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ABUSO SEXUAL E VULNERABILIDADE DE CRIANÇAS

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Por:   •  12/9/2013  •  2.263 Palavras (10 Páginas)  •  760 Visualizações

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ABUSO SEXUAL E VULNERABILIDADE DE CRIANÇAS

O impacto de tais

experiências necessita de intervenções que ultrapassem o âmbito familiar e

os modelos de grupo familiar instituídos. Os vínculos afetivos, no contexto da

família, se enfraquecem quando está em jogo a relação conjugal, razão pela

qual os relatos de abuso e violência são conhecidos tardiamente. Intervir para

transformar essa realidade que atinge milhares de crianças e adolescentes é

tarefa para ser compartilhada com diferentes segmentos da sociedade civil

organizada, alimentadas por políticas sociais públicas que assegurem o

reconhecimento da população infanto-juvenil como prioridade absoluta, tal

como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente.

. Para que a análise da relação entre violência e criança

ultrapasse o limite de sua naturalização, é necessária a construção de um conhecimento

que contemple a articulação as dimensões macro e micro social.

Nesta perspectiva, a violência intrafamiliar resulta, em parte, da violência social

que se manifesta no interior da sociedade, expondo na intimidade, questões que afetam

diferentes segmentos de uma comunidade e são ocultadas como problemas sociais. O

surgimento da violência no interior da família transfere o problema e a responsabilidade para

esse grupo, desenvolvendo um campo favorável para a construção de álibis de forma que

as pessoas, integrantes da sociedade civil, possam se eximir de se debruçarem sobre essa

questão.

A violência contra crianças e adolescentes, até então tratada na esfera privada,

adquire maior visibilidade, na medida em que os limites entre o público e o privado ganham

melhor definição e precisão, ampliando seus significados. Para Arendt (1989) a esfera

pública é o único espaço capaz de assegurar o debate de temas de interesse coletivo, em

um ambiente plural marcado por muitas vozes e pela presença dos outros - desprivatizando

a realidade.

A violência e o abuso sexual quando acontecem no contexto intrafamiliar são

revelados tardiamente uma vez que a cumplicidade dos adultos envolvidos na relação cria

um clima favorável para a ocultação. Via de regra, uma criança e/ou um adolescente que

sofre violência sexual convive com o problema por longo período de tempo, antes que possa

ser revelado. As ameaças reiteradamente exercidas pelo violentador fragilizam a criança

e/ou adolescente, pois os mesmos se sentem incapazes de responder ao poder físico e

emocional do adulto, produzindo medo, isolamento e solidão.

. Na escola, a professora ou a coordenadora

pedagógica reclama do desinteresse e desatenção da criança, da diminuição do rendimento

aescolar, do comportamento agressivo com os colegas, do choro compulsivo e fácil. Somente

quando os sinais físicos tornam-se evidentes, como andar com as pernas abertas e com

dificuldade, dor para urinar, sangramento, é que as providencias ganham lugar.

No contexto da relação conjugal, a mulher resiste aos sinais explícitos e

implícitos de abuso, buscando com isso, manter o casamento e a relação afetiva com o

parceiro.Tal quadro, bastante freqüente nas histórias de abuso e violência sexual, confirma

que a preocupação maior da mãe é a preservação dos laços afetivos com o parceiro, ainda

que haja indicações visíveis de violação. Desamparados, amedrontados e despreparados

para lidarem com estas situações, os violentados convivem, solitariamente, com o problema.

Muitas vezes, quando decidem revelar o abuso ou a violência, as crianças e os

adolescentes são desacreditados, instalando uma suspeita de que os relatos são fantasiosos e visam desestabilizar a relação entre o casal. Essa cumplicidade entre o casal

cria as condições favoráveis para a ocultação da violência.

Sex, 17 de Maio de 2013 13:28

Neste sábado é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Este sábado, 18 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. De acordo com dados do Disque 100, de janeiro a abril deste ano, já foram denunciados 349 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes na Paraíba. Das 349 denúncias sobre violência sexual, 74% indicava o abuso sexual e 24% a exploração sexual de crianças e adolescentes. As denúncias são encaminhadas pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos ao Ministério Público da Paraíba. Em 2012, o Disque 100 recebeu 974 denúncias.

nea.

Em 2012 recorreram aos serviços da APAV 546 vítimas de violência e crimes sexuais, das quais 81 eram

crianças e jovens.

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