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Análise Crítica Do Filme O Substituto

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Por:   •  26/12/2014  •  506 Palavras (3 Páginas)  •  16.575 Visualizações

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Análise Crítica do filme: O substituto

O título do filme em inglês “Detachment” que pode ser traduzida como “indiferença” reflete bem a história apresentada no vídeo que debate as problemáticas enfrentadas pelos educadores e a decadência de uma instituição escolar causada por diversos fatores como a perda da identidade da escola, o afastamento da participação dos pais e da comunidade com o desenvolvimento dos estudantes e o predomínio da indisciplina e da violência por parte dos estudantes. O protagonista é um professor substituto cheio de questões familiares não resolvidas como a morte da mãe que aparentemente se suicidou quando ele ainda era jovem e a responsabilidade de cuidar do avô que sofre de Alzheimer.

O educador foi chamado para realizar uma substituição em uma escola caótica, lá ele encontra professores descontentes e desmotivados pela profissão, lida com estudantes indisciplinados e sem perspectiva de futuro, pais negligentes ou ausentes. Paralelamente aos desafios enfrentados pelo educador na escola em busca de desenvolver nos educandos respeito principalmente entre os pares, o professor conhece uma adolescente que se prostitui e na maioria das vezes sofre graves violências (socos e estupro), sem pedir nada em troca a auxilia. Hospeda esta jovem em sua casa e através do diálogo consegue fazer com que ela mude de atitude e passe a ter mais respeito por si mesmo e para com ele. Na escola, conhece uma estudante talentosa e criativa que através de fotos retratava a realidade vivenciada por ela, porém a mesma sofre bullying e é constantemente desprezada e ofendida pelo próprio pai, o educador apesar de tentar “ajudar” esta jovem não consegue, num momento em que vai demonstrar seu carinho abraçando a jovem, seu comportamento é confundido com assédio por outra educadora.

Este filme se torna extremamente interessante por demonstrar as fraquezas, desrespeitos, manipulações e opressões sofridas por todos os componentes de uma instituição escolar (estudantes, professores e gestores), permite ao telespectador questionar a forma como foi moldado o sistema educacional vigente. E o mais importante, apesar da dura realidade e de todos os seus dramas o substituto não desiste de educar, a palavra grifada vai além de transmitir conhecimentos, é acreditar que nossos jovens apesar de aparências são capazes, o educador tenta valorizar os jovens pelas coisas boas que realizam pelo talento existente e isto os estimulavam a se superarem.

É importante citar que o filme também trata do descaso com o trabalho docente, os discentes se transformaram em objeto de chacota e de humilhação por diretores, comunidade escolar, pais e aluno. Mesmo os educadores mais empenhados demonstram sua angustia e frustração ao se verem atados e incapazes de agirem contra a realidade que lhes é imposta.

Este filme provocativo e impactante, nos leva a vários questionamentos, entre estes: a respeito do que estamos fazendo com nossas vidas; até que ponto vivemos apegados em nossos dramas; até onde somos indiferentes a dor de outros; que tipo de educadores somos; qual é nossa missão. Enfim, desestabiliza o que geralmente se compreende como um ambiente escolar, para que nós possamos reconstruí-lo mentalmente de forma mais significativa.

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