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A MASSAI BRANCA

Por:   •  4/4/2015  •  Resenha  •  972 Palavras (4 Páginas)  •  1.954 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA DO FILME A MASSAI BRANCA

O tema principal abordado pelo autor no filme A Massai Branca é o contraste cultural. O filme retrata uma história baseada em fotos acontecidos com Corinne e Lketinga representados pelos personagens Carola e Lemalian. Carola é uma mulher branca, européia mais especificamente cidadã suíça, já Lemalian é um guerreiro massai, pertencente a uma tribo do país Quênia.

 A história dos dois se atravessam quando, numa viagem pelo país africano com o seu namorado Stefan, Carola se sente bastante atraída pelo guerreiro Massai como numa paixão à primeira vista. Esta decide abdicar de tudo (relacionamento anterior, família, trabalho entre outras coisas) para viver esse incessante desejo. Ela decide, de última hora, que não quer retornar à Europa, mas sim viver essa paixão/aventura a qual a mesma se sente bastante desejosa. Saindo do aeroporto e retornando ao centro do Quênia ela sai a procura do seu afeto, porém sem sucesso. Durante aproximadamente dez dias ela se ver nesse vexame, até que encontra Elizabeth. Uma mulher também branca, casada com um queniano, que vai ajudá-la na sua procura incessante. Após esses dias, o guerreiro massai vai a casa de Elizabeth e busca Carola. A partir daí as evidências da divergência de cultura se torna cada vez mais atuante. Primeiro no momento do sexo. Como os homens massai adotam a cultura machista, não consideram que a mulher deva sentir prazer, mas somente ele. Desta forma durante o ato, o tempo de duração é somente para satisfazê-lo, não importando as formas de sentimento da mulher. Depois disso ambos seguem á pé para o povoado de Barsaloi, onde a europeia é apresentada à tribo.

 As diferenças entre a cultura de Carola e a cultura da tribo massai são rapidamente percebidas e são bastante referenciadas pelo autor. Ora, um guerreiro massai jamais pode comer algo feito por mão de mulheres ou tocá-la em vista de outras pessoas. As meninas da tribo passam pela circuncisão (multilação do clitóris) justamente para não sentirem prazer e nem serem participantes em si da atividade íntima, mas apenas co-partipantes e fornecedoras de prazer ao homem. Essa cena no filme chama bastante atenção pelo processo de estranhamento que Carola tem ao ver uma garota massai sendo circuncidada. Ela conversa com o seu marido sobre o fato, porém o mesmo lhe diz que aquilo é um ritual corriqueiro para a passagem da jovialidade para a fase adulta. Isso é bastante importante ao se tratar de diferenciadas culturas porque o que não é normal para uns pode ser algo extremamente habitual para outros. Ou, o que constitui crime em determinada cultura pode ser apenas parte da tradição e costumes para outras.

Vemos que o machismo é atuante na cultura daquele povo. As mulheres tem "valor" inferior ao das cabras e vacas (animais que fazem parte da fonte de renda e subsistência daquele povo) e devem obediência e subordinação aos seus maridos. As mulheres também não podem tirar a roupa em frente aos homens. Vemos isso na cena que Carola, quando vai à lagoa tomar banho, e quase se despe quando Lemalian lhe orienta que as mulheres não tiram a roupa em meio a todos. Um fator de fundamental importância na conjuntura do filme é que apesar das diferenças de cultura, os personagens principais tentam se adequar uns aos moldes da cultura, costume e tradições do outro. Em outra cena de sexo entre Carola e Lemalian vemos a mesma o instrui a ter mais paciência, cuidado e fazer com que ela seja percebida como atuante e que também deve sentir aquele momento. A partir disso percebe-se que o personagem muda a sua forma de ser e busca se adequar a este momento fazendo valer o toque, o diálogo e a variada percepção de sentidos outrora não vistos. Sabemos que não é o praticado entre os massai o sexo desta forma, então ouve uma mudança de postura de Lemalian por meio do ato sexual com Carola para um maior aproximação e inserção cultural. Contudo, se ver que no casamento dos dois, em meio a selva africana as vestimentas de Carola permaneceu nos moldes de sua cultura pátria, e as vestes de Lemalian se preservou a mesma também, representando que independente da cor, raça, credo ou sociedade em que se viva o principal sentimento é que vem de dentro.

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