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Por:   •  5/3/2014  •  7.290 Palavras (30 Páginas)  •  404 Visualizações

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DEFICIÊNCIA VISUAL

Segundo Campbell, (...) deficiência pode ser entendida como falta, insuficiência ou imperfeição em aspectos biológicos da pessoa, podendo ser física, mental ou sensorial. Algumas deficiências são congênitas, outras hereditárias e há ainda outras adquiridas por doenças, acidentes, ou em decorrência do processo de envelhecimento, como a perda progressiva de habilidades. (múltiplas faces da inclusão, p.111)

DEFICIÊNCIA VISUAL

É a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após correção ótica possível. Podem ser caracterizadas da seguinte maneira:

Cegueira Total: pressupõe completa perda da visão. São considerados também cegos, os indivíduos que só percebem vulto, e outros que tem percepção da luz, com distinção de claro ou escuro apenas.

Baixa Visão: é a condição intermediária entre a visão normal e a cegueira. Pessoas que possuem até 30% da visão, são consideradas com baixa visão.

Distinguem-se como cegos aqueles que necessitam do método braile para a comunicação em escrita e leitura. Trata-se da baixa visão, aqueles que lêem impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos, em alguns casos esses recursos são dispensados.

CAUSAS

A deficiência visual pode ser geneticamente determinada e muitas vezes os pais não sabem que são transmissores de algum tipo de anomalia. As causas mais frequentes são:

• O casamento entre consanguíneos;

• Rubéola ou contato com alguém contaminado durante a gestação;

• Toxoplasmose pode causa cegueira;

• Retinopatia, lesão na retina de origem não inflamatória;

• Traumas, tumores e infecções também podem ser causadores da perda ou redução da visão.

Os cegos historicamente, sempre encontraram todos os tipos de dificuldades para conviver em sociedade. A cegueira e a baixa visão não deveriam ser barreiras para uma participação maior na sociedade e na escola. Estas barreiras são na grande maioria construídas pela própria sociedade, sendo traduzidas na linguagem utilizada para descrevê-los pela cultura da normalidade. Na palestina há séculos atrás a medingancia era considerada uma profissão. Por não haver nenhum sistema de reabilitação, o cego tornava-se um pedinte e mendigo por se tratar do único meio de sustento. Somente a 200 (duzentos anos) é que a sociedade começou a perceber que as pessoas cegas e de baixa visão poderiam viver independentemente, prova disso é que algumas pessoas conseguiram tornarem-se celebridades e hoje são conhecidas e reconhecidas mundialmente por seu talento em diversas áreas. Segue alguns exemplos:

• Nicolas Sauderson, um dos mais renomados cientistas cego. Matemático e conhecido por fazer parte da Royal Society;

• JhonGough, biólogo inglês, especialista na classificação de animais e plantas;

• Leonardo Euler, matemático, duas vezes premiado pela academia de ciências de Paris;

• Homero, autor de Iliada sobre a guerra de Tróia e Odisseia, sobre as viagens de Ulisses;

• Ray Charles e Stevie Wonder, além de Andrea Bocelli um dos mais famosos cantores italianos.

FAMÍLIA E O DEFICIENTE VISUAL

A família que convive com deficientes visuais, necessitam intervir com alguns cuidados na vida da pessoa, para uma melhor adaptação do mesmo com seu espaço de convivência. É interessante que a criança cega, ”por exemplo,” utilize brinquedos apropriados, pois os mesmos são desenvolvidos com o objetivo de serem reconhecidos, e por isso são confeccionados com material diverso. Faz-se necessário também que ela brinque com outras crianças inclusive as videntes, mesmo que isso cause algum desconforto como tombos ou escoriações não podem isolá-lo por ser portador dessa deficiência.

Desenvolvendo a autonomia: Nesse sentido, a família poderá contribuir da seguinte maneira;

• Descrevendo detalhes das coisas (local das gavetas, cores das roupas, local dos sapatos etc.);

• Aprender a reconhecer os ambientes da casa, com especial atenção a cozinha por ser um local que oferece perigo ao deficiente (fogão, facas, objetos de vidro etc.);

• Criar hábito descritivo quanto a lugares, filmes, livros e eventos, sem expor sua opinião, isso o ajudará a exercitar a imaginação.

Família e escola: A família é a grande aliada da escola, pois isso garante o sucesso do ensino e aprendizagem da criança. Isso poderá ser feito da seguinte maneira.

• A escola deve informar os pais sobre as atividades desenvolvidas, pois eles poderão reforçá-las;

• Acompanhar o filho em suas tarefas diária da escola é muito importante, com isso os pais observarão o desempenho do filho diariamente;

• A escola poderá informá-los também quanto aos avanços e possibilidades, sem gerar falsas expectativas.

“Essencial no desenvolvimento das crianças, o brincar é utilizado na educação de crianças com deficiência para que elas aprendam a superar suas dificuldades. Para as crianças com deficiência visual, por exemplo, os brinquedos, além de entreter, são a maneira pela qual conhecem um mundo que não podem ver. Tateando os brinquedos, elas descobrem a forma de construções e objetos do dia-a-dia, como carros, casas, ferramentas, móveis e utensílios de cozinha. Assim, elas saem do isolamento e passam a achar o mundo mais interessante”.Tema: Brinquedos para crianças com deficiências.(Maria Siqueira Campos, pedagoga do Lamara Associação Brasileira de assistência ao deficiente visual).

Hoje, o mercado de inclusão oferece muitos recursos, inclusive os instrucionais, que são os grandes aliados da escola e da família, podemos citar alguns.

Recursos instrucionais:

• Livro didático adaptado (utilizado por deficientes com baixa visão). Este material oferece imagens com contraste de cores, letras bem ampliadas e número de exercícios reduzidos;

• Livro falado, a matéria ou história é gravada em CD e o aluno pode ouvir quando quiser;

• O ábaco ou soroban é um recurso muito utilizado na matemática,

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