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Acometimento da Síndrome do Túnel do Carpo (STC) em profissionais das técnicas radiológicas na área de mamografia no município de Foz do Iguaçu- PR.

Por:   •  11/5/2016  •  Artigo  •  4.048 Palavras (17 Páginas)  •  403 Visualizações

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Acometimento da Síndrome do Túnel do Carpo (STC) em profissionais das técnicas radiológicas na área de mamografia no município de Foz do Iguaçu- PR.

Andréa Cordeiro dos Santos1

 Janaina Pereira Marcon1

Juliana Locks Gregorio1

Vanessa Moreira Sardinha2

Andrei Valério Paiva3

Priscilla Higashi4

RESUMO

A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é uma lesão causada pela compressão do nervo mediado, devido ao excesso de movimentos repetitivos; sendo eles a flexão e extensão de punho os mais importantes. Onde o profissional acometido geralmente sente dormência, formigamento noturno, perda de força: sintomas mais frequentes. Após o diagnóstico a STC é tratada com fisioterapia e medicamentos, não obtendo êxito o médico opta pelo tratamento cirúrgico. Uma das formas de prevenção é a ginástica laboral, que em muitos lugares; se não em todos não observou o uso.  Tentaremos correlacionar o exame de mamografia, com o acometimento de alguns profissionais da área de tecnologia em mamografia, pois é um exame que exige os mesmos movimentos sempre, além de ser um exame que exige um cuidado especial do profissional. Ao utilizarmos a metodologia, através de um questionário direcionado e aplicado aos técnicos não conseguimos estabelecer relação entre o exame e o acometimento dos profissionais, podemos então assimilar o acometimento com os fatores de risco.

Palavras-chave: Síndrome do Túnel do Carpo, Nervo mediano, Ginástica Laboral, Mamografia.

INTRODUÇÃO

A mais frequente síndrome compressiva de nervos periféricos e a Síndrome do Túnel do carpo (STC), e uma condição clinica, resultante da compressão do nervo mediano. Este túnel é um espaço inelástico e resistente (TURRINI et al. 2005, p.81).

“O túnel do carpo encontra-se estreito, e dificulta o livre trânsito dos músculos flexores dos dedos, e como consequência, ira aumentar os atritos entre os tendões e ligamentos, desenvolvendo tenossinovite e tendinite” (OLIVA, 2007, p.26).

Para Araújo & De Paula (2003 apud Santana et al, 1998; Rio, 2000; Santos Filho & Barreto, 2000), a STC se tornou um problema de saúde pública, devido ao aumento significativo do número de casos. Esta patologia pode levar o profissional à incapacitação temporária ou até mesmo permanente.

No Brasil, as Lesões por esforço repetitivas (LER) relacionadas ao trabalho alcançaram proporções epidêmicas a partir de 1987, quando passou a ser considerada uma doença ocupacional (SANTOS et al. 2008, apud SANTOS, 2004, p.103).

Os dados registrados são do mercado formal, que representam menos de 50% da população ativa. Mas apesar disso, observa-se uma alta incidência de LER/ DORT (distúrbios osteomuscular relacionado ao trabalho), tornando-se assim de caráter epidêmico (NEGRI et al. 2014, p.557).

A STC é uma das patologias mais frequentes entre outras existentes, que são consideradas como LER/DORT, segundo Medeiros & Segatto (2012, p.51).

Pode dizer que as doenças ergonômicas, são o mal do século. O estudo busca identificar profissionais das técnicas radiológicas, que trabalham diretamente com mamografia e também apontar se há incidência em outros profissionais da área que trabalham com outras modalidades de exames como Radiologia convencional. De esta maneira encontrar uma forma de harmonizar o trabalho diário, para que futuramente esses profissionais não sofram com este “mal”, Através da ginástica laboral.

A Síndrome do Túnel do Carpo, etiologia e diagnóstico.

 O túnel do carpo é uma estrutura anatômica localizada na parte proximal da mão e distal do antebraço; definido pelos ossos do carpo no lado radial e no lado ulnar e dorsal pelo ligamento transverso do carpo (IMBODEM et al. 2012, p.45).

A STC é a neuropatia compressiva mais comum na extremidade superior, resultante da compressão do nervo mediano (IANNOTTI, 2014, p.126).

O nervo mediano fica comprimido abaixo do ligamento carpal transverso, onde se localiza o teto do túnel do carpo, neste túnel passa os nove tendões flexores, a sinovial associada ao nervo mediano. A STC pode ter associação com a gestação, inflamações agudas ou crônicas, traumas, distúrbio endócrinos, tumores (IMBODEM et al. 2012, p.45).

A STC é mais comum no sexo feminino com a idade entre 45 e 54 anos e pode estar relacionada às atividades ocupacionais repetitivas segundo Oliveira (2000, p.1142). Mas para Nonno; Oliveira; Udelsmann (2013, p.45) ao analisar, notou que a faixa etária inicial dos indivíduos acometidos reduziu de 40 anos, para 30 anos.

“As atividades de maior risco incluem a flexão e extensão repetidas do punho associadas a forças de compressão e vibração” (SILVA; OLIVEIRA; JÚNIOR, 2014, p.3).

A STC segundo Jones et al. (2013, p.126), causa importante incapacidade para muitos e variados tipos de trabalho. Seus sinais e sintomas geralmente são dor, dormência e formigamento no membro afetado com a piora noturna dos sintomas, sendo preciso o uso de tala de imobilização do punho. A dor pode ter irradiação para o braço proximal e o ombro diminuindo a força de pressão e, em estágios mais avançados hipertrofia da musculatura tenar.

De acordo com International Association for the Study of Pain. A Dor neuropática é uma dor provocada por uma lesão ou uma doença no sistema nervoso. Normalmente são descritas como sensações agudas, de queimadura ou de choque eléctrico, ou ainda como sensações de formigamento. É de difícil tratamento e habitualmente torna-se crônica. É muitas vezes incapacitante.

A Dor crônica é um a doença que persevera e não desaparece após a cura da lesão estando associado a processos patológicos crônicos. “A literatura indica um tempo igual ou superior a três meses da constância da dor” (SALLUM; GARCIA; SANCHES, 2012 apud OLIVE, 2000, p. 153).

A dificuldade no diagnóstico é o fato de ser uma doença relacionada com a organização do trabalho, tem gerado uma série de mal entendidos e preconceitos em relação aos lesionados. Alguns acham que é fantasia de trabalhador preguiçoso, problema de pouca autoconfiança, medo, frustração; outros chamam pejorativamente de doença de mulher, tratam como um problema emocional ou sintoma histérico. Ou seja, trata-se descaracterizar a LER como doença do trabalho. Pois, se for comprovada a relação organização do trabalho/LER, certamente provocará um questionamento sobre toda a estrutura social (ORSO, 2001 p.53).

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