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Acidente De Bhopal

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Por:   •  27/5/2014  •  2.174 Palavras (9 Páginas)  •  1.706 Visualizações

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Curso - Engenharia Elétrica.

1º Semestre de 2014.

Sistema De Gestão Ambiental

Profª. Claudinéia Castro

José Mauricio Pires de Jesus – RA: 8206982360

1ºC – Engenharia Elétrica

Taubaté

2014.

Acidente De Bhopal

Acidente de Bhopal – O pior desastre químico da história.

Na madrugada entre dois e três de dezembro de 1984, 40 toneladas de gases letais vazaram da fábrica de agrotóxicos da Union Carbide Corporation, em Bhopal, Índia. Foi o maior desastre químico da história. Mesmo hoje os sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não conseguiram obter da Union Carbide e de seu novo dono, a Dow Química, informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus efeitos na saúde. A Union Carbide, dona da fábrica de agrotóxicos na época do vazamento dos gases, abandonou a área, deixando para trás uma grande quantidade de venenos perigosos. A empresa tentou se livrar da responsabilidade pelas mortes provocadas pelo desastre, pagando ao governo da Índia uma indenização irrisória devido à gravidade da contaminação.

O desastre

A fábrica da Union Carbide em Bhopal produzia isocianato de metilo (MIC), uma combinação intermédia usada na produção do pesticida Sevin dessa empresa. O MIC é um das substâncias mais tóxicas e letais conhecidas da humanidade.

Logo após a meia-noite de 2 de Dezembro de 1984, “um grande volume de água foi aparentemente introduzido no tanque de MIC, causando uma reação química que forçou a válvula de escape químico a abrir, o que permitiu que o gás escapasse.” (Revista New Scientist, Dezembro de 2002).

Na noite do desastre, as seis medidas de segurança criadas para impedir vazamentos de gás fracassaram, seja por apresentarem falhas no funcionamento, por estarem desligadas ou por serem ineficientes. Os gases provocaram queimaduras nos tecidos dos olhos e dos pulmões, atravessaram as correntes sangüíneas e danificaram praticamente todos os sistemas do corpo. A maioria das vítimas eram pessoas pobres da aldeia que se tinham mudado para a cidade à procura de trabalho. “Muitos – particularmente as crianças e os velhos – morreram nas suas camas quando o gás entrou nas suas casas. Outros, incluindo mulheres que agarravam os seus bebês, fugiram apenas para caírem na rua. Muitos foram encontrados depois, amontoados, doentes e agonizantes nas entradas da cidade. Manadas de bois foram mortas e cadáveres de cabras cobriam as estradas onde antes vagueavam. As folhas das árvores ficaram amarelas e enrugadas – as colheitas ficaram queimadas nos campos e foram cobertas por uma fina camada branca”. (BBC, 28 de Agosto de 2002).

Mais de 3.000 pessoas morreram em poucas horas, mais de 8.000 morreram nas semanas seguintes e mais de 170.000 ficaram severamente afetadas com esse desastre que chocou o mundo.

Um acidente ou os lucros a mandar?

A Union Carbide sempre alegou que o escape fora o resultado de um ato deliberado de sabotagem, mas nunca foi encontrada nenhuma prova disso e as investigações sugerem o contrário.

É verdade que foram instalados mais de quatro sistemas de segurança diferentes para impedir a água de entrar no tanque de MIC da fábrica, mas a investigação da New Scientist argumenta que não foi contida porque Bhopal tinha um equipamento de emergência muito mais limitado que o da fábrica da Carbide nos EUA.

Ao contrário da fábrica dos EUA, Bhopal não tinha nenhum tanque crucial de “recolha” para onde poderia ter escoado a massa de substâncias químicas que ferveram para fora do tanque de MIC, que estava fechada para reparação na noite do acidente. A fábrica dos EUA tinha uma segunda, de reforço. Os responsáveis da fábrica tinham desligado os alarmes da fábrica para não causar pânico na cidade.

A causa principal do desastre não foi nenhuma negligência por parte dos trabalhadores da empresa ou dos responsáveis dos níveis inferiores, mas sim o projeto e os procedimentos de operação da própria fábrica, que pode ter seguido instruções da sede da Union Carbide nos EUA, e que de qualquer modo foram aprovados por eles, de acordo com um memorando de 1972 da empresa.

Depois de uma série de ações de ativistas e de uma subseqüente ordem do tribunal, em Novembro de 1999 a empresa divulgou alguns memorandos internos que revelam partes da história não contada. Teria reduzido o seu controle da empresa para 20,6 milhões de dólares’, sendo os cortes ‘principalmente no projeto do Sevin’. Porém, o sistema de produção do Sevin envolvido no acidente tinha tido ‘apenas um teste limitado’, dizia o memorando.

A razão básica não foi algo impossível de prever, mas todo o funcionamento demasiado previsível de um sistema movido pelo lucro, mesmo que à custa das vidas de dezenas de milhares de pessoas e da miséria de centenas de milhares. Para usar termos mais imediatos, a Union Carbide tinha estado a tentar atingir a rentabilidade à custa de medidas elementares de segurança e colocou toda a cidade em perigo desnecessário.

As vendas caíram, devido à concorrência, os lucros estavam cada vez menores, os camponeses indianos já não compravam mais o pesticida Sevin da empresa, houve diminuição do número de trabalhadores, as verificações de segurança passaram a ser feitas com menos freqüência. O número de supervisores foi reduzido pela metade.

Foram os responsáveis levados à justiça?

Usando o pretexto da sua alegação de “sabotagem”, a Union Carbide nunca assumiu a culpa do desastre. O responsável pela Union Carbide, Warren Anderson, foi preso pelo governo local e acusado de homicídio quando viajou até a Índia depois do desastre de 1984. Mas, devido à pressão do governo dos EUA, foi imediatamente libertado sob fiança. Isso teria levado o caso a mesma situação que o dos anteriores executivos indianos da Union Carbide que conseguiram reduzir as suas acusações à negligência.

Mas em Agosto de 2002 um juiz em Bhopal rejeitou o pedido do governo. As autoridades dos EUA sempre insistiram que não sabiam do paradeiro de Anderson. Não só esse desastre, mas décadas de atividade da Union Carbide contaminaram a sua terra e água, as ruínas da fábrica com enormes quantidades de materiais tóxicos continuam a contaminar a água e o ambiente à volta do local da fábrica e a envenenar os habitantes locais. A Dow Chemical, nova proprietária da empresa se recusa à responsabilidade de limpá-la. A Dow Chemical nega qualquer obrigação continuada pelo estado da fábrica de Bhopal ou para com a saúde das suas vítimas.

Conclusão

No meu ponto de vista o acidente poderia ter sido evitado com o maior cuidado na manutenção, pois o procedimento de segurança que isola uma seção para que a água não possa fluir para dentro dos compartimentos com as substâncias perigosas, não foi realizada, este deveria ser um procedimento de rotina e não aconteceu, a regulação dos medidores de pressão, muito importante para a fábrica estavam com defeito e o sistema de resfriamento estava desligado já há algum tempo, estes fatores contribuíram de forma direta para o acontecimento do acidente.

Referências Bibliográficas

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpageHYPERLINK "http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=GHO2Js6gubA"&HYPERLINK "http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=GHO2Js6gubA"v=GHO2Js6gubA

Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Union_Carbide_India_Limited

Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Bhopal

Disponível em: http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2010setembro-bhopal.pdf

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