histórico da liderança, desde a antiguidade aos modelos utilizados na atualidade, e seu reflexo na forma de atuação dos gestores organizacionais.

Palavras-chave: liderança; competência; competitividade; desenvolvimento de pessoas.

A liderança

A liderança1 existe há muito tempo. Desde o início das civilizações, o homem sempre buscou formatos organizacionais individuais ou coletivos, que visavam a fins específicos. Como toda ação demanda esforços, era necessário que alguém conseguisse influenciar outras pessoas para que se atingisse o objetivo proposto. É possível considerar, então, que, em qualquer grupo estabelecido, empresarial ou não, cada indivíduo desempenha um papel próprio e neste contexto sempre há um personagem cujas funções são essenciais para que os objetivos do grupo sejam atingidos. Para Montana e Charnov (2003, p. 243) existem dois tipos de líder em toda organização: “os que são definidos ou líderes formais e os que atuam como líderes de maneira informal”. Paulo Nunes (2009), economista e consultor de empresas, faz a seguinte observação:

Embora existam múltiplas definições para a liderança, é possível encontrar dois elementos comuns em todas elas: por um lado é um fenômeno de grupo e, por outro, envolve um conjunto de influências interpessoais e recíprocas, exercidas num determinado contexto através de um processo de comunicação humana com vistas à obtenção de determinados objetivo específicos.

Assim, a liderança é uma necessidade em todos os grupos e trata-se de uma relação entre indivíduo e grupo. Essa relação existirá se o grupo visualizar neste indivíduo-líder um mediador capaz de satisfazer suas necessidades, prover resultados e atingir metas.

A evolução das teorias administrativas

Durante um período, as atividades administrativas eram executadas sob uma abordagem do tipo “tentativa e erro” cujos métodos utilizados, que ao longo do tempo tornavam-se dispendiosos, ficavam a cargo dos “administradores” centrais. No final do século XIX e no início do século XX, dois engenheiros desenvolveram os primeiros trabalhos relacionados à administração: o americano Frederich Winslow Taylor que desenvolveu a Escola da Administração Científica, cujo objetivo era o de aumentar a eficiência por meio dos operários; e o europeu Henri Fayol, que desenvolveu a Teoria Clássica, cuja preocupação era aumentar a eficiência da empresa por meio da organização e da aplicação de princípios gerais da administração com uso de bases científicas.

1 Liderança: espírito de chefia; forma de dominação baseada no prestígio pessoal e aceita pelos dirigidos (Dicionário Aurélio). Função, posição, caráter de líder; espírito de chefia; autoridade, ascendência (Dic. Houaiss). Líder: Indivíduo que chefia, comanda e/ou orienta, em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de ideias; guia, chefe ou condutor que representa um grupo, uma corrente de opinião, etc. (Dicionário Aurélio). Indivíduo que tem autoridade para comandar ou coordenar outros; pessoa cujas ações e palavras exercem influência sobre o pensamento e comportamento de outras; pessoa que se encontra à frente de um movimento de caráter religioso, filosófico, artístico, científico, etc.; algo ou alguém que guia, conduz (Dicionário Houaiss).

Embora a administração de Taylor, nos Estados Unidos, tivesse aumentado a produtividade, pouca ou quase nenhuma atenção era dada às necessidades dos trabalhadores e em consequência, percebia-se o aumento de conflitos entre os administradores e empregados, que se sentiam explorados. Na França, Fayol trabalhava outros conceitos; o administrador desenvolvia princípios que defendiam a ideia de que uma boa gerência melhoraria a produtividade da organização. Cabe ressaltar que em todos estes princípios a importância da liderança aparece explícita ou implicitamente. As primeiras teorias a respeito da liderança traziam a ideia de que líderes já nascem líderes. Essa abordagem foi chamada de Teoria Genética, ou seja, havia uma crença de que a capacidade de liderança era transmitida geneticamente (Montana e Charnov, 2003). A Teoria dos Traços foi elaborada no final do século passado para identificar as características que diferenciavam os “grandes homens” das massas. Foi muito utilizada para explicar a postura de líderes como Alexandre, o Grande, Júlio César e Napoleão, afirma Gil (2008). Quem nascesse com determinadas características seria um líder, afirma Vergara (1999). Os traços desenhados como os ideais eram: físicos (aparência, estatura e força física), intelectuais (adaptabilidade, entusiasmo, autoconfiança e elevado QI2), sociais (cooperação, habilidades interpessoais e administrativas) e os relacionados com tarefa (impulso de realização, persistência e iniciativa), afirma Vergara (1999). Segundo Gil (2008) essa abordagem da Teoria dos Traços é cada vez menos aceita pelos pesquisadores, mas ainda é bastante popular, pois tem como prerrogativa a ideia de que a liderança pode ser ensinada. Sua aceitação no meio organizacional pode trazer implicações e a principal dela se refere à maior valorização conferida à seleção do que ao treinamento. Desta maneira, podemos considerar que uma empresa que adote esta teoria estará preocupada em admitir gerentes com determinados traços de liderança. Quando começou a se estudar e comprovar que a eficácia dos líderes não estava ligada a traços pessoais, pesquisadores começaram a identificar os comportamentos que tornariam os líderes mais eficazes, afirma Gil (2008). Diante dessa nova perspectiva, começou-se a dar ênfase ao treinamento, pois os comportamentos de liderança poderiam ser aprendidos (Gil, 2008). Uma das principais preocupações dos estudiosos, a partir dessa nova tendência, foi estabelecer uma classificação dos estilos de liderança. Os principais elementos foram baseados na escola clássica de administração e no movimento das relações humanas (Gil, 2008). Interessante observar que a teoria dos estilos de liderança ensejou muitos modelos e programas com o objetivo de transformar as pessoas em líderes democráticos, mas ao mesmo tempo uma forte preocupação com a produção, afirma Vergara (1999). Outra grande 2 Coeficiente de inteligência

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