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A RESISTÊNCIA EM TEMPOS DE RETROCESSO

Por:   •  11/11/2018  •  Artigo  •  4.736 Palavras (19 Páginas)  •  95 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O artigo a seguir tem como foco as desigualdades econômica e social e suas ramificações, dentre elas suas causas e consequências. Para análise dessa questão foram estudados: o livro “O Capital”, relatório, nota técnica e documento informativo que possuem pesquisas e dados estatísticos sobre o assunto e a economia mundial.

Contudo, as fontes também citam o crescimento da resistência dos trabalhadores desde os primeiros movimentos contra a situação operária, que aprofundamos aos dias de hoje com manifestações e greves, e mudanças necessárias que proporcionariam uma economia humana.

A desigual distribuição de renda como causa primária da desigualdade é acentuada, em geral, a partir das tentativas das empresas lucrarem cada vez mais mesmo que isso implique em condições precárias, queda dos salários, trabalho análogo á escravidão e favorecimento pelas influências em outros setores, além da concorrência entre os governos que beneficiam as empresas com incentivos e isenções fiscais.

A questão meritocracia recebeu destaque devido sua contribuição paradoxal na continuidade da desigualdade, apesar de a mesma ser um modelo gerencial que tem como base o mérito de cada indivíduo, num sistema falho como o atual capitalismo a mesma se torna mais uma premissa falsa.

Suas consequências são perceptíveis por gerarem uma desarmonia social nos países classificados como subdesenvolvidos assim como nos desenvolvidos.

Em conjunto é abordada a crítica de Marx sobre a economia política e seus conceitos: o valor de uso e de troca, a mais valia, o duplo caráter do trabalho e outros, todos relacionados a uma explicação do sistema capitalista e a relação que o mesmo institui entre o trabalhador, empresário e mercadoria.

CATEGORIAS CENTRAIS

⦁ DESIGUALDADE E RESISTÊNCIA

Para um maior entendimento sobre a desigualdade social é necessário que, em primeiro lugar, compreenda-se seu contexto histórico de modo geral e de acordo com a visão de Karl Marx, que foi um dos teóricos que mais questionou e estudou essa problemática.

A origem da desigualdade social é marcada pela relação de poder entre as pessoas desde o início dos tempos. No princípio da humanidade aqueles que tinham um maior grau de inteligência (para época), mais fortes, maior habilidade com a pesca, melhores habitações, melhores companheiras, entre outras coisas, acabavam se sobressaindo mais do que aqueles que não conseguiam alcançar tais metas. Com efeito, a partir disso foram geradas as primeiras relações de desigualdade social entre os homens.

A desigualdade permaneceu presente ao decorrer dos séculos e aumentou mais ainda com a mudança das sociedades. Com o acontecimento das relações sociais essa se tornou ainda maior e mais complexa devido à disseminação da industrialização e, principalmente, com a fixação do capitalismo. Antes, na sociedade medieval, a relação de desigualdade era, somente, entre nobreza e plebe, com o advento da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no final do século XVIII, essa expandiu-se para todo contexto social e trouxe também essa relação para patrões e empregados.

Vale ressaltar que, uma das principais características do capitalismo é a acumulação de capital, pois é necessário para o ciclo da economia. Sendo assim, os indivíduos que possuem as melhores condições são os que detêm o capital. Em contrapartida, aqueles que são “despossuídos”, que são considerados pessoas a parte do sistema não tem poder nenhum sobre o capital. Ou seja, há uma grande concentração de riquezas, onde a minoria fica com muito e a maioria com pouco. Assim, visualiza-se uma conjuntura de desigualdade social gerada pela disparidade econômica entre os indivíduos e as classes existentes.

De acordo com Marx existia os donos do modo de produção que ele caracterizava como burgueses e que também eram a classe dominante. Já os que tinham apenas a sua força de trabalho e que eram os dominados, eram chamados no conceito de Marx, como proletariados. A desigualdade social era vista por Marx através da divisão de classes, onde a classe dominante mantinha essa desigualdade para a manutenção da mesma, assim, permanecendo o domínio nas mãos da burguesia. A força de trabalho da classe trabalhadora era totalmente explorada pelo capitalista, a produção aumentava na mesma proporção que a pobreza, pois quanto mais desenvolvia a produção, menos o dinheiro voltava para as mãos do trabalhador. Vale salientar que todo esse episódio aconteceu durante a onda industrializante da Revolução Industrial.

Os proletariados eram forçados a trabalhar mais de 15 horas por dia em troca de um salário extremamente baixo e do aumento lucrativo dos dominantes. Trabalhavam em situações precárias e sem proteção nenhuma, além disso, mulheres e crianças acabavam tendo que trabalhar também para o sustento da família, pois o que o homem recebia não era suficiente para manter suas necessidades elementares. Devido a isso alguns trabalhadores revoltaram-se reivindicando a melhoria do trabalho, em busca dos direitos, aumento do salário, etc. Esse episódio ficou conhecido como “Movimento Cartista” que foi o movimento operário inglês do século XIX. Foi registrada uma grande luta contra a exploração dos trabalhadores e também uma grande resistência em relação às condições que foram impregnadas a eles.

Vale salientar também, o “Movimento Ludista” que foi criado por trabalhadores que estavam descontentes com a situação do trabalho e por causa das máquinas, muitos desempregados culpavam essas pelo fato de haver a substituição da mão de obra. Então, esses trabalhadores começaram a quebrar as máquinas para reivindicar o aumento dos salários e para uma ampliação nas vagas de emprego. Os operários que faziam parte desse movimento chamavam-se de Ludistas, esses agiam de forma anônima, mandavam cartas sem identificação para os donos das fábricas exigindo a melhoria na condição de trabalho, entre outas questões. Alguns grupos juntavam-se e entravam nas fábricas escondidos para poder quebrar todas as máquinas presentes como um ato de protesto, os que não faziam parte, mas apoiavam ficavam no lado de fora aplaudindo e apoiando o movimento.

A resistência da classe trabalhadora causou desde os primeiros movimentos um grande impacto na sociedade. Pois, com tais atitudes a população que era mais prejudicada pôde se expressar e ir atrás dos seus direitos. Devido o grande nível de exploração em diversos acontecimentos históricos a população trabalhadora não se contentava com o que era imposto para eles, muitas manifestações vieram do entendimento de que uma camada

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