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Análise De Ivestimentos

Trabalho Universitário: Análise De Ivestimentos. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/6/2013  •  7.847 Palavras (32 Páginas)  •  519 Visualizações

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CONCEITO DE INVESTIMENTO

O Termo investimento é muito utilizado no cotidiano das sociedades modernas, assim, podem-se encontrar facilmente manchetes de jornais, sites na internet, declarações de políticos e autoridades sobre o assunto, o que pode ser algo bastante confuso para quem se baseia apenas no que lê em jornais ou no que é divulgado pela mídia, já que muitas coisas aparentemente diversas são tratadas como investimento. A seguir, são apresentadas diversas situações que são igualmente tratadas, de forma genética, como investimento:

• Comprar uma casa;

• Comprar um carro;

• Fazer uma aplicação financeira;

• Guardar dinheiro na caderneta de poupança;

• Comprar dólares e guardar em casa;

• Abrir uma empresa;

• Construir uma fábrica;

• Cursar uma faculdade;

• Estudar inglês.

Existem muitos outros exemplos que poderiam ser citados, o que só aumenta a confusão geral em relação ao que é investir. Afinal, o que todos estes exemplos tão diferentes citados acima têm em comum? O que é um investimento?

Investimento é um conceito originário do campo da Economia e que tem uma grande importância para as organizações. O investimento, em seu sentido econômico, significa utilizar recursos disponíveis, no tempo presente, para criar mais recursos no futuro.

Essa é a característica comum a todos os exemplos citados.

Dessa forma, abrir uma empresa e cursar uma faculdade, atos aparentemente sem relação nenhuma, podem ser entendidos como investimentos, uma vez que, neles, renuncia-se a recursos no presente em prol de mais recursos no futuro. O proprietário de uma empresa, ao constituí-la, teria outras opções para utilizar os recursos gastos na compra de equipamentos, instalações, como treinamento, ou seja, desembolsos no presente; contudo, esse proprietário investe, renuncia por certo tempo ao uso desses recursos, na expectativa de obter mais recursos no futuro com o lucro da empresa, multiplicando o valor que foi gasto no presente. O mesmo raciocínio é válido para cursar uma faculdade. O aluno, ao longo de quatro ou cinco anos, gasta recursos no presente, monetários, de tempo e dedicação, com a expectativa de que esse investimento trará maior nível salarial e melhores oportunidades de carreira no futuro, ou seja, a renúncia a recursos no presente em prol de mais recursos no futuro.

OS TIPOS DE INVESTIMENTOS

Os investimentos podem ser de diversos tipos, mas, basicamente, dividem-se em três grandes categorias, quando definidos em relação a sua origem. Dessa forma, temos os seguintes tipos básicos de investimento:

a) Investimentos públicos: São Recursos disponibilizados pelos governos ou entidades públicas a fim de gerar bem-estar social. Os investimentos públicos em geral não têm por objetivo gerar retornos monetários, mas sim retornos sociais. Alguns exemplos de investimentos públicos são hospitais, escolas, rede de saneamento básico, pavimentação de ruas, dentro outros.

b) Investimentos privados: São recursos disponibilizados por pessoas jurídicas ou físicas de direito privado, a fim de gerar retorno monetário aos investidores. Esses investimentos são os maiores geradores de emprego e tributos de qualquer país capitalista. Alguns exemplos de investimento privado são fábricas particulares, empresas de prestação de serviço particulares, lojas de varejo, shopping centers, dentro outros.

c) Investimentos mistos: são recursos disponibilizados em parte pelos governos ou entidades públicas e em parte por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. Esse tipo de investimento normalmente estrutura-se na forma de uma empresa de capital misto e tem o objetivo de gerar tanto bem-estar para a sociedade quanto retorno monetário. Alguns exemplos de investimento misto são a Petrobrás e o Banco do Brasil.

A IMPORTÂNCIA DOS INVESTIMENTOS:

Os investimentos têm uma importância fundamental tanto para a economia, quanto para as organizações.

A economia de qualquer país só pode crescer com um fluxo contínuo de investimentos. A lógica dessa afirmação é que, para a economia crescer, faz-se necessário aumentar a produção das fábricas, empresas, fazendas, das unidades produtivas, o que se mede mais tradicionalmente pelo Produto Internacional Bruto (PIB). Uma vez que as unidades produtivas têm capacidade de produção limitada, ou seja, não podem produzir mais do que a capacidade de suas máquinas e instalações, para aumentar o PIB a longo prazo, é fundamental criar novas unidades produtivas e aumentar a capacidade das já existentes, o que só é possível por vida de investimentos.

Os investimentos também são fundamentais para as organizações. Na verdade, a própria sobrevivência das organizações a longo prazo está condicionada ao volume de investimentos realizado por elas. O investimento influencia a sobrevivência das organizações em pelo menos dois aspectos:

a) Expansão das organizações: as organizações, em especial as privadas, têm por objetivo crescer, expandir seu mercado consumidor, de forma a poder gerar mais retorno para o investidor. A única forma de viabilizar esse crescimento é realizando investimentos.

b) Reposição do capital: as organizações, mesmo que não estejam em expansão, necessitam de um fluxo de investimento, no mínimo, suficiente para repor o desgaste e a obsolescência das suas máquinas e equipamentos. Se essa reposição não for realizada, a organização acabará utilizando-se de máquinas e equipamentos desgastados e ultrapassados, o que acarretará produtos e serviços mais caros e de menor qualidade que os de seus concorrentes, comprometendo, assim, a sua sobrevivência.

Dessa forma, as organizações, pelo menos as com saúde financeira, mantêm um fluxo de investimento a fim de garantir a reposição do seu capital e seus planos de expansão. Esse processo de investimento nas organizações é representado na figura a seguir.

Investimento ORGANIZAÇÃO Retorno / Resultados

PRINCIPAIS APLICAÇÕES FINANCEIRAS NO BRASIL:

Quando uma empresa, ou mesmo uma pessoa física, tem caixa (Dinheiro) sobrando, podem-se aplicar estes recursos no mercado financeiro, e, assim, receber juros pela aplicação.

As empresas geram muito caixa têm uma grande preocupação com essas aplicações, uma vez que, dadas as altas taxas de juros no Brasil, podem significar uma considerável fonte de receita para a empresa.

As principais opções de aplicações financeiras disponíveis no Brasil são:

• CDB;

• Caderneta de poupança;

• Debêntures;

• Ações de empresas;

• Fundos de investimentos;

• Títulos públicos.

Esses investimentos poder ser classificados como de renda fixa ou de renda variável, ou mesmo mistos de renda fixa e variável.

Renda Fixa

A renda fixa são investimentos nos quais não há perda do montante investido inicialmente. Ao contrário do que se pensa, os juros nem sempre são fixos, podendo ser pré ou pós-fixados:

• Aplicações pré-fixada: a taxa de juros é apurada após determinado período e é vinculada a algum indicar, como a taxa Selic, CDI, dentre outros.

• Taxa Selic: taxa básica de juros da economia, determinada pelo Banco Central periodicamente nas chamadas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária);

• CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro: Taxa com valor próximo ao da Selic, é utilizada para empréstimos entre instituições financeiras a curto prazo.

Dentro da Renda Fixa entra o CDB (Certificado de Depósito Bancário), emitido por uma instituição financeira, normalmente um banco privado ou público, em troca de um depósito a prazo, ou seja, um depósito que só pode ser resgatado após determinado período. O CDB é um instrumento bastante flexível de renda fixa e pode ser emitido tanto com taxa pré-fixada quanto com taxa pós fixada.

Os CDBs com taxas pré fixadas são normalmente de vencimentos curtos, ou seja, o prazo de vencimento não ultrapassa dois ou três meses. Os CDBs com taxas pós-fixadas (normalmente referenciadas na Taxa Selic ou no CDI) podem ser de períodos mais longos, chegando até a dois anos, com o compromisso por parte do banco de recompra no período.

Exemplo:

Ewander trabalha no Banco Bradesco, onde ele ofereceu a Érika um plano de CDB que seria pago uma taxa de 13,5% a.a, com um prazo de Vencimento em 800 Dias, qual seria o valor se a Érika efetuasse um resgate em 180 dias, para uma aplicação de R$ 320.000,00, definindo o Resgate Bruto, Resgate Líquido e IR.

Valor presente = 320.000,00

Taxa de juros = 13,5 a.a

Período Total = 800 dias

Periodo de resgate= 180 dias

Valor futuro = ?

320 CHS PV

13,5 i

180 enter

360 /

FV 340,916,41

RESGATE BRUTO: 340,916,41

JUROS = 340-916,41 – 320.000,00 = 20.916,41

IR = 20.916,41 * 22,5% = 4.706,62

RESGATE LIQUIDO = 340.916,41 – 4. 706,62 = 336.209,79

Renda Variável

Como o próprio nome sugere, renda variável é toda a aplicação que não se pode estabelecer um percentual fixo de ganhos. Como o mercado de ações é dinâmico, milhares de compras e vendas, o mercado é muito volátil, se alternando segundo a segundo. São milhões de ordens de compra e venda ao mesmo tempo e a lei da oferta e da procura fazem as ações subirem ou caírem.

Dentro da Renda variável podemos apresentar as Ações que seriam:

Pequenas partes de uma empresa, representada por títulos. Com uma ou mais ações você se torna sócio de uma empresa, onde podemos definir ações como títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, uma fração do capital social de uma empresa. Tendo ações você se torna sócio de uma empresa e têm direitos assegurados em Lei em decorrência disso, inclusive direito a receber dividendos e bonificações se a empresa der lucro. Você pode comprar e vender quando bem desejar utilizando um intermediário, que pode ser uma corretora de valores ou um banco, ou mesmo através de um clube de investimentos.

Não existe um valor mínimo exigido para investir na Bolsa. Isso varia em função do preço das ações que se deseja comprar e até mesmo da corretora que você escolher.

A Bolsa de valores de são Paulo tem por objetivo facilitar a transação de ações entre as corretoras e negocia centenas de ações diariamente. Para comprar ações, é necessário contratar uma corretora de ações que opere na Bovespa e solicitar a compra. A ação ficará sob custódia da corretora.

Exemplo:

A Aluna Ana Carolina investiu em ações de uma S.A e estimou em 0,60 e 1,00 os dividendos a serem distribuídos no final dos próximos 2 anos. Se o valor da venda no final do 2 º ano for R$ 4,60/ação e a rentabilidade mínima desejada é 22% a.a., qual o valor dessa ação hoje?

Po= ∑n Dt + Pn

T= 1 (1 +k)t (1 +k)n

Po = ? (valor da ação inicial)

DT= Dividendos distribuídos R$0,60/ R$1,00

K= Rentabilidade esperada 22% a.a.

Pn= Valor Final da ação R$4,60.

Po= 0,60 + 1,00 + 4,60

(1 + 0,22)1 (1+ 0,22)2 (1+0,22)2

Po= 0,49 + 0,67 + 3,09

Po= R$ 4,25, valor inicial da ação.

EMPRESAS QUE ATRAVÉS DE INVESTIMENTOS SE TORNARAM SUCESSO NO BRASIL

NATURA S.A.

Ano marcado pela recuperação da produtividade das consultoras no Brasil, melhor nível de serviços dos últimos anos e América Latina como plataforma de negócios relevantes.

Retomamos o crescimento das vendas no Brasil com um melhor equilíbrio entre a expansão do número de consultoras e da produtividade1, resultado da execução de nossa estratégia de ampliar a frequência de compra dos nossos clientes.

Nosso nível de serviços alcançou o melhor patamar dos últimos dez anos, evidenciado pelo menor índice de indisponibilidade de produtos e aumento significativo do número de pedidos entregues em 48 horas. Além disso, outras iniciativas como o Mais Natura, ajustes nos incentivos da força de vendas dando mais importância à produtividade e o lançamento de produtos em faixas de preço que ainda não estávamos presentes contribuíram para o crescimento de 2,9% da produtividade no 4T12 frente ao mesmo período do ano anterior.

No Brasil nosso mercado alvo de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos apresentou um crescimento vigoroso de 17,9% no acumulado dos primeiros dez meses de 2012, segundo dados da SIPATESP/ABHIPEC2. As categorias de higiene pessoal apresentaram um crescimento mais acentuado, principalmente por lançamentos de produtos nas categorias de cabelos e desodorantes. Nesse período, apresentamos uma retração de 0,9pp em nossa participação de mercado, concentrada nas categorias de higiene pessoal, enquanto nas categorias de cosméticos e fragrâncias ampliamos nossa participação de mercado. Em 2013, o nosso plano de inovação nos permitirá aumentar nossa competitividade nas categorias de higiene pessoal.

Encerramos o ano com 302 mil consultoras na América Latina, reafirmando a posição desta região como uma plataforma de negócios relevantes. A lucratividade das Operações em Consolidação totalizou R$ 78,4 milhões com margem Ebitda de 16,1% e nas operações em implantação nos aproximamos do ponto de equilíbrio. Isto reflete os importantes avanços que tivemos na região como o contínuo aumento do volume de produção local para cerca de 10% da necessidade de dezembro de 2012 e a estabilização do modelo CNO na Colômbia, Chile e Peru, além de ajustes na Rede de Relações Sustentáveis no México. Seguimos especialmente confiantes e entusiasmados com nossos negócios nas Operações Internacionais, focados no objetivo de estarmos entre os players mais relevantes nos países em que atuamos.

No ano de 2012 o EBITDA Consolidado apresentou um crescimento de 6% versus 2011. Ao desconsiderarmos os efeitos não-recorrentes e a reversão da PLR que favoreceram de forma significativa o resultado de 2011, a evolução dos fundamentos do nosso negócio permitiu um crescimento de 17% do EBITDA.

Seguimos realizando investimentos relevantes que também serão importantes para a nossa diferenciação, nos habilitando para o crescimento do negócio e para um novo patamar de serviços e atendimento. Neste ano, nosso CAPEX totalizou R$ 437,4 milhões distribuídos em expansão fabril, tecnologia da informação e logística. Entramos agora num ciclo de investimentos em que a tecnologia da informação será cada vez mais um diferencial competitivo. Também demos os primeiros passos para promover uma significativa evolução na experiência de compra por meio da integração da tecnologia a serviço da relação entre consultoras e consumidores. Nesse cenário, vislumbramos a oportunidade de estarmos cada vez mais conectados às e necessidades das pessoas, permitindo a expansão da rede de relações da Natura por meio da oferta de novas marcas, produtos, serviços e negócios.

Em dezembro, a aquisição da marca Australiana AESOP, presente em 11 países, simbolizou mais um investimento consistente em nossa estratégia de longo prazo, possibilitando o acesso a uma marca expressiva e global com excelentes produtos oferecidos por meio de uma experiência única de compra em lojas conceito. Esse movimento dará uma maior exposição em mercados além da América Latina, permitindo ainda o compartilhamento de competências relevantes entre ambas as empresas.

KLABIN S.A. E CONTROLADAS

Considerações iniciais

O ano de 2011 foi marcado pela incerteza na economia mundial, crise européia e redução da taxa de crescimento dos países emergentes. No Brasil, o cenário econômico também repercutiu as instabilidades do mercado global e a demanda por papéis para embalagens não apresentou o crescimento que se esperava ao final de 2010. Neste contexto, a Klabin concentrou esforços na performance operacional e financeira posicionando estrategicamente seus produtos de forma a atingir um crescimento nas receitas de vendas nos mercados em que atua. Dessa forma, o volume vendido (excluindo madeira) apresentou crescimento de 1% durante o ano, enquanto a evolução da receita líquida total foi de 6%, mesmo em um cenário de queda nos preços internacionais e taxa de câmbio média 5% inferior a 2010.

As vendas de kraftliner da Klabin no mercado interno permaneceram estáveis, refletindo o modesto crescimento do mercado brasileiro de papelão ondulado, principal consumidor do produto. Nas exportações, houve crescimento de 22%, devido à melhoria da produtividade das máquinas de papel, resultado da maior estabilidade operacional da unidade de Monte Alegre. O mercado de cartões revestidos também foi afetado pela desaceleração da economia brasileira de 2011. A demanda no mercado interno foi influenciada negativamente pela menor taxa de câmbio média, que favoreceu a entrada de produtos importados embalados no país, e pelo alto nível de estoques ao final de 2010. Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), as vendas domésticas de cartões (excluindo cartões para líquidos) em 2011 decresceram 10% em relação a 2010. Todavia, a diversificação da linha de cartões da Klabin compensou a demanda mais fraca e o volume de vendas de cartões no mercado interno cresceu 2% em relação ao ano anterior. As exportações de cartões caíram 4%. O foco no aumento das margens também resultou em crescimento de receita nas Unidades de Negócio de Conversão. No mercado de papelão ondulado, o crescimento econômico mais brando também foi refletido nos resultados de 2011. A expedição brasileira de papelão ondulado segundo a Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO) apresentou crescimento de 2% em 2011. O volume de vendas da Klabin no mesmo período decresceu 2%. Todavia, seguindo a estratégia de priorizar margens, a receita líquida cresceu 6%. O mercado de construção civil impulsionou as vendas de cimento no mercado interno durante o ano. Segundo dados preliminares do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), o consumo de cimento cresceu 7% sobre o ano anterior. A Companhia renegociou contratos com clientes e, como resultado, o volume vendido foi afetado no segundo e terceiro trimestres. Já no quarto trimestre de 2011, as vendas voltaram a atingir a capacidade instalada da Unidade com ganhos de margens.

As ações desenvolvidas para a busca da melhor performance também envolveram a criação de novas diretorias (Supply Chain e Planejamento e Projeto Celulose) e implementação de uma nova metodologia de remuneração variável mais alinhada às melhores práticas de mercado. O novo sistema, que contempla metas individuais mais agressivas e incentivos de longo-prazo por meio de participação em ações, viabilizou ganhos por meio de mudanças no comportamento estratégico da Companhia. Durante 2011, o volume de vendas da Klabin, excluindo madeira, foi de 1.739 mil toneladas, totalizando R$3.889 milhões de reais de receita líquida, incluindo madeira. A geração de caixa (EBITDA) foi R$ 1.077 milhões, o melhor resultado anual da história.

Relatório da Administração

Reduções de custos

O melhor desempenho obtido pela Klabin em 2011 também foi resultado das importantes iniciativas para reduzir os custos em suas unidades. Os trabalhos foram realizados em diversas frentes e abrangeram custos fixos e variáveis.

Os investimentos de alto retorno, iniciados no período pós-crise de 2008, que tinham como objetivo preparar a Klabin para enfrentar um cenário econômico menos favorável nos diversos mercados em que atua, foi fator preponderante nos resultados de 2011. A nova caldeira de biomassa entrou em operação em Otacílio Costa (SC) em março de 2011, gerando economias no consumo de óleo combustível. Em outubro, entrou em operação a planta de evaporação em Otacílio Costa para aumentar a capacidade de geração de vapor. Na fábrica de Monte Alegre (PR) foi instalada a nova linha de transmissão de alta-tensão, que proporciona ganhos no custo de aquisição de energia elétrica. Para o ano de 2012 estão ainda previstos o início da nova caldeira de biomassa na fábrica de Correa Pinto (SC) e o desgargalamento da linha de branqueamento na fábrica de Monte Alegre. A Klabin trabalhou em outras iniciativas que trouxeram resultados importantes. A unidade de Monte Alegre, cuja capacidade anual é de 1,1 milhão de toneladas de papéis para embalagens, foi a primeira a receber a consultoria INDG no mês de março, para a elaboração e disseminação do modelo de gerenciamento matricial de despesas. As ações dessa iniciativa começaram a gerar resultados consistentes a partir do mês de setembro. Em junho, também em Monte Alegre, ocorreu a parada anual de manutenção da unidade, que foi maior que nos anos anteriores e teve como principal objetivo melhorar a continuidade operacional de toda a fábrica.

Após a parada, a unidade bateu recordes mensais de produtividade, apresentando maior redução de custos fixos e variáveis. Na área florestal, os trabalhos de redução de custo foram baseados em esforços internos, reestruturação das equipes e benchmark de processos. O estudo levantou as melhores práticas de gerenciamento florestal e identificou oportunidades nos processos operacionais de colheita de madeira, silvicultura, transporte de toras e manejo de florestas. As primarizações também foram importantes para melhoria em custos com foco nas áreas industrial e florestal. Esse processo gerou aumento de eficiência e produtividade das equipes internas, com equipamentos adequados às particularidades dos insumos e processos da Klabin, e conseqüentemente, resultados superiores aos dos terceiros contratados. As iniciativas de redução de custo, em todas as frentes, impactaram positivamente o resultado da Companhia ao longo do ano e, com a maior estabilidade operacional da fábrica de Monte Alegre, foi observada diminuição significativa e sustentável do custo caixa unitário da Companhia. A continuidade do resultado das ações será perseguida durante o ano de 2012, colocando a Klabin em um novo patamar de resultados.

Desempenho dos negócios Unidade de negócio Florestal

Em 2011, o mercado brasileiro de madeira sofreu retração devido ao cenário econômico mundial. A colheita da Klabin em Santa Catarina também foi afetada por aspectos climáticos. Com foco na redução de custos, a Companhia direcionou seus investimentos para a otimização de seus processos e aumento de eficiência e produtividade. Entre os projetos aprovados destacam-se a primarização da colheita de São Paulo e Santa Catarina e a mecanização e primarização do preparo do solo no Paraná.

A Klabin movimentou aproximadamente 10 milhões de toneladas de toras e cavacos de pinus e eucalipto e resíduos para energia em 2011, volume estável em relação a 2010. Desse total, cerca de 70% foram transferidos para as fábricas do Paraná, Santa Catarina e São Paulo e o restante foi vendido para serrarias e laminadoras.

Relatório da Administração

Em dezembro de 2011, a Companhia possuía 506 mil hectares de terras, sendo 243 mil hectares de florestas plantadas (31 mil hectares acima de 2010 devido à compra da Vale do Corisco) e 212 mil hectares de florestas nativas preservadas. Em 2011 foram plantados 24 mil hectares, sendo 15 mil hectares em terras próprias e 9 mil hectares em terras de terceiros (programa de fomento). O Programa de Fomento Florestal possui 60 mil hectares nas regiões próximas às unidades florestais do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Estão sendo beneficiados 5 mil produtores fomentados nesses estados brasileiros. O rendimento das florestas de eucalipto, medido em toneladas de celulose produzida por hectare de floresta plantada, vem crescendo ano a ano em decorrência de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A produtividade estimada das áreas plantadas em 2011 foi 36% maior do que dos plantios de cinco anos antes.

Unidade de negócio Papéis

Apesar do cenário menos favorável, a Klabin apresentou um bom desempenho em 2011, encerrando o período com volume de vendas de kraftliner e cartões revestidos de 1.068 mil toneladas, representando aumento de 4% em relação a 2010 e receita líquida de R$ 1.851 milhões, 8% maior do que no ano anterior. O mercado internacional de kraftliner apresentou altos níveis de estoques da parte de consumidores no início do ano, porém o cenário foi normalizado ao longo do primeiro trimestre. Além disso, a demanda foi afetada pela crise européia e os preços internacionais registraram queda contínua em relação a dezembro de 2010. Contudo, o preço médio em euros em 2011 ainda foi 14% superior ao do ano passado. Na Europa, segundo dados publicados pela FOEX, o preço de lista médio do kraftliner foi de € 580/t em 2011 comparado a € 509/t em 2010. No Brasil, o preço das aparas reduziu-se em 24%. As vendas de kraftliner em 2011 atingiram 415 mil toneladas, 13% superior a 2010, sendo 65% voltadas ao mercado externo. O aumento do volume vendido está relacionado à maior produção na fábrica de Monte Alegre devido à sua estabilidade operacional. A receita líquida das vendas de kraftliner teve aumento de 15% no período. Para a Klabin, o ano de 2011 apresentou melhor mix de vendas no mercado externo, com maior concentração de produtos na América Latina.

Conforme informações divulgadas pela Bracelpa, a expedição brasileira de papelcartão em 2011, excluindo cartões para líquidos, atingiu 519 mil toneladas, 10% abaixo de 2010. O market share de cartões da Klabin no mercado interno atingiu 29%. O aumento da exigência do selo FSC em toda a cadeia produtiva tem influenciado cada vez mais o mercado de papelcartão, tanto no Brasil como no mercado externo. Os cartões da Klabin, que são 100% certificados, apresentam maior diferencial competitivo e são menos impactados em um ambiente desfavorável. No mercado interno, o segmento sofreu dois grandes impactos: altos níveis de estoque de clientes receosos com a possível falta de oferta na cadeia produtiva no final de 2010 e a maior importação de produtos embalados favorecida pelo real apreciado na maior parte do ano.

O volume de vendas de cartões revestidos em 2011 totalizou 653 mil toneladas. Em relação a 2010, o volume teve queda de 1%, com aumento em 2% no mercado interno, porém com exportações 4% menores. A diversificação da linha de cartões revestidos da Klabin e o ganho de market share compensaram a queda da demanda por cartões folding box board (FBB) no mercado interno. A receita líquida totalizou R$ 1.317 milhões, 6% acima de 2010.

Unidade de negócio Conversão

O volume de vendas de produtos convertidos (papelão ondulado e sacos industriais) em 2011 na Klabin foi de 638 mil toneladas, 2% inferior à de 2010. A receita líquida, comparada ao mesmo período, totalizou R$ 1.712 milhões, 5% superior.

A demanda nacional de papelão ondulado, medida pela expedição de caixas e chapas, apresentou crescimento abaixo do esperado para 2011. Apesar disso, segundo dados prévios divulgados pela ABPO, a expedição brasileira acumulou aproximadamente 3,2 milhões de toneladas de janeiro a dezembro, cerca de 2% acima do ano anterior.

A Klabin, além de realizar novos investimentos para aumento de sua capacidade produtiva e modernização de equipamentos, com foco em suas onduladeiras, assumiu uma política de manutenção de suas margens em 2011. Seguindo essa estratégia, decidiu pelo fechamento das operações em Del Castilho que terá seu volume mais do que compensado pela ampliação da fábrica de Jundiaí-DI. Com essa nova capacidade, a Companhia reduzirá custos fixos de produção dando continuidade à melhoria de performance. A venda de caixas e chapas de papelão ondulado da Klabin atingiu 502 mil toneladas, 2% inferior a 2010. A receita líquida totalizou R$ 1.223 milhões, 6% superior à do ano passado. A indústria nacional de cimento, principal consumidora de sacos industriais da Klabin, vem priorizando o atendimento do mercado interno e investindo fortemente na ampliação de sua capacidade produtiva. Dados preliminares do SNIC e estimativas de mercado indicam que as vendas de cimento no Brasil em 2011 atingiram cerca de 64 milhões de toneladas, nível superior aos 59 milhões de toneladas obtidos em 2010.

Em 2011, a Companhia foi mais seletiva na venda de sacos industriais, visando melhor mix de vendas e mercados de melhores margens. A renegociação de contratos com clientes realizada durante o ano afetou os volumes do segundo e terceiro trimestres. No entanto, no quarto trimestre as vendas voltaram a atingir o nível normalizado com ganho de margens.

O volume de vendas de sacos industriais das unidades Brasil e Argentina em 2011 totalizou 136 mil toneladas, com receita líquida de R$ 489 milhões, queda de 4% no volume e aumento de 3% na receita comparativamente a 2010.

Resultado Operacional

Em 2011, o volume de vendas (excluindo madeira) totalizou 1.739 mil toneladas, 1% superior a 2010 devido a maiores exportações de kraftliner. Em relação ao ano anterior, o volume no mercado interno permaneceu estável com aumento de 2% na venda de cartões, compensado por leve redução das vendas de produtos convertidos.

A receita líquida (incluindo madeira) totalizou R$ 3.889 milhões, 6% superior a 2010. A receita do mercado interno representou 78% da receita líquida total, a mesma participação de 2010.

O efeito não-caixa da variação do valor justo dos ativos biológicos foi de R$ 271 milhões, inferior ao ano de 2010 devido ao menor contingente de florestas que passaram a ser reconhecidas por seu valor justo. O custo dos produtos vendidos em 2011 foi de R$ 2.827 milhões, 3% superior ao de 2010. O custo unitário dos produtos vendidos foi de R$ 1.626/t, 2% acima do ano anterior, comparado a inflação de 6,5% no período. A elevação dos gastos com mão de obra e paradas para manutenção foi parcialmente compensada pelos programas de redução de custo e menor consumo de óleo combustível.

O lucro bruto em 2011 foi de R$ 1.332 milhões, impactado pelo efeito não caixa da menor variação dos ativos biológicos.

As despesas com vendas em 2011 foram de R$ 321 milhões, 7% mais altas quando comparadas a 2010, devido principalmente a maiores despesas de frete e despesas fixas de venda. As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 249 milhões em 2011, 16% superiores ao ano anterior, afetadas principalmente por indenizações, dissídios coletivos e maiores gastos com serviços prestados.

O resultado operacional antes do resultado financeiro (EBIT) em 2011 foi de R$ 797 milhões. A geração operacional de caixa (EBITDA) em 2011 atingiu R$ 1.077 milhões, o melhor resultado histórico da Companhia e 12% superior ao ano de 2010, com margem EBITDA de 28%. O EBITDA ajustado, que exclui os ganhos com a venda de imóveis em Del Castilho (RJ) e de terras no Mato Grosso do Sul atingiu R$ 1.028 milhões, ainda assim, o maior valor já registrado pela Klabin. O EBITDA inclui R$ 2,2 milhões referente à participação sobre a venda de madeira da Vale do Corisco.

Resultado financeiro e endividamento

O endividamento bruto consolidado no final de dezembro de 2011 era de R$ 5.297 milhões, sendo R$ 910 milhões (17% da dívida bruta) no curto prazo.

O caixa e as aplicações financeiras em 31 de dezembro somavam R$ 2.562 milhões, 6% menores do que o ano passado devido ao desembolso com a compra da Florestal Vale do Corisco ocorrida em novembro.

O endividamento líquido consolidado totalizou R$ 2.735 milhões e foi influenciado pelo efeito apreciação do câmbio sobre a parcela da dívida em moeda estrangeira e pela aquisição da Vale do Corisco. A relação dívida líquida / EBITDA atingiu para 2,5 vezes em 2011.

Resultado líquido

O lucro líquido também foi impactado pela apreciação do dólar em relação ao real em 2011 e totalizou R$183 milhões no ano.

Investimentos

Durante o ano de 2011 a Companhia continuou focando em investimentos de alto retorno como forma de reduzir os custos variáveis. Em março, com a entrada em operação da caldeira de biomassa na planta de Otacílio Costa, a Companhia reduziu o consumo de óleo combustível em 25%, substituindo-o pela queima de resíduos florestais para geração de energia.

No último trimestre do ano foi concluído o desgargalamento na planta de evaporação na fábrica de Otacílio Costa, que também colaborou para a diminuição nos custos de geração de vapor no período. Em Monte Alegre, foi instalada a linha de transmissão de alta-tensão (230 kV) que tem como objetivo trazer energia a um custo mais baixo. Nas unidades de conversão foram adquiridas duas onduladeiras, sendo que a primeira, com 72 mil toneladas de capacidade de produção, entrou em operação em setembro na fábrica de Goiana (PE). O segundo equipamento está sendo instalado na fábrica de Jundiaí-DI (SP) com início de operação previsto para junho de 2012. Em novembro de 2011 também foi adquirida e instalada mais uma linha completa para a fabricação de sacos multifolhados valvulados. A linha entrou em operação ao final de 2011 na unidade de Lages I e proporcionará ganhos de produtividade e qualidade no segmento. A fábrica de Goiana irá receber nova capacidade no 4T12. Também em novembro, a Companhia adquiriu 51% da empresa Florestal Vale do Corisco Ltda., especializada no cultivo e comercialização de madeira, detentora de 107 mil hectares de terras com 63 mil hectares de florestas de pinus e eucalipto plantadas no Estado do Paraná. Com esta aquisição, a área florestal plantada da Companhia totaliza 243 mil hectares, dos quais 110 mil hectares estão disponíveis para o desenvolvimento de novos projetos industriais. O incremento do plantio com espécies de maior produtividade assegura matéria-prima para o aumento da capacidade de produção de fibras. Também no ano, foram adquiridas máquinas, equipamentos e módulos de colheita para acelerar o ritmo de corte de madeira.

Os investimentos em 2011 totalizaram R$ 883 milhões, sendo R$ 428 milhões correspondentes à compra da Vale do Corisco e R$ 455 milhões nas unidades de negócios, dos quais, 51% foram alocados na Unidade de Negócio Papéis, 31% na Unidade de Negócio Florestal e 16% na Unidade de Negócio Conversão. O montante investido durante ano, excluindo a compra da Vale do Corisco, foi 18% superior ao de 2010.

Parte dos investimentos iniciados no ano será concluída em 2012, como a nova caldeira de biomassa em Correia Pinto com entrada prevista para junho de 2012, em substituição à atual, movida a óleo combustível, e o desgargalamento na linha de branqueamento da Unidade Monte Alegre, que objetiva aumentar a capacidade de produção de celulose branca daquela planta. A entrada em operação desse projeto está prevista para outubro.

Orientação estratégica

A atuação orientada para a criação de valor determina a prioridade estratégica da Klabin de ampliar a competitividade em todas as linhas de produtos, aproveitar as diversas oportunidades de crescimento no setor e reforçar sua liderança no mercado de embalagens no Brasil. Para crescer de forma sustentável, a Companhia baseia sua visão de futuro a partir de uma análise criteriosa das perspectivas da indústria mundial de celulose e papel e de suas vantagens competitivas no setor florestal, como disponibilidade e alta produtividade de madeira. Nessa direção, planeja usar sua posição diferenciada para dar início a um novo projeto de produção de celulose de fibra longa e curta, a partir de um modelo de parcerias na estruturação de negócios, de forma a não pressionar seu balanço financeiro.

Mercado de capitais

Em 2011, as ações preferenciais da Klabin (KLBN4) apresentaram valorização de 37% enquanto o IBOVESPA apresentou redução de 18%. O volume médio diário negociado atingiu R$ 15 milhões, 27% superior a 2010.

Em reunião extraordinária do Conselho de Administração realizada em 13 de outubro de 2011, foi autorizado o Programa de Recompra de Ações Preferenciais de até 42,0 milhões de ações de própria emissão. Esse programa é válido por 365 dias ou até 12 de outubro de 2012. No ano a Companhia comprou 2,8 milhões de ações e encerrou o mês de dezembro com 30 milhões de ações preferenciais em tesouraria, que correspondem a 5% das ações preferenciais. No ano, o BNDESPAR vendeu 20,4 milhões de ações preferenciais da Klabin. Desse modo, a participação do banco caiu de 18% para 15% das ações preferenciais. Foram pagos dividendos complementares no valor de R$ 70 milhões e dividendos intermediários no montante de R$ 137 milhões, atingindo o total de R$ 207 milhões em 2011.

O capital social da Klabin é representado por 918 milhões de ações, sem valor nominal, das quais 317 milhões de ações ordinárias e 601 milhões de ações preferenciais. Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 20 de dezembro de 2011, foi aprovado aumento do capital social da Companhia no montante de R$ 771,5 milhões, sem a emissão de novas ações. Dessa forma, o capital social da Companhia passou de R$ 1.500 milhões em 31 de dezembro de 2010 para R$ 2.271,5 milhões em 31 de dezembro de 2011.

Projetos Únicos e projetos concorrentes

Projetos Únicos: são aqueles para os quais não há alternativas, sendo nesse sentido “únicos”. Nesse caso, a decisão a ser tomada é se o projeto tem viabilidade ou não.

Projetos concorrentes: são projetos para os quais há alternativas, de modo que uma alternativa inviabiliza a outra. Nesse sentido são “Concorrentes”.

Técnicas de Analise de Investimentos

Após a discussão sobre a montagem dos fluxos de caixa e os tipos de projetos, os quais os componentes básicos da resolução dos problemas de análise de investimentos, faz-se possível apresentar as técnicas de análise de investimentos.

Existem diversas técnicas de análise de investimentos, das mais simples ás mais sofisticado, porém, destacam-se três principais, as quais são as mais utilizadas e disseminadas:

• Período de retorno (Payback)

• Valor Presente (VPL)

• Taxa interna de retorno (TIR)

Período de retorno (Payback)

O método payback tem como pressuposto avaliar o tempo que o projeto demorará a retornar o total do investimento inicial. Quanto menor o payback melhor o projeto.

A idéia do payback é “o tempo para recuperar o investimento”. Por isso ele sempre deve ser avaliado em dias, semanas, meses e anos, quanto menor o tempo de retorno mais interessante será o investimentos.

Critérios de decisão com o Payback:

O método payback pode ser aplicado tanto a projetos únicos quanto a concorrentes, conforme descrito.

Projeto Único: deve-se definir um tempo máximo aceitável de payback. O problema é que essa definição passa a ser sujeita, uma vez que se trata do tempo que o investidor estaria disposto a aguardar pelo retorno do projeto.

Projetos concorrentes: com dois ou mais projetos que são excludentes, deve-se escolher apenas o melhor, ou seja, o que tem o menor payback, tendo, portanto, o retorno mais rápido.

Formula do Payback;

Sendo:

• PR= Período de Recuperação

• CFt= total no ano t

• Io= investimento Inicial

Criticas ao Payback

O método do payback é de todas as técnicas de análise de investimentos, a mais intuitiva e simples, e essas são as suas grandes virtudes. É o mais utilizado de todos os métodos, justamente pela sua simplicidade. Contudo, também por essa grande simplicidade, o payback pode levar a falhas graves de análise.

• Não leva em conta o valor do dinheiro no tempo: esse método despreza o custo do dinheiro, ou seja, não compara o investimento realizado com possíveis ganhos em outros investimentos, tais como aplicações financeiras, podendo levar o investidor a escolher projetos de retorno muito mais longo do que necessário.

• Não considera os riscos de cada projeto, que podem ser muito diferentes: o payback considera que todos os investimentos analisados possuem o mesmo risco, desprezando a analise de risco de cada um.

• Não considera os fluxos de caixa após o período de payback: o payback só analisa o investimento até este ser recuperado pelo investidor, ou seja, ao atingir-se o tempo de payback, cessa-se a analise, desprezando todos os fluxos de caixa posteriores.

Valor presente Liquido (VPL)

O método do VPL é um método alternativo do payback, visando corrigir as principais deficiências apresentadas por este. Para utilizar o VPL, faz-se necessário construir o fluxo de caixa do projeto, sendo os seus principais componentes;

• Investimento inicial e investimentos adicionais

• Fluxo de caixa positivos ou negativos de retorno

• Valor residual do investimento se houver.

O método do VPL utiliza os princípios financeiros calculando o valor presente do fluxo de caixa do investimento.

Fórmula de calculo do VPL;

Taxa mínima de atratividade (TMA)

A TMA deve representar o retorno mínimo exigido, em porcentagem, para o investidor concordar em realizar o projeto. Em geral, essa taxa representa o custo do dinheiro no tempo para esse investidor ou, ainda, o custo das oportunidades perdidas, o chamado “custo de oportunidade”, já que esses recursos poderiam ser utilizados em outro investimento.

Qual deve ser a taxa de atratividade utilizada?

Considerações a serem levadas;

Taxa de retorno da aplicação financeira: supõe que o custo de oportunidade seja o de deixar os recursos aplicados em investimentos de baixo risco (renda fixa).

Taxa de captação de empréstimo: supõe que a empresa não possua os recursos necessários para investir e, assim, será obrigada a captar um empréstimo.

A interpretação do VPL

Pode-se afirmar que, tão importante quanto o aprendizado da aplicação da técnica, no caso VPL, é a interpretação dos resultados.

VPL Positivo: o projeto foi capaz de recuperar o investimento inicial (payback), além de pagar a TMA sobre esse investimento e produzir um retorno de valor positivo em reais, adicional ao investimento inicial.

VPL Negativo: o projeto não foi capaz de recuperar o investimento inicial (payback) e pagar a TMA.

Projetos Únicos (VPL): se o VPL for positivo, aceita-se o projeto se for negativo rejeita-se o projeto.

Projetos Concorrentes (VPL): escolher o maior VPL, contanto que seja positivo. Caso os dois VPLs sejam negativos, rejeita-se os dois projetos.

Vantagens do VPL em relação ao Payback

O método do VPL é tecnicamente muito superior ao método do payback como guia para a avaliação de projetos de investimento. Conforme já discutido, o payback possui três falhas graves como o método de analise de investimentos, as quais não ocorrem com o VPL.

Falhas do Payback Vantagens do VPL

Não leva em conta o valor do dinheiro

no tempo

Considera o valor do dinheiro no tempo, mediante o uso da TMA;

Não considera os riscos de cada projeto, que podem ser muito diferentes;

Pode considerar diferentes riscos, ajustando a TMA de cada projeto;

Não considera os fluxos de caixa após o período de payback Considera todos os fluxos de caixa, inclusive com determinação de período de tempo para a correta comparação em termos de custo de oportunidade.

Taxa interna de retorno

A taxa interna de retorno é um método similar ao VPL, ou seja, utiliza a mesma lógica de cálculo, contudo, apresenta os resultados em porcentagem, e não em valores monetários. O método TIR tem como pressuposto calcular o retorno composto (em %) do fluxo de caixa, ou seja, qual é a taxa composta necessária para transformar o investimento inicial nos fluxos futuros , como se o valor fosse aplicado em renda fixa.

Critérios de decisão da TIR

Da mesma forma que o VPL a TIR necessita da utilização da TMA neste caso se:

TIR>TMA – se aceita o projeto

TIR<TMA – rejeita-se o projeto

A TIR deve ser usada com relação aos tipos de projetos também.

Projetos Únicos estabelecer uma taxa mínima de atratividade, se a TIR for maior que esta taxa aceita-se o projeto.

Projetos Concorrentes: Calcular a TIR de cada um e escolher a maior, mas estabelecendo, da mesma forma que no projeto único.

Encontra-se o valor da TIR apenas utilizando a calculadora HP12C, pressionando as teclas F e IRR após efetuar o calculo do VPL.

Comparação da TIR com VPL e o Payback

A TIR é equivalente ao VPL, assim, ambos são métodos bastante superiores ao Payback quanto á análise de investimento.

Falhas do Payback Vantagens do VPL TIR

Não leva em conta o valor do dinheiro

no tempo

Considera o valor do dinheiro no tempo, mediante o uso da TMA; Considera o valor do dinheiro no tempo, mediante o uso da TMA

Não considera os riscos de cada projeto,

que podem ser muito diferentes;

Pode considerar diferentes riscos, ajustando a TMA de cada projeto; Pode considerar diferentes riscos, ajustando a TMA de cada projeto;

Não considera os fluxos de caixa após o

período de payback Considera todos os fluxos de caixa, inclusive com determinação de período de tempo para a correta comparação em termos de custo de oportunidade.

Considera todos os fluxos de caixa, inclusive com determinação de período de tempo para a correta comparação em termos de custo de oportunidade.

O Conceito de Inflação

A inflação é definida como o aumento continuo e generalizado dos preços na economia. Esse é um processo como processo inflacionário, que se estende a todos os bens econômicos.

Valores nominais e valores reais

Valores nominais: são os valores correntes, aqueles que incorporam a inflação. Estes são os valores que encontramos na prática, utilizados nos supermercados, lojas, salários, dividendos, impostos.

Valores Reais: são os que retiram o efeito da inflação, também chamados de valores constantes. Esses valores são efetivamente ganhos ou perdidos já descontados a inflação no período. Eles medem de forma efetiva as mudanças de preços.

VPL e Inflação

A fim de utilizar corretamente o VPL, sem distorções de valores, faz-se necessário ajusta-lo para contemplar corretamente a inflação. No caso de os valores do fluxo de caixa e da TMA estarem na mesma base, ou seja, ambos nominais, ou ambos reais, nenhum ajuste faz-se necessário, basta aplicar VPL. Contudo, se estiverem em bases diferentes, há duas opções:

• Ajustar todos os valores do fluxo de caixa;

• Ajustar a TMA

Neste caso se adota a segunda opção por sua maior facilidade pois alterar a TMA significa ajustar apenas um valor.

TIR e Inflação

A fim de utilizar corretamente a TIR, sem distorções de valores faz-se necessário contemplar corretamente a inflação. No caso dos valores do fluxo e da TMA estarem na mesma base, ou seja, ambos nominais, ou ambos, reais, nenhum ajuste faz-se necessário, basta aplicar a TIR. Contudo, se estiverem em bases diferentes, há duas opções:

• Ajustar todos os valores do fluxo de caixa;

• Ajustar a TMA

Da mesma forma que o VPL, em geral, adota-se a segunda opção, ou seja, ajustar a TMA.

Necessidade de Capital de Giro (NCG)

A necessidade de capital de giro (NCG) tem uma grande importância pelo fato de fornecer informações das atividades operacionais, decisões tomadas pela alta gerência, à forma de financiamento das aplicações de recursos. O cálculo da necessidade de capital de giro de cada ano da empresa segue conforme a fórmula abaixo:

NCG =(Duplicata a receber + Estoque - Contas a pagar)

(Total de dias do Ano)

Obs: em alguns casos não haverá o valor de contas a pagar (fornecedores) neste caso para se encontrar o valor utiliza-se a fórmula a seguir:

Dias do mês (30) x custo unitário de material = X / Valor unitário de venda

Obs: no caso de valores quebrados utiliza-se o método de arredondamento.

Após achar o valor do fornecedor volta-se para a formula primaria.

Com base na teoria estudada acima um exemplo para o calculo de viabilidade de investimento (se é ou não viável efetua-lo).

Dados Fornecidos

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Vendas Esperadas 54.000 42.000 39.000 33.000 24.000

Preço de venda unitário 28 28 28 28 28

Custo unitário de material 11,3 11,3 11,3 11,3 11,3

Custo unitári de mão de obra 5,95 5,95 5,95 5,95 5,95

Custo unitário de energia 1,13 1,13 1,13 1,13 1,13

Custo de oportunidade do aluguel do imóvel 7500 7500 7500 7500 7500

Despesas de depreciação 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1

Investimento inicial 1900000

I.R. 27,50%

Dados para o cálculo da NGC

• Os recebíveis de cliente correspondem a 50 dias.

• Os estoques montam 20 dias de vendas – 5 de matérias prima e 15 de produtos em processo e acabados.

• Os fornecedores correspondem a 30 dias de compras.

Calculo da NCG

NCG (Duplicata a receber + Estoque - Contas a pagar)

50 (20+15+5) ?

Formula Contas a pagar (fornecedores)

30 dias x custo unitário de material (11,30)

F = 30 x 11,30 = 339

F = 339 / 28,00 = 12,11

NCG =(Duplicata a receber + Estoque)-(Contas a pagar)

50 (20+15+5) 12

NCG = 50+40-12 = 78

NCG = 78/ 360 = 21,66

NCG = 21,66

Com base no material estudado nesta atividade, elaborar um fluxo de caixa com as seguintes informações:

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Vendas Esperadas 54.000 42.000 39.000 33.000 24.000

Preço de venda unitário 28,00 28,00 28,00 28,00 28,00

Custo unitário de material 11,30 11,30 11,30 11,30 11,30

Custo unitário de mão de obra 5,95 5,95 5,95 5,95 5,95

Custo unitário de energia 1,13 1,13 1,13 1,13 1,13

Custo de oportunidade do aluguel do imovel 7.500,00 7.500,00 7.500,00 7.500,00 7.500,00

Despesas de depreciação 10% 10% 10% 10% 10%

Investimento Inicial 1.900.000,00

I.R. 27,50%

Dados para o calculo da NCG

1 – Os recebíveis de clientes correspondem a 50 dias;

2 – Os estoques montam a 20 dias de vendas – 5 de matérias-primas e 15 de produtos em processo

e produtos acabados;

3 – Os fornecedores correspondem a 30 dias de compras.

Em base nos cálculos efetuados na tabela de Fluxo de Caixa chegamos aos dados abaixo;

Ano Investimentos

0 R$ 1.900.000,00

1 R$ 496.213,10

2 R$ 357.935,90

3 R$ 355.206,80

4 R$ 331.554,20

5 R$ 1.048.505,70

Calculo VP

Com base nos cálculos acima chegamos à seguinte tabela;

Ano Investimentos Investimentos Descontados

0 R$ 1.900.000,00

1 R$ 496.213,10 459.456,57

2 R$ 357.935,90 306.872,34

3 R$ 355.206,80 281.974,61

4 R$ 331.554,20 243.702,23

5 R$ 1.048.505,70 713.595,36

Calculo do Payback

PR = 1.292.005,75 – 2005.601,11 = 0,3755

1.900.000,00

Prazo de Recuperação = 4 anos + 0,3755 anos

Prazo de Recuperação = 4,3755 Anos

Neste caso teremos a recuperação do capital investido em um prazo de 4,3755

Calculo do Lucro

Lucro = 2005.601,11 – 1.900.000,00 = 105.601,11

Analisando os resultados vemos que bateram tanto os cálculos manuais quanto pela HP12C como deveria, também conforme apresentado que somente pela HP12C chegamos ao valor do TIR.

Conclusão

Avaliando o trabalho solicitado e os cálculos efetuados, chegamos à conclusão que este investimento em particular é aceito por nossa empresa, pois, nos apresenta uma taxa de recuperação aceitável de 4,3755 anos e uma taxa mínima de atratividade superior a calculada de 9,84, e nos possibilitando um lucro de 105.601,12, fazendo assim que nossa empresa tenha maior visibilidade no mercado.

BIBLIOGRAFIA:

http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS

http://download.finep.gov.br/dcom/brasilinovador.pdf

http://www.portalbrasil.net/rendavariavel/index_faq.htm

Livro: análise de Investimentos

Autor: Rodolfo Leandro de Feria Olivio

Editora Aline

PLT nº115

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