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AOS QUE MORAM NOS TEMPOS DA CIÊNCIA

Por:   •  3/4/2017  •  Bibliografia  •  476 Palavras (2 Páginas)  •  177 Visualizações

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AOS QUE MORAM NOS TEMPOS DA CIÊNCIA

O que é científico (I)        ?

Nesse tópico, o autor conta que recebeu a visita de um colega aposentado, que dizia que estava escrevendo um livro onde contava o que aprendeu em sua vida. Em meio à conversa, surge a pergunta “o que é científico?”. Havia um ar de indignação e perplexidade naquela pergunta.

        Continuou: não sou filósofo. Eles sabem disso e nem me convidam para seus simpósios eruditos; Nietzsche, bufão, fazendo caçoada, cita Stendhal sobre as características do filósofo: “Para se ser um bom filósofo é preciso ser seco, claro e sem ilusões. Um banqueiro que fez fortuna tem parte do caráter necessário         para se fazer descobertas em filosofia, isto é, para ver com clareza dentro daquilo que é”.

        Não sou filósofo porque não penso a partir de princípios, mas sim a partir de imagens. Meu raciocínio se sustenta do sensual. Preciso ver. Imagens são passatempos dos sentidos e a partir delas, construo histórias.

        E foi assim que, no minucioso instante em que meu colega perguntou “o que é científico?”, me surgiram imagens contando uma história.

        Era uma vez um povoado às margens de um rio imenso, cujo lado de lá não se via, a água passava sem parar, ora calma e tranquila, ora impetuosa e violenta, deslumbrando e amedrontando, concomitantemente. Muitos haviam falecido em suas águas suspeitosas, e por temor e atratividade, os camponeses haviam construído altares a suas margens, nele o fogo estava sempre abrasador, e rodeando ouvia-se canções e os poemas que artistas haviam composto sob a sedução do rio sem fim.

        O rio era morada de inúmeros seres místicos. Alguns, subitamente, saltavam de suas águas, para logo depois mergulhar e desaparecer. Contava-se que havia monstros, dragões, sereias e iaras naquelas águas, sendo que alguns desconfiavam mesmo que o rio fosse morada de deuses. Eram tudo suposições; haviam produzido várias literaturas, mas não haviam capturado nenhuma criatura.

        Assim foi por muitas gerações, até que um dos moradores pensou algo jamais cogitado: um objeto para capturar as criaturas do rio. O objeto possuía vários buracos amarrados por barbantes. Ele simplesmente         fez uma rede de pesca.

        Todos riram daquele pobre morador. Riram daqueles buracos presentes. Ele, por sua vez, nem ligou. Armou, então, a rede e foi dormir. Pela manhã seguinte, ao acordar, puxou a rede e observou algo jamais visto. Havia capturado um peixe dourado.

        Foi um tumulto.

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