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A REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA PARA A LIMPEZA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL, REGIONAL CATALÃO

Por:   •  24/8/2018  •  Artigo  •  2.068 Palavras (9 Páginas)  •  191 Visualizações

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A REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA PARA A LIMPEZA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL, REGIONAL CATALÃO

Cristhoffor Willians Rodrigues dos Santos

Julyett Ferreira de Oliveira

Leila Macarena Gaitán

Leonardo Rodrigues Vaz

Mariany Veríssimo Dutra

  

INTRODUÇÃO 

A água é um "recurso natural" indispensável para a existência da vida em nosso planeta. Existem quatro modalidades de consumo de água: agricultura, produção de energia, atividade industrial e abastecimento humano. A demanda aumentou progressivamente com o crescimento da população mundial (de acordo com os dados da ONU, prevê que, em 2030, a sociedade precisará de 35% a mais do que comida, 40% a mais água e 50% a mais energia). 

Embora este recurso seja abundante em nosso planeta, onde cerca de 70% da superfície terrestre é composta de água, apenas 4% da água é doce e própria para o consumo. É por isso que, com base na crescente demanda de água nos últimos anos, é necessário fazer um uso inteligente e racional, levando em conta que a escassez de água afeta quase 2.800 milhões de pessoas em todos os continentes do mundo, pelo menos um mês por ano.  

Embora o Brasil seja um dos países com mais recursos hídricos, que tem aproximadamente 13% de toda a água doce do planeta, algumas regiões do país sofrem escassez de água, não só devido a condições climáticas, como é o caso do Nordeste brasileiro, mas também em regiões altamente urbanizadas, este problema é apresentado pela grande demanda que essas regiões metropolitanas exigem, e também pela poluição da água. Por exemplo, em dezembro de 2014, os reservatórios de Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga, responsáveis pelo abastecimento de água em São Paulo e outras 62 cidades no interior de seu estado, atingiram mínimos históricos, desencadeando na grande cidade a pior crise de água dos últimos 84 anos. A falta de oferta afetou diretamente 15 milhões de habitantes (três quartos da população) que sofreram até 12 horas por dia restrição de água. A falta de água, causada por uma grande seca de mais de dois anos, surpreendeu os operadores e a administração, e evidenciou os graves problemas de governança da água da grande cidade. Agricultura e indústria, consumidores de 40% da água do estado, tiveram perdas milionárias e a população economicamente fraca sofreram as piores consequências. A coleta de água em recipientes domésticos causou uma praga de mosquitos que causou uma epidemia de dengue que piorou a situação, chegando a momentos de grande tensão na sociedade.

            Segundo Marussia Whately, coordenadora de Aliança pela água, o Brasil é um grande paradoxo no mundo do acesso à água: possui 13% das reservas de água doces da superfície do planeta, mas suas cidades têm os maiores problemas de abastecimento.

            Segundo May (2004) países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, entre outros atualmente utilizam o sistema de aproveitamento de água da chuva há alguns anos. No Brasil, o sistema é uma medida não convencional, sendo utilizado principalmente em algumas cidades do Nordeste como fonte de suprimento de água. A viabilidade é dada pela diminuição da demanda de água fornecida pelas companhias de saneamento, tendo como consequência a diminuição dos custos com água potável e a redução dos riscos de enchentes em caso de chuvas fortes. Assim, visando principalmente regiões que se encontram em risco de escassez de água, podemos utilizar este método como uma forma de tornar uso da água potável mais eficiente, evitando desperdícios. 

            Em vista dos problemas de escassez, recuperação e conscientização da água em algumas regiões, este trabalho apresentará um protótipo que visa captar a água da chuva para fins não potáveis.

 

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Recursos hídricos no Brasil

Independente da quantidade de água existente no planeta é possível observar. que diante dos fatos, cerca de 5 milhões de pessoas morrem anualmente por doenças relacionadas à falta de água e que 1,2 bilhões não têm acesso a água potável.

De acordo as Organizações das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o único país que possui o volume de água distribuído com 19 vezes a quantidade superior mínima por pessoa, o que entretanto não impede que grande parte ainda dos seus habitantes fiquem prejudicados na quantidade e qualidade. Nota-se que mesmo possuindo uma das maiores reservas de água potável do planeta, o Brasil está passando por uma enorme crise hídrica, causada principalmente pelo mal-uso dos recursos hídrico durante anos.

A escassez de água é uma realidade não somente em áreas geograficamente desfavoráveis, mas em regiões altamente urbanizadas. Alta demanda por água, em quantidade e qualidade que serve para atender as necessidades humanas no desenvolvimento urbano, industrial e agrícola, vêm tornando a água um recurso cada vez mais caro e escasso, por conta do tratamento empregado para a viabilização do seu consumo potável e as restrições para seu uso devido à poluição. (BREGA FILHO e MANCUSO, 2003; ARAUJO et al., 2008).

Segundo Araújo et al. (2008), ao perceber a gravidade da falta de planejamento com a água, a base científica tratou de desenvolver e pesquisar a fundo, meios de preservação, ocasionando uma série de programas públicos de gestão para com os recursos hídricos. Nessa mesma linha de raciocínio, houve por parte das autoridades públicas a criação da Lei das Águas, que propôs a Política Nacional de Recursos Hídricos e que também trouxe o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

 Com essa atitude, resultou-se em tratar a água como um bem público, o que significa que não pode haver privatização, sendo distribuída tanto para o abastecimento, energia, irrigação; sendo dessa forma, realizar um processo de descentralização, havendo assim, uma participação da sociedade juntamente com as autoridades governamentais. Além disso, com o estabelecimento da cobrança mensal pelo uso da água, foi incentivada as medidas de racionalização e reuso nos processos industriais.

Também foram realizados mecanismos e ações para tornar a água potável de maneira que abrange tanto a geração atual como a futura, amenizando possíveis conflitos pelo seu uso desenfreado. E por último, trazer a tona a necessidade de conservação e preservação da água como um bem social e ambiental, tratando com um recuso indispensável para a continuação da espécie humana.

 

Reaproveitamento de água na cidade de Catalão

Na cidade de Catalão, localizado na região sul do estado de Goiás, local onde abriga o Campus da Universidade Federal de Goiás, onde neste campus existe o Restaurante Universitário, local onde os alunos de graduação da Universidade realizam suas refeições diariamente. Foi pensado inicialmente como implementação de um projeto, onde realizaria a captação da água da chuva, para posteriormente, reutilizá-la na limpeza do próprio restaurante.

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