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A Psicogênese Da Língua Escrita - Análise

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Por:   •  21/11/2013  •  1.805 Palavras (8 Páginas)  •  744 Visualizações

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O texto abaixo está fundamentado no livro:

A Psicogênese da Língua Escrita,

de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky.

ANÁLISE DA PSICOGÊNESE DA LINGUA ESCRITA- EMÍLIA FERREIRO E ANA TABEROSKY

Emília Ferreiro se tornou uma espécie de referência para o ensino brasileiro, e seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, campo de estudo inaugurado pelas descobertas a que chegou o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) na investigação dos processos de aquisição e elaboração de conhecimento pela criança – ou seja, de que modo ela aprende. As pesquisas de Emília Ferreiro, que estudou e trabalhou com Piaget, concentram o foco nos mecanismos cognitivos relacionados á leitura e á escrita.

De acordo com as teorias de Emília Ferreiro, a leitura e escrita estabelece uma relação entre a evolução da escrita e a proposta, onde o carácter de suas investigações é psicológico e não pedagógico. O seu enfoque é a explicação de como se aprende a ler e escrever, e não é a criação de um método de alfabetização, tarefa especifica do educador. No seu ponto de vista a criança, quando chega a escola, já possui um notável conhecimento de sua língua materna. Vive no mundo de escrita e pensa sobre o processo da escrita. O Processo de aquisição da linguagem escrita precede e excede os limites escolares. Portanto a evolução das concepções dos alunos sobre a escrita trata - se da construção e não da qualidade do grafismo, nesta fase as ideias são representadas por desenhos. Os estudos psicogenéticos da aquisição da leitura e escrita realizada por Emília Ferreiro desafiam ainda repensar os princípios pedagógicos e a rever as concepções de conhecimentos ensinos e aprendizagem. Tendo assim uma proposta de inovação na alfabetização. Esses estudos podem ajudar a compreender melhor os níveis do conhecimento da escrita e leitura do sujeito não escolarizado, ou não alfabetizados e ampliar os recursos metodológicos que os ajudem a avançar no processo de construção do sistema escrito, superando os conflitos cognitivos próprios das hipóteses criadas em cada um desses níveis. O conhecimento que o sujeito tem da leitura e da escrita não equivale ao conhecimento convencional, pois possuem hipóteses originais não ensinadas pelos adultos ou professores. O sujeito procura ativamente compreender a natureza da escrita á sua volta e também aprende através de suas ações afetivas e mentais sobre o sujeito escrita, ou seja, o aluno evolui construindo e reformando suas hipóteses.

A autora afirma que a aprendizagem não é um processo meramente perceptivo, mas construtivo, e aprender não é apenas adquirir hábitos, é transformar o que vai conhecer. E que o aluno tem a sua maneira própria de aprender, como também constrói o seu próprio conhecimento. E é na escola que frequenta normalmente que as crianças passam pelos estágios propostos por Emília Ferreiro, é nesse período que a criança começa estabelecer vinculações entre a pronuncia e a escrita, o que representa um passo extremamente significativo no processo de alfabetização. Porém, essa vinculação é de imediato adequado. Ela passa por etapas que constituem os níveis silábicos e alfabéticos, até alcançar o ortográfico, isto é, quando a criança compreende que as diferenças das representações escritas se relacionam com as diferenças na parte sonora das palavras que permanecem, a questão de descobrir que espécies de recorte da palavra pronunciada são o que correspondem aos elementos da palavra escrita. A escrita na representação baseia-se em uma construção mental que cria suas próprias regras, escrever não é transformar o que se ouve em gráficos, assim como ler não equivale a produzir com a boca o que o olho reconhece visualmente, segundo Emília Ferreiro; o sistema de escrita tem uma estrutura lógica, no caso do sistema alfabético a criança deve compreender entre outras coisas. A escrita (grafema) e o som pronunciado (fonema) que não a nenhuma relação entre a forma da palavra escrita e as características físicas do elemento da realidade nomeada por ela, que palavras com o mesmo significado não são escritas da mesma forma, que elementos essenciais da oralidade, como a entonação, não são registrados na escrita. Esse conjunto de relação não é simplesmente aprendido pela criança, mas construindo é reinventando por ela.

Nas relações que mantém com a escrita no ambiente que vive, a criança elabora e testa hipótese a cerca da lógica do seu funcionamento. Ela assimila a escrita interpretando-a de acordo com os conhecimentos e modos de pensar que já desenvolveu e organizou no decorrer de sua experiência de vida, produzindo, escritas e leituras não compatíveis com a escrita convencional.

A criança não faz uma diferenciação entre o sistema de representação do desenho (pictográfico) e o sistema de representação escrita (alfabética) supondo que embora as formas insignificantes sejam diferentes, o significado de ambos é o mesmo, a primeira indicação explicita da distinção entre imagem e texto, consiste em eliminar os artigos, quando se faz referência á imagem (desenho).

Exemplificando: o elefante deve escrever com mais letras do que um mosquito, é uma concepção realística da palavra, ou seja, a de que coisas grandes tem nomes grandes e coisas pequenas tem nomes pequenos, também o seu pensamento pode evoluir quando suas escritas não são decodificadas como o esperado por pessoas que sabem ler. No qual o sistema da escrita é uma construção social e histórica. Por isso o sistema de codificação esta ultrapassada já que existem sons, por exemplo, que jamais serão escritas; assim como há letras que jamais serão pronunciadas.

Para as autoras, todas as crianças independentes de sua nacionalidade, passam em seu processo de construção da escrita pelas mesmas etapas que o homem passou quando “descobriu” a escrita. De uma forma geral, refazem a mesma trajetória que a humanidade percorreu no surgimento da escrita, ou seja, passam pela fase correspondente á escrita pictográfica (forma mais antiga, usada pelo homem para representar só os objetos que podiam ser desenhado ), á escrita Ideográfica ( consistia no uso de um sinal ou marca para representar uma palavra ou conceito ) e escrita Logográfica ( constituída de desenhos, referente ao nome e dos objetos- som- e não ao objeto em si).

Segundo FERREIRO (2001a), a psicogênese realiza um processo de recontar a escrita, pois propõe que seja desconsiderada a concepção prévia que o adulto tem sobre a escrita, uma vez que as hipóteses parecem ser óbvias e naturais para o um adulto alfabetizado por método apresentado

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