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APRESENTAÇÃO DO CASO

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Por:   •  1/12/2014  •  Tese  •  539 Palavras (3 Páginas)  •  177 Visualizações

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APRESENTAÇÃO DO CASO

J. é filha única, fruto de uma relação extraconjugal do pai. Foi encaminhada para o Grupo de Interação Pais- Bebê do HCPA com 1 ano e 3 meses por queixa da mãe de não conseguir lidar com as crises de brabeza da filha e por queixa da creche de que a menina estava mordendo os colegas.

A mãe de J. tem 36 anos e ensino médio completo. J. nasceu de um relacionamento de sua mãe com um colega de aula, que não assumiu a paternidade. O pai de J. tem 55 anos, é proprietário de uma videolocadora, casado e pai de outros três filhos. Nunca compareceu ao grupo.

Conheceram-se quando a mãe trabalhava como secretária do pai. Iniciaram um relacionamento, que resultou na gestação e nascimento de J. A gestação foi considerada de risco, tendo acompanhamento médico regular. J. nasceu de parto normal. Foi encaminhada à puericultura no primeiro mês de vida, devido às dificuldades da mãe em lidar com o choro forte e com a agitação da menina durante a amamentação. Dormia na cama com a mãe, e isso se manteve até os 2 anos de idade.

Aos 3 meses, houve uma tentativa frustrada de alimentá-la com leite artificial. Com 1 ano, recusava alimentação salgada e exigia o seio, inclusive de madrugada. O desmame só ocorreu definitivamente em torno dos 3 anos. Entrou na creche com 1 ano de idade e logo apresentou o comportamento de morder os colegas.

Mãe e filha ingressaram no Grupo de Interação Pais- Bebê no seu quinto dia de funcionamento e sempre foram assíduas e pontuais.

J. é uma menina pequena, delicada e graciosa. Apresentava-se sempre bem vestida e enfeitada. No início do grupo, permanecia todo o tempo no colo da mãe. Algumas vezes pedia o seio, e quando negado, agitava-se, esperneava, chorava, e a mãe não conseguia controlá-la. Várias vezes, mordia as outras crianças, a mãe e até os profissionais.

A mãe queixava-se de não conseguir dar limites e nem dizer não para a filha, que só comia o que queria, só fazia o que estava com vontade, chorava para conseguir as coisas, escolhia o que vestir, era teimosa, estava mordendo as pessoas e não podia ser contrariada. A hora do banho era “uma tortura”, pois J. levava para o chuveiro seus brinquedos e permanecia ali, brincando, e a mãe não conseguia convencê-la a sair. Dizia sentir-se cedendo aos desejos da filha e já estar revidando de forma agressiva.

O pai não morava com elas, mas as visitava diariamente. Toda vez que saía, dizia que ia trabalhar, fazendo com que, segundo a mãe, J. não percebesse que o pai tinha outra família.

Com o decorrer do atendimento, J. deixou de ficar no colo da mãe e conseguia brincar com as outras crianças. Aprendeu a dividir os brinquedos ou trocá-los ao invés de arrancá-los da mão de alguém, mas sua oralidade continuava intensa. Mordia todas as crianças, principalmente quando deixava de ser o centro das atenções.

A entrada de R., 4 meses, no grupo, foi marcada por uma intensa agitação e agressividade de J. Tentou mordê-lo inúmeras vezes e fez de tudo para chamar a atenção da mãe, atirando-se no chão, jogando os brinquedos longe, mordendo e arrancando os brinquedos de outras crianças. Teve que ser contida muitas vezes. [...]

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