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Arquivo De Serviço Social

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Por:   •  14/12/2013  •  2.500 Palavras (10 Páginas)  •  276 Visualizações

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Arquivo de Serviço Social

As formas de enfrentamento da questão social:Nas décadas de 30 e 40

Posted in As formas de enfrentamento da questão social. Nas déc with tags Ação Social, assistencialista, capitalistas, classe proletária, ditadura militar, Escolas, Estado, Estado intervencionista, Estado liberal, Estado moderno, Igreja Católica, LBA, Loas, missão, prática profissional, Questão Sociais, Serviço Social, trabalhadores on 20 Junho, 2008 by nusocial

canehill31Esse texto visa fazer uma abordagem que analise as formas de enfrentamento da questão social nas décadas de 1930 e 1940, assim como também o contexto histórico em que se situava a profissão de assistente social e como isso refletia na prática profissional. Para que exista um diálago mais confortável e até mesmo coerente não será feita uma distinção entre tópicos nem mesmo no que se refere as diferenças de âmbito nacional e internacional.

A profissão surge com a ascensão da sociedade burguesa nas primeiras décadas do século XIX. Assim, com o aparecimento de classe sociais, a burguesia necessitava de um profissional que cuidasse da área social assistindo a classe proletária. Dessa forma, a classe dominante exerceria um certo “controle” sobre os proletários.

Quando o Serviço Social surgiu no Brasil, o País caminhava rumo a um intenso processo de industrialização e um avanço significativo rumo ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Tornando, assim, mais intensa também as relações sociais peculiares ao sistema social capitalista.

03Nesse contexto, foi feita uma série de medidas de políticas sociais, como uma forma de enfrentamento das múltiplas questões sociais, ao mesmo tempo em que o Estado conseguia a adesão dos trabalhadores, da classe média e dos grupos dominantes, estes, donos do capital. O governo populista adotava, ao mesmo tempo, mecanismos de centralização político-administrativa, que favoreciam o aumento da produção, dando condições para a expansão e a acumulação capitalista.

No momento, não existia uma metodologia ou teoria acerca da profissão ou o que era a mesma. Com o passar do tempo a profissão foi se estruturando, chegando hoje a uma profissão com teorias e metodologias. Atualmente O Serviço Social se encontra em uma profissão interventiva buscando a diminuir as disparidades sociais. Em muitas vezes, ela assumi características peculiares, que marcar seu próprio desenvolvimento e ajuda a compreender suas limitações em seu próprio campo de ação.

As condições ideais que proporcionaram a profissionalização do Serviço Social foi a crescente intervenção do Estado nos processos de regulação e reprodução social, por meio das políticas sociais públicas. Neste contexto de enfrentamento de questão social pelo Estado, empresários e a própria Igreja Católica desenvolveu e conduziu à institucionalização e legitimação do Serviço Social profissional.

abana_cafe_na_i_lgAs origens do Serviço Social esta localizadas na emergente sociedade de 1930, em uma conjuntura peculiar do desenvolvimento capitalista, marcada por conflitos de classe, pelo crescimento numérico e qualitativo da classe operária urbana e pelas lutas sociais contra a exploração do trabalho e pela defesa dos direitos de cidadania.

Ao contrário do que acontecera em governos anteriores, entretanto, o governo populista, que assumiu o poder logo após a Revolução de 1930, reconheceu a existência da questão social, que passou a ser uma questão política a ser enfrentada e resolvida pelo Estado.

No entanto, as primeiras iniciativas de organização da profissão vinculam-se ao protagonismo de grupos sociais predominante femininos, participantes do movimento católico leigo e responsáveis pela ação social da Igreja Católica junto aos segmentos mais vulnerabilizados e empobrecidos da classe operária, especialmente crianças e mulheres.

foto_missaoNa época, o Serviço Social era concebido como uma “missão”, um “serviço” à sociedade, que estava na dependência de uma “vocação” específica de seus agentes, a quem competiria, segundo expressões muito utilizadas na época, “fazer o bem-feito”. Isso significava realizar um trabalho de ajuda com competência técnica, com base em princípios filosóficos e morais, que seriam transmitidos aos assistentes sociais, através da educação.

Atravez dos modelos franceses e italianos (sindicalismo católico, liga eleitoral, ação católica, dentre outros) o movimento católico manteve uma participação intensa na disputa por hegemonia na sociedade brasileira no que se refere ao campos social/assistencial.

Relacionando o Serviço Social com a questão social e com as políticas sociais do Estado, tornou-se necessário o debate de alguns elementos da problemática do Estado: o Estado liberal, o Estado intervencionista, e as funções educativas, políticas e sociais que se desenvolvem no âmbito do Estado moderno.

Os processos de institucionalização do Serviço Social, como profissão, estão relacionados com os efeitos políticos, sociais e populistas do governo de Vargas. A implantação dos órgãos centrais e regionais da previdência social e a reorganização dos serviços de saúde, educação, habitação e assistência ampliaram de modo significativo o mercado de trabalho para os profissionais da área social.

O Serviço Social, como profissão e como ensino especializado, beneficiou-se com esses elementos históricos conjunturais. Ao mesmo tempo em que se ampliava o mercado de trabalho, criavam-se as condições para uma expansão rápida das escolas de Serviço Social.

Com o crescimento do operariado industrial, a Igreja Católica amplia enormemente sua presença nos trabalhos assistenciais, sendo responsável praticamente pelas agências de formação dos primeiros assistentes sociais.

A organização dos católicos leigos na Semana de Ação Social e sua articulação com a União Católica Internacional de Serviço Social, dão sustentação ao surgimento das primeiras Escolas de Serviço Social, nas Pontifícias Universidades Católicas de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Essas primeiras escolas de Serviço Social do país, respectivamente em 1936 e 1937, organizaram-se sob forte influência européia, especialmente franco-belga, países nos quais foram formadas as pioneiras do Serviço Social.

Entretanto, essa terceira via alternativa ao Liberalismo e ao Socialismo, o chamado Comunitarismo Ético Cristão – da Igreja Católica – vem acompanhado, de uma forte aliança com os setores dominantes da sociedade brasileira. Segundo CARVALHO (1980, 61):

O laicado, o apostolado social, ao servir a igreja, participando

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