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A devoção e as aparições de Nossa Senhora

Por:   •  23/8/2021  •  Artigo  •  1.872 Palavras (8 Páginas)  •  69 Visualizações

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A devoção e as aparições de Nossa Senhora

1) Corria o ano de 1531 e nada de diferente parecia acontecer na região do monte Tepeyac no México. Na vida das colônias da América Espanhola quase tudo era igual a não ser alguma festa litúrgica mais solene, com seu repicar de sinos e andores enfeitados que desfilavam pelas ruas poeirentas, quebrando de vez em quando a monotonia dos dias. Fora isso, a rara visita de alguma autoridade ou algum missionário novo que chegava despertavam a atenção da população.            

Nessa época os missionários das mais diversas ordens estavam num estado de desânimo muito grande, pois num período de cinco anos fizeram todos os esforços possíveis para tentar converter os nativos daquelas e de outras terras, mas tudo se mostrava ineficaz. O cansaço já começava a roubar-lhes as forças, e se não fosse o mandato de Cristo “Ide e pregai o Evangelho a toda criatura, batizando-as...”, talvez teriam já desistido. Restava-lhes apenas a fé.            

Nem tudo estava perdido, alguns índios haviam se convertido e eram bastante fiéis no cumprimento de seus deveres cristãos. Um deles, Juan Diego, na manhã do sábado, dia 9 de dezembro daquele ano, saiu de madrugada para participar da Santa Missa e, depois também participaria da catequese com os missionários franciscanos. A preocupação, porém, não o deixava sair em paz, já que seu tio Juan Bernardino ficara na aldeia doente. Seu estado inspirava cuidados e Juan Diego pretendia voltar o quanto antes para estar a seu lado.     

:: Guadalupe: advento de salvação e bênçãos para um Continente

Ao passar pelo Tepeyac foi surpreendido por uma suave melodia vinda do alto do morro que lhe chamou a atenção. Ao voltar-se para ver de onde vinha essa suave melodia deparou-se com uma linda Senhora que parecia esperar-lhe sobre uma formosa nuvem branca. Em torno dela cores vivíssimas pareciam emoldurar-lhe a silhueta espargindo as cores do arco-íris. Surpreso, o índio aproximou-se e ao fitar aquela Senhora esta lhe chamou pelo nome em seu próprio dialeto e revelou quem era afirmando tratar-se da própria Mãe de Deus. Num misto de surpresa e temor Juan Diego a observa extático, ao que Ela solicitou que ele se dirigisse ao bispo Dom Juan de Zumárraga transmitindo-lhe seu desejo de que naquela colina fosse erguido um templo em sua honra, onde poderia socorrer seus filhos prodigamente. Num instante a Virgem já não estava mais ali. Embora titubeando e com medo de ser ignorado, devido à sua condição humilde, Juan Diego dirigiu-se ao palácio do bispo e após longa espera foi recebido friamente. Ao narrar o que sucedera foi ouvido com descrédito e o bispo lhe solicitou um sinal de que sua fala era verdadeira, o que o desapontou sobremaneira.            

Na aparição seguinte o índio pediu a Nossa Senhora que escolhesse outro mensageiro mais digno de crédito diante do bispo, ao que Ela replicou que possuía muitos devotos da mais alta nobreza que ficariam contentes em servi-la, mas ela não queria, seu desejo era que ele desempenhasse o papel para o qual fora escolhido. Na manhã seguinte, como seu tio não melhorara resolveu buscar um padre para lhe administrar os últimos sacramentos. Supondo que a Virgem estaria no Tepeyac resolveu cortar caminho por um atalho, desviando o olhar do monte. Ao seguir seu caminho, enquanto passava próximo ao Tepeyac a Virgem o esperava no atalho e perguntou-lhe: “Aonde vais?” Envergonhado por tentar fugir da Mãe de Deus pediu desculpas e tentou justificar-se pela doença do tio, mas Nossa Senhora o tranquilizou garantindo-lhe que o mesmo já estava curado. Ordenou-lhe então que subisse ao cume do Tepeyac e colhesse rosas frescas e as levasse ao bispo como prova de que o pedido provinha da vontade de Deus, como o bispo mesmo pedira. Embora fosse inverno e, portanto, improvável encontrar rosas frescas, Juan Diego obedeceu e surpreendeu-se ao encontrá-las tal como a Virgem havia lhe dito. Prontamente as colheu, envolveu em sua tilma e dirigiu-se ao palácio episcopal. Após longa espera, foi recebido pelo bispo, diante do qual abriu sua capa de onde caíram muitas rosas vermelhas e frescas, como se tivessem acabado de ser colhidas e o que mais espantou a todos foi o fato de que na tilma do índio a figura da Virgem, tal como ele a vira, aparecera gravada sobre o tecido. Assombrado e arrependido, D. Zumárraga ajoelhou-se ante a sagrada imagem e comprometeu-se a erguer o templo que Maria Santíssima solicitara, invocando-a daí em diante como Nossa Senhora de Guadalupe.          

Após a aparição, a evangelização que antes não dava frutos começou a prosperar dia a dia, o que fez a Igreja ver nesse fato a mão de Deus atuando através de Maria, carinhosamente chamada pelo papa João Paulo II de “evangelizadora da América”.

2) No começo do século XV uma jovem chamada Gianetta Vacchi foi muito maltratada pelo marido escolhido pelos pais, mas suportou tudo sem queixar-se, procurando viver de modo bastante resignado. Desde pequena, Gianetta era muito devota de Nossa Senhora e passava o dia todo em ardorosa oração com a Mãe de Deus. Após ser brutalmente espancada pelo esposo, foi obrigada a caminhar uma légua de distância de sua casa para cortar feno.

Em meio a esse sofrimento começou a implorar o auxílio de Nossa Senhora.

Sem saída recorreu a Nossa Senhora que é o refúgio dos pecadores.

Em seguida apareceu-lhe uma jovem Senhora de aspecto belo, de porte majestoso e nobre.

Nossa Senhora tocou seus ombros e fez ela ajoelhar-se e começou a contar-lhe que o mundo, com suas iniquidades e pecados havia excitado a cólera de Deus.

Ela havia intercedido por eles e aplacado à ira de Deus. pediu à camponesa que avisasse ao povo para fazer penitência e, em sinal de gratidão, que um sábado fosse dedicado a Ela. Embora temerosa de que não lhe dessem crédito, a jovem, compreendendo se tratar da Mãe de Deus confiou, narrou tudo ao povo e este lhe deu crédito e erigiu um enorme santuário em honra da Virgem de Caravaggio.

No local onde Nossa Senhora apareceu suas pegadas ficaram marcadas no chão e ao lado brotou miraculosamente uma fonte na qual muitos doentes até hoje se banham e alcançam a graça da cura de seus corpos.

3) Na tarde do dia 14 de setembro de 1846, na região dos Alpes, na França, os jovens pastorinhos de gado Maximino e Melânia viram no centro uma bela Senhora sentada sobre uma pedra, que apoiava seus cotovelos sobre os joelhos e escondia seu rosto por entre as mãos, demonstrando uma grande tristeza. Ela parecia chorar copiosamente.

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