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A Igreja Na Pós-Modernidade

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Por:   •  20/3/2015  •  8.440 Palavras (34 Páginas)  •  315 Visualizações

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RESUMO

O presente trabalho “Igreja na pós-modernidade” visa mostrar ao leitor os perigos que rondam as igrejas evangélicas do Brasil na atualidade. Mostra também as oportunidades que a pós-modernidade oferece para a pregação do evangelho. No decorrer da monografia muitas questões são levantadas, por exemplo: Como a Igreja pode ser relevante no mundo pós-moderno, sem cair numa espécie de secularismo? A Igreja tem alguma resposta ao homem pós-moderno? Quais são os desafios que a igreja tem de enfrentar nesse inicio de século? Como criar um ambiente acolhedor e interessante para os jovens sem perder a essência do evangelho? Qual deve ser a conduta do pastor diante dos novos desafios? Estas são perguntas que o autor procura responder no desenvolvimento do trabalho. Ele usa uma linguagem clara, simples e direta sem muitos rodeios, sempre procurando caminhar de forma objetiva. O autor não se reserva apenas a criticar a mentalidade do mundo pós-moderno, bem como a criticar a acomodação da igreja a esta nova maneira de pensar. Mas ele mostra soluções para a igreja ser triunfante. Certamente que esse estudo pode ser um bom guia para se formar um fórum de debate entre acadêmicos de teologia e professores, entre pastores e líderes e entre os membros da igreja de forma geral, pois o assunto abordado nesse trabalho ganha importância à medida que o tempo vai passando.

1. INTRODUÇÃO

Como a Igreja pode ser relevante no mundo pós-moderno sem cair numa espécie de secularismo? Qual deve se a postura adotada pela nova geração de pastores que estão se levantando? A Igreja tem alguma resposta ao homem pós-moderno? A resposta para estas perguntas não são simples de serem respondidas. Há muitas questões em jogo. São vários os desafios a serem enfrentados.

Os objetivos no desenvolvimento do tema é identificar quais são esses desafios, as crises geradas na cabeça dos cristãos, e as complexidades do homem pós-moderno. No desenvolvimento também se procura apontar as possíveis soluções para a igreja ser saudável em um mundo que está cada vez mais distante do criador.

O capítulo um trata das dificuldades que a igreja sempre enfrentou até chegar à era pós-moderna, a nova mentalidade que esta se formando principalmente na cabeça dos mais jovens e como somos afetados por esta nova maneira de pensar.

O capítulo dois aponta os desafios que os crentes têm de enfrentar para não se corromper frente às muitas dificuldades diante de si. Como pregar o evangelho para uma sociedade cada vez mais fechada? Também procura mostrar as várias crises que isto tem gerado no seio familiar, na sociedade e até mesmo dentro da igreja.

O terceiro e último capítulo faz alguns apontamentos de possíveis soluções para a igreja penetrar na vida cada vez mais privada do cidadão pós-moderno. Mostra igualmente a postura que os lideres das igrejas precisam ter diante dos vários modismos lançados e ditados pela mídia.

A razão de se fazer uma monografia sobre a igreja na pós-modernidade é por se tratar de um assunto de suma importância primeiramente para os pastores e líderes. O pastor evangélico sente na pele diariamente o desafio de pastorear na pós-modernidade. Sabe também de perto o que é lidar com o homem pós–moderno e suas complexidades. Em segundo lugar, a razão deste trabalho é porque ele se justifica por tratar-se de um tema da atualidade com grande relevância para os evangélicos de modo geral e até mesmo pessoas de outros grupos religiosos. O mundo vive um momento de grandes transformações e a igreja precisa estudá-lo para entendê-lo. Daí a importância desse estudo.

2. O CIDADÃO PÓS-MODERNO

A igreja do Senhor Jesus desde a sua fundação no século I até a atualidade vem enfrentando muitos desafios para sobreviver. Em determinados momentos, parecia que ela seria esmagada pelo adversário de tão grande que eram as dificuldades.

No século primeiro, por exemplo, os cristãos eram perseguidos, presos e muitos foram mortos. Tiago, um dos apóstolos da igreja, morreu ao fio da espada. Estevão, um dos sete diáconos, foi apedrejado sem misericórdia alguma. Pedro, Paulo e tantos outros cristãos foram mártires. Ser crente nunca foi uma tarefa muito fácil.

O próprio Jesus, nunca prometeu que as coisas seriam fáceis. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33).

Ele disse também que seriamos perseguidos, injuriados por causa do seu nome. “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa” (Mt 5.11).

É verdade que a igreja nunca teve sossego e ninguém deve se iludir pensando que é possível viver o céu aqui na terra. O descanso da igreja será apenas quando chegar ao céu. Aqui na terra a igreja esta ainda militando, batalhando, lutando. Mas ninguém precisa desanimar. O Senhor disse: “edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16. 18).

Talvez o primeiro século tenha sido a época de maior tribulação que a igreja já enfrentou. No entanto, uma coisa é certa e todos concordam, foi a melhor fase da igreja espiritualmente. As pessoas viviam a fé no Cristo ressurreto intensamente, mesmo sendo ameaçados pela prisão e até mesmo pela morte não retrocederam. É impressionante o nível de unção derramado sobre aquele povo. Eles com alegria buscavam o Senhor de todo coração tinha comunhão uns com os outros e falavam e mostravam o amor de Deus por onde passava (At 2.46).

No século XX, já na era moderna, a civilização teve muitos progressos, principalmente no ocidente. Mas com o progresso, a tecnologia e a informatização, vieram também novos problemas. No campo religioso, a igreja teve de enfrentar o racionalismo, o materialismo e uma crescente onda de ateísmo. Isto obrigou a igreja a rever a sua apologética diante de novos obstáculos. Hoje, olhando para trás, vemos que aquelas dificuldades já não representam maiores perigos, podemos dizer seguramente que são desafios ultrapassados (GAMA FILHO, 2004, p. 34).

Porém foi no final do século XX que se iniciou uma nova era, como destaca Coelho Filho: Em 1989 o mundo foi sacudido de maneira como poucas vezes o fora anteriormente. Caiu o muro de Berlim. Poucas pessoas entenderam que não era apenas um evento, mas uma nova era na história da humanidade (2002, p. 12).

Há algumas controvérsias quanto ao comentário citado acima. Alguns pensam que a pós-modernidade iniciou bem antes da queda do muro de Berlim. A questão maior é que todos os pensadores

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