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Artigo Assalto Semaforo

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Por:   •  6/6/2014  •  1.941 Palavras (8 Páginas)  •  797 Visualizações

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ANALISE DE SOLUÇÃO DE PROBLEMAS, ROUBO NO SEMÁFORO

FULANO DE TAL

Resumo: Este documento apresenta o estudo de caso, relatado em uma reportagem sobre furto e roubo de objetos em veículos que estão parados nos semáforos. Essa modalidade de roubo vem acontecendo em uma determinada região do estado de São Paulo, em uma proporção desenfreada. O objetivo deste, é identificar as causas do ocorrido, detalhar o problema, afim de propor soluções para o caso.

Palavras-chave: Roubo. Furto. Veículos. Reportagem.

1 – INTRODUÇÃO

A Polícia Militar com o passar do tempo teve sua evolução institucional para adequar-se as necessidades da sociedade. Até chegar a concepção e a adoção do policiamento orientado para o problema, ocorreu um processo histórico contínuo de evolução da atividade de polícia.

Primeiramente, o policiamento moderno tem seu início com a criação da Polícia Metropolitana de Londres, pelo Sr. Robert Peel em 1829. Através desse momento histórico começou uma evolução acelerada e constante do trabalho policial, influenciando inclusive os organismos policiais do Brasil.

A primeira fase da Polícia Moderna foi a “Era Política”, que compreendeu o período de 1830 à 1930. A segunda fase que compreendeu de 1930 à 1980, denominou-se a “Era da Reforma”, ou Profissional. Caracterizou-se por propor melhorias na capacitação física e mental dos policiais. Foi o período em que foi introduzido novas tecnologias no trabalho policial. A Era em que nos encontramos hoje, desde 1980 é a “Era da Solução de Problemas com a Comunidade”. Esta se caracteriza por um relacionamento mais próximo entre polícia e comunidade.

Através da linha de raciocínio da Era da Solução de Problemas com a Comunidade, de dar ênfase na prevenção aos crimes, foi feito uma análise de uma reportagem produzida pela rede Record, onde mostra um problema específico em um semáforo da grande São Paulo. Neste artigo através do método IARA (SARA), será identificado o problema, analisado o mesmo e será proposto soluções para tentar saná-lo, bem como apresentar os resultados obtidos com a implantação destas propostas.

2 - IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

A reportagem foi feita no cruzamento entre a Avenida do Estado e a Avenida Alcântara Machado em São Paulo/SP. Os flagrantes denunciam a falta de segurança e o descaso da polícia, segundo a emissora. Os assaltantes circulam pelas passarelas como se fossem pedestres comuns sem serem vistos pelos motoristas. Quando os veículos param eles atacam. Segundo estudos da secretaria de segurança pública de São Paulo, ocorreu em média 2 mil assaltos somente no ano de 2008. Como uma forma de tentar resolver o problema o JORNAL FOLHA UNIVERSAL publicou uma sequência de fotos com vários flagrantes de assaltos referente a reportagem. As fotos foram requisitadas pelo ministério público que fez a solicitação de reforço no policiamento da região, segundo José Carlos Blat (Promotor), “ali é a ponta de um iceberg enorme e o campo onde se encontra uma série de atividades criminosas inclusive do PCC. Contas correntes são abertas de maneira irregular, esses documentos são comercializados e servem para golpes e outros crimes”.

O problema apresentado trata-se de furto e ou/roubo que ocorre no momento em que o sinal fica vermelho ou o trânsito para no semáforo. No vídeo é possível visualizar o momento em que, surgem os larápios e começam suas ações. Eles procuram os desatentos e desprevenidos. Nesse momento nota-se que todos os condutores fixam seu olhar nos veículos da frente e não percebem que indivíduos surgem das passarelas para entre os carros e passeiam despretensiosamente em busca de mais uma vítima. Repentinamente o malandro visualiza uma bolsa feminina ou uma pasta masculina, qualquer coisa de valor que chame sua atenção encima do banco do automóvel. Com a rapidez de uma cobra venenosa, dá o bote mortal, aproveitando a distração do condutor, e o fato de o vidro estar aberto ou fechado pouco importa, com um simples pedaço de objeto metálico atira e despedaça o vidro rompendo a barreira que o impedia de praticar o furto. Após pegar o que querem como forma de despistar possível perseguição, trocam de roupas ou simplesmente retornam para estre as passarelas que por sua vez funcionam como um labirinto, pois lá já esperam outros infratores para pegar o produto furtado e leva-lo de forma a não deixar o mínimo de pista sobre a autoria.

Foram pegas algumas imagens da reportagem para servir de ilustração do problema que está sendo analisado, e colocadas abaixo:

agens retiradas da reportagem da rede Record.

3 – ANÁLISE

Em uma visão geral do problema citado a cima, podemos traçar o perfil das vítimas. Elas normalmente estão despercebidas, desatentas e não prezam para o princípio de não deixar a mostra objetos de valor ou qualquer coisa que possa ser de interesse dos delinquentes.

É notório no ambiente de ação dos infratores que tudo propicia para o crime existente. No local não há proteções naturais e a iluminação é precária. O fluxo de pessoas a pé é quase inexistente, o que no contrário dificultaria um pouco mais a ação dos criminosos e a falta de policiamento no trecho aumenta ainda mais a insegurança e a facilidade dos meliantes para o cometimento de crimes.

O perfil dos criminosos dá para tirar conclusões de que eles aparentemente não estavam mal trajados, o que significa que não são andarilhos ou mendigos que vivem nas ruas, mas sim pessoas mal intencionadas que se aproveitam das facilidades para cometer delitos no local. As filmagens foram feitas de dia também e em horários que deveriam estar trabalhando, e os menores estudando, mais preferiram cometer crimes. Talvez pelas condições financeiras desfavoráveis que se criaram desde a infância, ou pela ausência das funções básicas do estado, como saúde, educação, emprego e comida para com suas famílias.

Para concluir a analise do problema vamos identificar suas causas e consequências através do diagrama de causa e efeito (espinha de peixe), identificando resumidamente as vítimas, infratores, ambiente, órgãos de segurança e outros órgãos, que dão causa ao problema.

ESPINHA DE PEIXE

4 – RESPOSTA

Após a identificação do problema e a análise do mesmo, na sequencia do método IARA, vamos propor melhorias para tentar saná-lo. Melhorias estas que variam desde adequação no local (ambiente), até a mudança de hábito das pessoas que por ali trafegam.

Método SARA (IARA) foi criado em 1987, por John Eck e William Spelman, que conceberam um modelo para implementar a estratégia do policiamento orientado para o problema.

O método foi denominado de SARA, um acróstico de suas quatro etapas – scanning, analysis, response e assessment. Esse artigo foi baseado nesse método, representado na figura abaixo:

Esquema do método IARA

Melhorias sugeridas:

- Em conjunto com o órgão da prefeitura responsável pela iluminação, foi proposto um novo projeto para o local, com mais luminárias com a intenção de melhorar a visibilidade;

- Ao órgão competente a infraestrutura da cidade de São Paulo, foi proposta um novo projeto de adequação do canteiro de separação de pista que atualmente serve como rota de fuga para os delinquentes. Talvez fazer uma barreira ao invés de um corredor no meio das pistas como é, e para facilitar a travessia de pedestres, construções de passarelas;

- Seria importante uma repaginação no ambiente retirando pichações dos paredões e melhorando a limpeza do trecho para não passar a sensação de abandono do local;

- Foi ressaltado a importância da disponibilidade de placas nas vias com frases de conscientização dos condutores para trafegar com atenção redobrada;

- Influenciar as pessoas através da mídia a não deixar objetos que chamam atenção por cima dos bancos dos automóveis. O correto é colocar no assoalho traseiro, dificultando a visibilidade do pedestre que passa porventura ao lado do automóvel;

- O condutor deve sempre ficar atento ao seu redor e no veículo a frente, e sempre que possível reduzir a velocidade bem antes de chegar ao sinal fechado, permanecendo assim o menor tempo possível parado na via;

- Sempre que possível o condutor deverá transitar pela pista do meio e não pela esquerda donde podem surgir criminosos;

- Para a Polícia Militar cabe um aumento do policiamento ostensivo, bem como a implantação de P2 para facilitar o flagrante;

- Já a Polícia Civil, cabe levantar dados de quem são essas pessoas, e com quem atuam, para entender a identidade do criminoso e sua tipificação;

- Ao Conselho Tutelar da cidade cabe trabalhar em cima dos menores infratores, com ênfase na recuperação dos mesmos através de trabalhos sociais.

5 – AVALIAÇÃO

Foi notória a queda de ocorrências de roubos e furtos no trecho analisado.

Após a cooperação da concessionária de energia que planejou a iluminação na via, dificultou a ação dos infratores, uma vez que mesmo a noite a visibilidade do ambiente ficou excelente. A infraestrutura da via no que diz respeito a barreira divisória que os infratores transitavam, foi destruída e feito um divisor de canteiro com plantas, o que fez também o ambiente melhorar muito sua característica que outrora parecia estar abandonado. As paredes sujas foram pintadas. Passarelas para pedestres foram construídas.

No decorrer das ruas e avenidas de toda cidade de São Paulo foram distribuídas placas de conscientização dos condutores, e na mídia em geral está sendo debatido e orientado os condutores a andar sempre atento ao trânsito e ao redor das vias. Os condutores já mudaram suas posturas, adotando as dicas de segurança repassadas.

A Polícia Militar está mais presente nas vias. Adotou planos de patrulhamento ostensivo a pé e motorizado voltados apenas para os semáforos. Em parceria com a prefeitura e governo do estado foram instaladas novas câmeras para ajudar na identificação de infratores.

Foi descoberto através de trabalhos da Polícia Civil que os infratores são na sua grande maioria menores de idade. Estão sendo trabalhados com suas famílias as causas do abandono escolar, bem como tratamentos para os que são usuários de drogas.

Nas primeiras semanas de trabalho policial foram presos e apreendidos em flagrante vários infratores.

6 – CONCLUSÃO

Concluímos que a melhor forma de resolver um problema é analisando passo a passo, parte por parte do mesmo. E em se tratando de crime, entender as características das vítimas, como é o ambiente em que acontece, quais são os órgãos envolvidos, e quem são os agentes, é primordial para propor melhorias para chegar a uma solução.

Nesse caso foi feito um estudo baseado no método IARA, em cima de um problema que ocorria em um semáforo de São Paulo. Várias eram as vítimas e tínhamos vários fatores no ambiente que favoreciam para a prática de furto r roubo nesse trecho da via.

Enfim, após identificar o problema através de um detalhamento do mesmo, e analisar as vítimas e mais detalhes envolvendo o ato, como ambiente e característica dos agentes, foi proposto melhorias em diversos pontos do contexto afim de evitar o problema. Podemos chegar a uma avaliação dessas propostas que foram postas em prática, e concluir que através deste estudo, foi sanado o problema, graças ao entendimento das autoridades envolvidas, bem como da compreensão e empenho das pessoas que por ali trafegam e vivem.

7 - REFERÊNCIAS

<https://www.youtube.com/watch?v=YonoVX6QpI0>. Acesso em: 30 mai.2014.

<http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26413299/furto-qualificado>. Acesso em: 01 jun.2014.

<http://www.jusbrasil.com.br/topicos/264132379/furto>. Acesso em: 01 jun.2014.

<http://www.jusbrasil.com.br/topicos/26413488/roubo>. Acesso em: 01 jun.2014.

BONDARUK, R. L. A prevenção do crime através do desenho urbano. Curitiba: Edição do autor, 2007.

MARCINEIRO, N. Polícia Comunitária: Construindo segurança nas comunidades. Florianópolis: Insular, 2009.

BONDARUK, R. L. Design contra o crime: prevenção situacional do delito através do design de produtos. Curitiba: FIEP, 2008.

CLARKE, R. V.; ECK, J. E. Análise de crime para solucionadores de problemas em 60 pequenos passos. Tradução por SOARES, A. S.; SOUZA, E, 2010. Disponível em: <http://www.popcenter.org/library/reading/PDFs/60steps-portuguese.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2014.

DIAS NETO, T. Policiamento comunitário: A experiência norte-americana. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2003.

OLIVEIRA, José Ferreira de. As políticas de segurança e os modelos de policiamento: a emergência do policiamento de proximidade. Coimbra: Almedina, 2006.

ROLIM, M. A Síndrome da Rainha Vermelha: policiamento e segurança pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2 ed., 2009.

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