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ATPS Economia Inflação

Artigo: ATPS Economia Inflação. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/10/2013  •  2.500 Palavras (10 Páginas)  •  230 Visualizações

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Inflação

A inflação é caracterizada pelo aumento contínuo de preços de bens, produtos e serviços em uma determinada região em um período de tempo. Ao mesmo tempo em que os produtos se tornam mais caros, o poder de compra da moeda nacional diminui.

A inflação elevada também encarece os produtos nacionais, aumenta a demanda por importações e reduz as exportações, desequilibrando toda a balança comercial de um País. Para evitar uma crise econômica, governos são obrigados a adotar medidas para desvalorizar a moeda e, assim, frear as importações. Esta decisão, entretanto, faz com que produtos importados essenciais fiquem mais caros, aumentando o custo de produção de setores que dependem desses itens. Tudo isso provoca nova elevação de preços, entrando em um círculo vicioso que só termina com a queda real da inflação.

Inflação no Brasil

A inflação desde muito tempo é um problema característica de nossa economia, principalmente a partir da década de 1950. As décadas de 1960 e 1970 simbolizam o início do desequilíbrio econômico no Brasil. Naquele período, os índices de inflação chegavam a aproximadamente 40% ao ano. Havia grande necessidade de investimentos em infraestrutura de transportes, energia, saneamento, entre outros que eram necessários ao desenvolvimento do país e isto gerava um Déficit do Tesouro Nacional que não arrecadava o quanto precisava. Além disso, a baixa renda per capita dos brasileiros impedia um aumento na carga tributária que pudesse cobrir essa diferença. Então, o governo emitia mais moeda, só que esse aumento de moeda disponível no mercado sem que a economia estivesse prepara pra produzir gerava um aumento de demanda e conseqüentemente uma inflação de demanda.

No período e 1964 a 1979, houve um início de um combate á inflação que, devido ao Brasil se tratar de um país em desenvolvimento, tinha que ser feito gradualmente, pois o país não suportaria a necessária redução de crescimento e conseqüente aumento de desemprego, que refletiriam na sociedade. Além disso, foi nesse período, mais precisamente entre 1973 e 1979 que ocorreu a crise internacional do petróleo, que elevou ainda mais os gastos públicos devido ao investimento em outras fontes de energia para o país.

A década de 1980 foi marcada pela forte retração na taxa de expansão econômica e significativo aumento da inflação. A média anual, por exemplo, subiu para 330% e, entre 1990 e 1994, para 764%. Foram pelo menos 15 anos de hiperinflação. Empresas remarcavam diariamente os preços dos produtos, que rapidamente eram comercializados uma vez que a população estocava alimentos por temer as sucessivas altas. Esse quadro permaneceu até a primeira metade dos anos 1990, levando o governo a adotar planos de estabilização econômica entre eles o Plano Cruzado que congelava preços e salários, o Plano Bresser, o Plano Verão e o Plano Verão, todos sem sucesso. Os mais prejudicados com a inflação elevada eram os trabalhadores de baixa renda que passavam por longos períodos inflacionários de desvalorização salarial e perda de poder aquisitivo e só recuperavam em seu dissídio.

O Plano Real

Foi apenas a partir de 1994, com a criação do Plano Real, durante o governo de Itamar Franco, tendo como ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso, que o País deu os primeiros passos rumo à estabilidade econômica, através do equilíbrio das contas públicas, da desindexação das receitas federais e da criação da CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira e da criação de uma nova moeda, o Real . Era o fim da correção monetária, do congelamento de preços e da inflação anual de dois ou mais dígitos.

A reforma monetária que criou a nova moeda, o Real, passou por período de transição, onde havia uma unidade monetária chamada URV – Unidade Real de Valor, que usava ainda a antiga moeda, o cruzeiro real, mas os preços e salários eram valorados em URV. Esta reforma monetária criou duas âncoras, a monetária e a cambial.

A cambial visava o fortalecimento da nova moeda, fixando o valor cambial do Real igual ao do Dollar americano, o que facilitava a importação de produtos e conseqüentemente impedia a alta dos produtos nacionais. Isto também graças ao início da abertura do mercado ocorrida no governo Collor.

A âncora monetária visava a diminuição de moeda circulando no mercado através de uma maior atratividade dos investimentos bancários. Com uma maior taxa de juros os investimentos compensavam bastante e não compensavam os empréstimos. Dessa forma o capital era mais investido no mercado financeiro e menos no consumo.

Esta política monetária permaneceu até dezembro de 1998, quando então, iniciou-se uma nova política.

O Brasil conta com diferentes índices que medem a inflação. Os principais são o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial que abrange as famílias com rendimentos mensais entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC, que abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 6 salários mínimos). Ambos são medidos pelo IBGE.

Há ainda o Índice Geral de Preços (IGP) calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O Regime de Metas de Inflação

Em janeiro de 1999, o Brasil adota metas para a inflação. O Banco Central atua para que a inflação esteja dentro de uma banda (limite superior e inferior) pré-estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. E o instrumento mais importante para isso é a taxa básica de juros da economia, a Selic, definida pelo COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central. Essa banda possui uma margem de variação de 2% para cima ou 2% para baixo da meta fixada. As reuniões do COPOM ocorrem a cada 45 dias define de acordo com o mercado as novas taxas de juros, e a cada reunião são definidas tendências (viés) onde as taxas podem ser alteradas a qualquer momento sem a necessidade de esperar a próxima reunião em 45 dias.

Banco Central do Brasil

Histórico de Metas de Inflação no Brasil

Ano Norma Data Meta % Banda % Limites Superior e Inferior % Inflação Efetiva % a.a (IPCA)

1999

2000

2001 Resolução

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