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Apostila Recurso De Materiais E Patrimoniais

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Por:   •  11/5/2013  •  2.087 Palavras (9 Páginas)  •  644 Visualizações

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC JÚLIO DE MESQUITA

EXTENSÃO ESTHER MEDINA

TÉCNICO EM LOGÍSTICA

LOGÍSTICA REVERSA

Nome: Welton Pereira dos Santos Nº22 Série: 3ºZ

SANTO ANDRÉ - SP

2011

1. A Logística Reversa e seus Canais de Distribuição

Apesar da literatura ainda ser bastante restrita sobre o tema, existem algumas definições, conceitos e nomenclatura de Logística Reversa bem aceita em geral que apresentamos a seguir.

A logística reversa apresenta diversas definições que foram evoluindo ao longo do tempo. Algumas delas apresentamos abaixo.

“Logística reversa é um amplo termo relacionado às habilidades e atividades envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de resíduo de produtos e embalagens…” (CLM, 1993:323, Apud: Leite, 2003).

“Logística reversa: em uma perspectiva de logística de negócios, o termo refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura…” (Stock, 1998:20, Apud: Leite, 2003).

“O Processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e as informações correspondentes do ponto de consumo para o ponto de origem com o propósito de recapturar o valor ou destinar à apropriada disposição” (Rogers e Tibben-Lembke, 1999:2, Apud: Leite, 2003).

“Logística reversa cuida dos fluxos de materiais que se iniciam nos pontos de consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem, com o objetivo de recapturar valor ou de disposição final” (Novaes, 2004: 54).

Adotaremos neste documento a definição de logística Reversa de Leite (2003:16), assim definida: “entendemos a logística reversa como a área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros”.

Desta forma, a logística reversa tem como objetivo, segundo Leite (2003), tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo ou de negócios, agregando valor econômico, ecológico, legal e de localização. Ainda segundo Novaes (2004) a logística reversa tem dois objetivos distintos: (1) recapturar valor; e (2) oferecer disposição final.

Estas atividades visam 3 finalidades: reciclagem, reprocessamento ou descarte. Entende-se como reciclagem a transformação de componentes/materiais usados para serem reincorporados na fabricação de novos produtos. Este é o exemplo do aço: a sucata de produtos descartados é misturada ao mínimo de ferro em indústrias siderúrgicas.

Sob a ótica da reciclagem e preservação do meio ambiente, alguns autores citam a logística reversa como logística verde. A indústria de latas de alumínio é notável no seu grande aproveitamento de matéria prima reciclada, tendo desenvolvido meios inovadores na coleta de latas descartadas.

Nos casos em que a reciclagem é anti-econômica ou há excesso de oferta no mercado, é necessário garantir o descarte de forma segura para a população e meio ambiente.

Existem ainda outros setores da indústria onde o processo de gerenciamento da logística reversa é mais recente, como na indústria de eletrônicos, automobilística e de produtos radioativos. Estes setores também têm que lidar com o fluxo de retorno de embalagens, de devoluções de clientes ou do reaproveitamento de materiais para produção.

Tendo como foco o reprocessamento para ampliação do ciclo de vida do produto/embalagem, podemos citar como exemplo os fabricantes de bebidas. Estes têm que gerenciar todo o retorno das garrafas dos pontos de venda até seus centros de distribuição.

Uma situação diferenciada trata de empresas terceiras que têm como objetivo de negócio a reciclagem de materiais para um novo processo produtivo, independente do fabricante original. Podemos citar exemplos de produtos inseridos neste cenário como sendo pneus, cartuchos de tinta de impressoras, garrafas pet, etc., que não voltam para sua indústria de origem, mas sim são fontes de matéria prima para indústrias completamente diferentes.

No caso de latas de alumínio a logística reversa ocorre para reciclagem dos produtos. As latas são recolhidas, sofrem compactação em volumes menores e retornam para os fabricantes. Esse processo se deve ao alto custo do metal.

É importante que, neste estágio, conceituemos a vida útil de um bem como sendo o tempo decorrido desde a sua produção original até o momento em que o primeiro possuidor se desembaraça dele. Esse desembaraço pode ocorrer pela extensão de sua vida útil, com novos proprietários ou pela disponibilização por outras vias, como a coleta de lixo urbano, as coletas seletivas, as coletas informais, entre outras, passando-a à condição de bens de pós-consumo (Leite, 2003).

As duas grandes áreas de logística reversa, tratadas de forma independente pela literatura, são diferenciadas pelo estágio ou fase do ciclo desta vida útil do produto retornado, conforme ilustrado na figura 7. Esta diferença se faz necessária, pois o produto logístico, os canais de distribuição reversos em que os produtos percorrem, os objetivos de negócio e, por fim, as técnicas operacionais utilizadas em cada área de atuação, são distintos.

A logística reversa de pós-venda é área de atuação da logística que se ocupa do equacionamento e operacionalização do fluxo físico e das informações logísticas de bens de pós-vendas em uso ou com pouco uso, os quais por diferentes motivos retornam aos diferentes estágios das cadeias de distribuição direta. O objetivo do negócio desta área da logística empresarial é agregar valor a um produto que é devolvido por razões comerciais, erro no processamento dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento, avarias no transporte, etc..

Por outro lado, a logística reversa de pós-consumo é a área de atuação da logística que equaciona

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