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AS DIMENSÕES DA PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL Cláudia Mônica Dos Santos (Resumo)

Trabalho Escolar: AS DIMENSÕES DA PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL Cláudia Mônica Dos Santos (Resumo). Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/12/2014  •  2.723 Palavras (11 Páginas)  •  3.364 Visualizações

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AS DIMENSÕES DA PRÁTICA PROFISSIONAL DO SERVIÇO SOCIAL

Cláudia Mônica dos Santos

A RACIONALIDADE FORMAL ABSTRATA DO SERVIÇO SOCIAL:

Entende-se por racionalidade os modos de ser, pensar, e de se constituir dos processos sociais, ela incorpora tanto a lógica que constitui os fenômenos e processos da sociedade quanto a maneira de aprendê-los. Há sempre uma racionalidade que se torna hegemônica que é funcional a manutenção da sociabilidade que o constitui. Ela adota a forma pela qual os fatos, fenômenos e processos sociais se apresentam. A racionalidade formal abstrata também utiliza o procedimento da abstração e não ultrapassa o que leva a desconsiderar dos fatos seus conteúdos concretos e abstraindo os fatos das condições e relações que produzem.

OBS.:

Racionalidade Formal: As decisões deverão ser baseadas em princípios sociais legitimados cuidadosamente elaborados, uma vez que poderão estabelecer um novo padrão de ação. Regras coletivas não devem ser desrespeitadas, mas instrumentos pessoais de defesa podem ser utilizados para realização de uma ação mais benéfica em âmbito individual.

Racionalidade Abstrata: É uma filosofia constituída apenas de abstrações, de conceitos predominantemente abstratos, ou seja, é uma forma de pensar, raciocinar, utilizando conceitos abstratos. Abstração dá uma ideia de algo imaginário, idealizado, mas que não é exatamente real.

Por meio do modo de pensar, os fatos e fenômenos são separados, autonomizado entre si, fragmentados, limitando e às vezes impedindo os sujeitos de aprenderem as relações entre eles, ou, o conjunto de mediações que os vinculam e que permitem que tais processos sejam como são, tenham estas e não outras propriedades constitutivas. Disto decorre uma compreensão da totalidade da vida social como soma das partes. Decorre ainda a compreensão dos processos sociais como coisas autônomas e automatizadas entre si e do sujeito que os constroem. Esse tipo de pensamento opera uma distinção entre fatos sociais (que são tratados como coisas: Anteriores, superiores e exteriores aos sujeitos), fatos econômicos e fatos políticos.

OBS.:

Fatos sociais: é toda “coisa” capaz de exercer algum tipo de coerção sobre o indivíduo, sendo esta “coisa” independente e exterior ao indivíduo e estabelecida em toda a sociedade; O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), tido por muitos como um dos pais da sociologia moderna, define em seu livro, “As Regras do Método Sociológico” (1895), que o objeto de estudo da Sociologia deve ser o fato social, pois ele deriva da vida em sociedade, que é caracterizada pelo conjunto de fatos sociais estabelecidos.

Fatos econômicos: São fatos que alteram o rumo da economia global ou de um país. Exemplo à crise da habitação que deixou os bancos americanos com sérias dificuldades.

Fatos Políticos: É a necessidade que uma sociedade institucionalizada por um poder normativo e coercivo tem de impor regras e utilizar a força de forma disciplinadora. Dá-se também o nome de fato politico ao evento realizado por intermédio do governo ou chefe de estado que influencie físico ou psicologicamente de certa forma a população.

A racionalidade formal-abstrata inicialmente se concretiza na esfera do trabalho, expressando-se no modo pelo qual os homens produzem e reproduzem a sua vida material e espiritual atendendo as suas necessidades, porém ela invade outras esferas da nossa vida e condiciona os sujeitos a adotarem um comportamento passivo frente aos fatos e fenômenos de sua vida.

O Serviço Social é uma prática profissional que nasce na sociedade capitalista no momento em que essa ordem social necessita de um profissional que administre e controle os conflitos de interesses gestados no mundo do trabalho (na relação antagônica entre capital e trabalho), certamente seu mandato recebe esse tipo de racionalidade. Há uma invasão da racionalidade racionalista e instrumental do capitalismo na profissão, na medida em que o assistente social atua em políticas sociais de caráter terminal, que ao longo do processo vem atendendo múltiplos interesses do capital. O assistente social é um executor terminal das políticas sociais geridas pelo Estado, pelas empresas privadas, pelas organizações patronais e pela sociedade civil organizada, ele tem seus espaços sócios ocupacionais e suas condições profissionais configuradas pelo padrão de política social vigente. A nossa utilidade social está em solucionar, em nível imediato, pontual focal, imediato, pontual, focal, emergencial, as questões mais urgentes e que põe em risco a ordem vigente.

OBS.:

Racionalismo: O racionalismo afirma que tudo o que existe tem uma causa inteligível, mesmo que essa causa não possa ser demonstrada empiricamente, tal como a causa da origem do Universo. Racionalismo:

Racionalidade: É a qualidade ou estado de ser sensato, com base em fatos ou razão. A racionalidade implica a conformidade de suas crenças com umas próprias razões para crer, ou de suas ações com umas razões para a ação.

Racionalidade Instrumental: Na obra ‘Eclipse da razão’, Horkheimer distingue dois tipos de razão: a cognitiva e a instrumental. A primeira, como o nome diz, é a que busca conhecer a verdade, enquanto a razão instrumental é a operacional, aquela que visa a agir sobre a natureza e transformá-la. No entanto, no capitalismo, com o desenvolvimento das ciências aplicadas à técnica – que permitiu o progresso da tecnologia a patamares jamais vistos –, a razão instrumental tomou tal vulto que se sobrepôs à razão cognitiva.

Considerando que toda ação requer que se acione um determinado nível ou grau de conhecimento. Á profissão por atuar com fenômenos complexos tem que recorrer a níveis cada vez mais elevados de racionalidade. Nisso reside à razão de conhecer a profissão na sua estrutura, conjuntura e contextos nos quais ela se gesta e se desenvolve; conhecer o seu significado sócio histórico, sua funcionalidade e instrumentalidade; conhecer a população usuária; as mediações que na contemporaneidade atravessam a “questão social”, os objetivos sobre os quais nossa intervenção recai na atualidade, os projetos societários, as direções pelas quais a profissão tem se conduzido, as demandas potenciais e as formas como a profissão vem respondendo a elas. A resposta ao: o que, por que, quando, onde, quando, onde e como fazer apoia-se em valores, princípios que imprimem uma direção social na ação dos sujeitos profissionais.

OBS.:

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