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A Inflação Na Economia

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Por:   •  27/4/2014  •  3.375 Palavras (14 Páginas)  •  437 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai. No Brasil a inflação já assombrou a população por décadas e foi alvo de diversas medidas de controle por parte do governo. O presente trabalho tem por objetivo descrever o que é inflação, suas principais causas, efeitos e formas de combate. Será descrito também como inflação fez parte da vida dos brasileiros e qual o impacto social da mesma na população.

2. INFLAÇÃO

Segundo Rossetti (2003:695), a inflação corresponde a uma subida generalizada dos preços dos bens e serviços, expressos em termos monetários, ou seja, é o aumento persistente no nível geral de preços. A palavra inflação é utilizada para significar um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, o que é às vezes visto como a causa do aumento de preços. Externamente, a inflação se traduz mais por uma desvalorização da moeda local frente a outras, e internamente ela se exprime mais no aumento do volume de dinheiro e aumento dos preços. Basicamente num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai. Por exemplo em um país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos de arroz em um mês e paga R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele necessitará de R$ 11,00. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120% do valor de compra. A inflação tem impacto negativo na economia de um país. Quem geralmente sai mais prejudicado são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam a correção inflacionária. São quatro as principais teorias sobre a origem da inflação: a quantitativa, a keynesiana, a de custos e a estrutural.

Teoria quantitativa: é a mais antiga das teorias sobre a inflação. Desenvolvida por David Hume no século XVIII, supõe que é a quantidade de dinheiro que circula no sistema econômico que determina o nível dos preços. Segundo essa teoria o nível dos preços será diretamente proporcional ao fluxo de dinheiro e inversamente proporcional ao volume físico da produção. No intervalo entre as duas guerras mundiais essa teoria caiu em descrédito pois foi comprovado que a utilização da capacidade de produção variava muito mais do que o nível dos preços.

Teoria Keynesiana: para a teoria de Keynes a inflação vem da tentativa de consumir mais bens e serviços do que a economia pode produzir. Quando os gastos do governo são maiores do que a diferença entre a produção e o consumo forma-se uma lacuna inflacionária. Nas décadas posteriores à segunda guerra mundial essa teoria caiu em descrédito visto que a inflação se instalou em vários países mesmo sem a existência de lacunas inflacionárias.

Inflação de Custos: supõe que o aumento dos custos gera uma pressão inflacionária que se perpetua pela espiral preço-salário

. Os assalariados demandam aumento de salário, os capitalistas por sua vez atendem essas exigências e diminuem seus lucros. Em seguida voltam a aumentar os preços para embutir neles o aumento de custos na produção. Com isso o poder de compra dos assalariados baixa e eles tornam a exigir aumento de salário completando assim a espiral.

Teoria Estrutural: o enfoque estrutural não é totalmente independente das três teorias anteriores. Sua característica principal é a ênfase no desajuste da economia como causa do processo inflacionário. Esse desajuste é ocasionado, por exemplo, pela resistência em reduzir os salários, mesmo nas épocas de baixa produtividade, ou pelo desequilíbrio da balança comercial do país.

Há diversos índices que se utilizam para medir a inflação. Para aferir a variação dos preços dos produtos finais consumidos pela população usa-se o índice de custo devida (ICV) ou o índice de preço são consumidor (IPC), tomando por base os produtos de consumo de uma família-padrão para toda a sociedade ou certa classe. Para medir a variação nos preços dos insumos e fatores de produção e demais produtos intermediários, usam-se índices de preços ao produtor ou o índice de preços no atacado (IPA). A inflação no Brasil levou à criação de mais de trinta índices diferentes para medir a inflação e corrigir a desvalorização da moeda.

2.1 TIPOS DE INFLAÇÃO: Há diversos tipos de inflação, sendo os principais:

Inflação de demanda: acarretada por certa defasagem entre a quantidade ofertada e a quantidade demandada.

Inflação de custos: este tipo de inflação caracteriza-se basicamente pela elevação dos custos de produção, especialmente das taxas de juros, de câmbio, matéria-prima, de salários ou de preços das importações.

Hiperinflação: caso especial de inflação galopante, em que os preços aumentam tanto que as pessoas não procuram reter dinheiro, mesmo por poucos dias. O poder de compra da moeda diminui rapidamente, cai assim a credibilidade de todos em relação ao dinheiro, e procuram gastá-lo o mais rapidamente possível. Isso provoca um aumento na velocidade de circulação da moeda, acelerando os preços.

Inflação Inercial: refere-se à idéia de memória inflacionária, onde o índice atual é a inflação passada mais a expectativa futura.

2.2 METAS DE INFLAÇÃOO Brasil adota o sistema de metas desde 1999 para controlar a inflação. Com base em suas projeções de PIB, o Banco Central fixa uma meta para a elevação dos preços que seja compatível com o que espera para o crescimento da economia. Na seqüência, o mercado começa a alinhar suas próprias expectativas de inflação em torno do número estabelecido. O Banco Central, ao mesmo tempo em que acompanha o mercado, também age para convencer os economistas a convergirem para a sua meta. Esse mecanismo, por si só, acaba sendo um instrumento de controle. A meta do Brasil hoje é entre 2,5% e 6,5% ao ano. Se baixar de 2,5% coloca-se dinheiro novo em circulação, se passar disso a ordem é retirar dinheiro de circulação.

2.3 ÍNDICES DE INFLAÇÃO NO BRASIL: Um índice de inflação é um indicador que mede a evolução dos preços de um agregado de bens e serviços num determinado período de tempo. Existem vários deles no Brasil como herança da época da hiperinflação, quando o ritmo frenético

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