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Abuso Sexual Na Infancia

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Por:   •  21/11/2013  •  6.638 Palavras (27 Páginas)  •  668 Visualizações

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ABUSO SEXUAL NA INFANCIA

Escrito por: Taine Souza Melo Albernaz | Publicado em: 21 de Junho de 2013

Categoria: Psicologia Social

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Resumo: Alinha-se nessa pesquisa uma proposta de conhecer como ocorre a violência e a resiliência em crianças vítimas de abuso sexual intrafamiliar e correlacionar com o após, a atuação e o papel do psicólogo para a construção de uma qualidade de vida assim como, analisar e desmistificar o ambiente familiar que ficou cristalizado e suas representações desfalcadas. Esse estudo apresenta um mapeamento de fatores de risco e proteção visando a compreensão real do caso bem como a condução de intervenções necessárias. Tal revisão de literatura deu subsídios para um estudo com o objetivo de prevenir e promover saúde pública frente à violência sexual com crianças no processo intrafamiliar favorecendo a resiliência. Conclui-se um trabalho de ordem preventiva que envolve ações educativas e que implica também uma psicoprofilaxia, uma atitude clínica, um trabalho integrado que possa envolver atendimento a vítima, o encaminhamento do processo e o fortalecimento de apoio às famílias.

Palavras chaves: abuso sexual intrafamiliar, fatores de risco e proteção, ambiente familiar e representações, o papel do psicólogo e resiliência.

1. Introdução

A violência é um tema de debate a nível mundial. Atualmente abrange a estrutura física, psíquica, emocional do sujeito do qual sofre o ato. É uma das principais causas da morbimortalidade e comorbidade psicopatológica que abrange todas as raças, etnias, sexos, idades, cultura e religião. Dentre essas o que está mais recorrente a denúncias é o abuso sexual que acomete a população infanto-juvenil.

É notável então a importância de estudar a violência diante dos fatos como negligência, abandono, agressões dentro da estrutura familiar para que se possa entender o desenvolvimento do indivíduo e as consequências sofridas pelas crianças vítimas de abuso sexual intrafamiliar. Faz-se necessário então, conceituar violência e abuso sexual, os fatores de risco e proteção ao desenvolvimento infantil frente ao abuso sexual, a importância do ambiente familiar e as representações sociais e até mesmo a ideia da família, já que esta cumpre com sua função principal de oferecer proteção aos seus membros. O papel do psicólogo frente aos casos de violência sexual infantil e assim diante dos fatos ocorridos dentro dessa estrutura familiar é discutir a resiliência após o abuso sexual já instalado na criança. É diante dessas considerações que o presente estudo possui como eixo norteador o seguinte questionamento: Ao se confrontar com a real situação intrafamiliar, quais os fatores de risco e proteção presentes no ambiente familiar individual e coletivo e o fator de resiliência que a vítima poderá obter?

É de fundamental importância a descrição dos fatores de risco e proteção existentes no cuidado as crianças vitimas de violência sexual intrafamiliar, visando favorecer informações que concerne na interferência do seu desenvolvimento biopsicossocial, este peculiar a todo ser humano e para a sociedade, pois no presente momento as denúncias e campanhas contra o abuso sexual infantil tornam claro e evidente que tem aumentado o número de denúncias a cada dia a nível nacional pelo fato dessa violência ocorrer onde se pressupõe que seja o local de extrema importância para a formação biológica, psicológica, moral, sentimental, de condutas do indivíduo.

Os objetivos apresentam como proposta conhecer como ocorrem a violência e a resiliência em crianças vitimas de abuso sexual intrafamiliar e correlacionar como ocorre a violência e a resiliência após o abuso sofrido e a atuação e papel do psicólogo para a construção de uma qualidade de vida, assim como, analisar e desmistificar o ambiente familiar que ficou cristalizado e suas representações sociais desfalcadas.

Contribui-se então para o meio acadêmico, científico e social como um todo e pretende contribuir com futuros pesquisadores e profissionais da área, já que a quantidade de material disponível sobre o assunto no meio acadêmico ainda é limitada. A compreensão da resiliência para o profissional que percebe o sujeito como um ser biopsicossocial tem sido cada vez mais valorizado na humanização da relação sujeito-meio, pois busca compreender não só o porquê (causas), mas, antes de tudo, o como (processo).

2. Referencial Teórico

2.1 Violência e Abuso Sexual

A violência é um fenômeno complexo, que se manifesta de diversas formas e maneiras, sendo cometida por indivíduos contra outros indivíduos, revelando dominação e opressão, a violência é uma multifacetária e polimórfica, surgindo na sociedade por meio de ações, que se interligam, interagem e se fortalecem. A violência envolve um excesso, uma brutalidade, um aprisionamento e a perda de autonomia com consequência de uma perda também da liberdade dos indivíduos nela envolvido.

Agudelo (1990) apud Barbosa (2008, p.18) afirma sobre a violência:

"ela representa um risco maior para a realização do processo vital humano: ameaça a vida, altera a saúde, produz enfermidade e provoca a morte como realidade ou como possibilidade próxima". A área da saúde concentra seus esforços em atender os efeitos da violência, adotando como medida a prevenção e promoção. Depois de instalada a violência no individuo busca-se a reparação dos traumas e lesões físicas, em serviços de emergência, na atenção especializada, nos processos de reabilitação, nos aspectos médico-legais e registros de informações. A violência, em especial contra a criança e a mulher, tem-se agravado, o que determina o início de uma abordagem que inclui aspectos psicossociais e psicológicos, em relação ao impacto sobre as vítimas.

O abuso sexual infantil é considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos maiores problemas de saúde pública. Estudos realizados em diferentes partes do mundo sugerem que 36% das meninas e 29% dos meninos sofreram abuso sexual. A sua real prevalência é desconhecida, visto que muitas crianças não revelam o abuso, somente conseguindo falar sobre ele na idade adulta. As estatísticas, portanto, não são dados absolutos. (BARBOSA, 2008, p. 26).

O abuso sexual de crianças é um dos

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