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A Teoria Socio-Interacionista De Vygotsky

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Por:   •  19/10/2013  •  2.474 Palavras (10 Páginas)  •  1.489 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem trás para a educação, subsídios para sua prática pedagógica. Baseando- se na teoria Socio-Interacionista de Vygotsky, temos pressupostos que partem da idéia de que o homem enquanto ser biológico e social, e enquanto participante de um processo histórico, através da linguagem transmite e adquire novos conhecimentos.

Se lhes for propiciado esse contexto lingüístico geral, a relação pedagógica na aprendizagem escolar transforma-se numa das principais fontes de conceitos científicos bem como numa poderosa força que direciona todo o desenvolvimento mental.(COUTINHO, p. 155, 2001)

A identificação do grupo com a teoria Socio-Interacionista veio através de nossa própria experiência ao colocar em pratica uma pesquisa de campo para outra disciplina do curso de Pedagogia. Percebemos que o professor se colocando como mediador, utilizando em sala, dentro da contextualização da aula, a experiência dos alunos, conseguiu tornar a aula mais dinâmica e interessante, de modo que o resultado foi um ambiente leve e mais propício a aprendizagem.

Este trabalho propõe mostrar a biografia de Lev S. Vygotsky , sua teoria e sua contribuição pedagógica.

O objetivo do trabalho, é mostrar como a teoria Socio-Interacionista de Vygotsky pode interferir positivamente no processo de ensino-aprendizagem idealizando a busca do potencial maior do aluno.

LEV SEMENOICH VYGOTSKY

1.1- Biografia

Lev Vygotsky nasceu em 1895, século IXX, na cidade de Orsha, na região da Bielorrússia. Recebeu sua educação inicial diretamente de tutores na sua residência conforme a tradição das famílias abastardas. Mais tarde, foi estudar na Universidade de Moscou onde integrou um grupo de jovens intelectuais que buscavam um elo entre o Socialismo e uma nova Psicologia integradora de corpo e mente.

Formou-se em Direito no ano de 1918. Em 1924, aos 28 anos de idade, casou-se com Rosa Smekhova, com quem teve duas filhas. Residindo em Gomel, ministrou um curso de Psicologia no "Instituto de Treinamento de Professores" onde implantou um laboratório de Psicologia. Neste mesmo período fundou uma editora e publicou uma revista literária.

Embora formado em Direito, destacou-se à época por suas críticas literárias e análises do significado histórico e psicológico das obras de arte, trabalhos que posteriormente foram incorporados no livro "Psicologia da Arte", escrito entre 1924 e 1926, incluindo naturalmente a tese de doutorado sobre Psicologia da Arte, que defendeu em 1925. O seu interesse pela Psicologia levou-o a uma leitura critica das teorias já existentes em sua época: as teorias da "Gestalt", da Psicanálise e o "Behaviorismo", além das idéias do biólogo e educador suíço Jean Piaget. As obras desses autores são citadas e comentadas em seus diversos trabalhos, tendo escrito prefácios para algumas das suas traduções ao idioma russo.

Na busca de respostas aos seus questionamentos sobre os símbolos, os signos, a sociedade e a estrutura da consciência (...). Fez ele uma incursão nas teorias psicológicas vigentes no primeiro quarto do século XX. Produziu então uma crítica epistemológica profunda as teorias psicológicas de base idealista e empirista. (COUTINHO, p.139, 1992)

Tendo vivido a Revolução Russa de 1917, bem como estudado as obras de Karl Marx e Friedrich Engels, a partir das proposições teóricas do materialismo histórico propôs a reorganização da Psicologia, prevendo a unificação das Ciências Humanas no que denominou como "psicologia cultural-histórica.

Vygotsky visitou inúmeras populações camponesas isoladas de seu país, fazendo testes neuropsicológicos entre as aldeias nômades do Uzbequistão e do Quirguistão (Ásia Central), antes e depois do realinhamento cultural e sócio-econômico da revolução socialista, que incluía alfabetização, cursos rápidos de novas tecnologias, organização de brigadas, fazendas coletivas e outros.

Essa experiência vivida como “professor” levou-o ao estudo dos distúrbios de aprendizagem e de linguagem, das diversas formas de deficiências congênitas e adquiridas, a exemplo da afasia (perda da capacidade de compreender e expressar-se pela linguagem oral em conseqüência de lesão neurológica central específica). Para complementar sua formação para estudo da etiologia de tais distúrbios, graduou-se em Medicina, curso que já havia iniciado e substituído por Direito em Moscou e que foi retomado e concluído em Kharkov.

Vygotsky dedicou sua vida ao esforço de romper, transformar e ultrapassar o estado de conhecimento reflexão sobre o desenvolvimento humano de seu tempo. Nos últimos anos de sua vida se interessou cada vez mais por problemas da neurologia e neuropatologia, chegando a organizar cursos de medicina. A partir daí ele concentrou-se nessas áreas e produziu obras até sua morte prematura em 1934, devido à tuberculose.

Por causa da tensão política da época, o trabalho de Vygotsky permaneceu desconhecido a grande parte do mundo ocidental durante décadas.

Em 1984, tivemos a primeira publicação brasileira de uma obra de Vygotsky “A Formação Social da Mente” e a partir daí várias de suas obras foram publicadas no Brasil.

1.2- Teoria Socio-Interacionista

Para Vygotsky a aprendizagem inclui a relação entre as pessoas, interagir com o outro atribui significados. Não há como aprender e apreender o mundo se não tiver o outro, que nos permite pensar no mundo a nossa volta. O psiquismo é constituído pelo pensamento e a linguagem, na formação do sujeito. O teórico defende a idéia de que o conhecimento é de “fora para dentro”, através das influências externas.

Assim, o papel da escola é modificar a vida do sujeito, com novos estímulos provocando modificações na conduta do mesmo, retirando-o do estado de equilíbrio cognitivo de costume.

O estudo de Vygotsky era voltado para a dimensão sócio- histórica, a função social, a importância do ser humano na sociedade. Variando o ambiente social, o desenvolvimento também varia; a criança nasce em um mundo social, assim a mesma transforma o ambiente e aprende. O ambiente é fundamental para a construção do pensamento da criança e aos esquemas, para que a inteligência se construa.

VYGOTSKY diz que:

“ O aprendizado escolar induz a um tipo de percepção generalizante desempenhando assim um papel decisivo na conscientização da criança de seus

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