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Artigo Sobre Milho

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Por:   •  7/3/2014  •  3.732 Palavras (15 Páginas)  •  974 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O milho é o terceiro cereal mais importante do mundo. Plantado desde cerca de 3000 a 3500 a.C. nos planaltos mexicanos, produzindo a mais alta rentabilidade por semente (de uma semente plantada obtinha-se 80 ou até mesmo, em casos excepcionais, 800). Apenas com o uso da enxada e com poucos dias de trabalho ao ano (cerca de 50), o milho garantiu altas densidades populacionais (CARNEIRO, 2003).

A importância econômica do milho é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização, que vão desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. O milho em grão na alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal no mundo, cerca de 70%. Apesar de não ter uma participação muito grande no uso de milho em grão, a alimentação humana, com derivados de milho, constitui fator importante de uso desse cereal em regiões com baixa renda (Cruz et al. 2006).

Nas últimas décadas, foram observadas mudanças no padrão de consumo do milho e de outros alimentos. Novos valores, sociais e ambientais, antes pouco relevantes, estão sendo agregados aos produtos e influenciando a escolha dos consumidores. A crescente demanda por alimentos mais saudáveis, de melhor qualidade, com elevado valor nutricional gerou a necessidade de se adotarem novos modelos de produção (Fontanetti et al., 2006), como a agricultura orgânica.

A adição de materiais orgânicos é fundamental à qualidade do solo, caracterizando-se pela liberação gradativa de nutrientes, que reduz processos como;

Lixiviação, fixação e volatilização, embora dependa essencialmente da taxa de decomposição, controlada pela temperatura, umidade, textura e mineralogia do solo, além da composição química do material orgânico utilizado no plantio (LEITE et al., 2003)

O milho é uma das culturas mais exigentes em fertilizantes, especialmente os nitrogenados. O suprimento inadequado de nitrogênio é considerado um dos principais fatores limitantes ao rendimento de grãos do milho, pois o nitrogênio exerce importante função nos processos bioquímicos da planta. Ele é constituinte de proteínas, enzimas, coenzimas, ácidos nucleicos, fitocromos e da clorofila (CANTARELLA, 1993).

O uso racional da adubação nitrogenada é fundamental, não somente para aumentar a eficiência de recuperação, mas também para aumentar a produtividade da cultura e diminuir o custo de produção (FAGERIA et al., 2007).

Genótipo com alta eficiência no uso de nitrogênio é desejável na agricultura de baixos insumos e também na agricultura capitalizada. Isto porque os desperdícios e a escassez desse elemento mineral, que é o mais exigido pelas plantas, podem gerar problemas econômicos, ambientais, de saúde pública e de segurança alimentar (ROESCH et al., 2005).

Dessa forma, é necessária a busca por técnicas alternativas que possibilitem a redução das perdas, e, consequentemente, a produtividade de grãos na cultura do milho, principalmente em sistemas irrigados no período de inverno, tornando esta época atrativa aos produtores, aumentando, com isso, o volume de produção deste grão no cenário nacional. Sendo assim este trabalho tem como objetivo coletar dados entre produtores de milho e vendedores de lojas agropecuárias através da aplicação de questionários, para compreender como está o mercado produtor e consumidor desse grão na região de Anápolis, no estado de Goiás.

Figura 01: Milho Verde

Fonte:http://www.rochatop.com.br/noticias/quebra-da-safra-americana-sustenta-preco-do-milho-no-brasil

1. HISTÓRICO DO MILHO

Os primeiros registros de cultivo de milho no mundo datam de mais de 73 mil anos, em pequenas ilhas próximas ao litoral do México, no Golfo do México. Seu nome é de origem indígena, caribenha, significa “sustento da vida”. Como alimentação básica de várias civilizações (olmecas, astecas, maias e incas) ao longo de séculos, o cereal era mencionado na arte e na religião (CALDARELE, 2010).

Na América do Sul, o cereal é cultivado há pelo menos 4 mil anos, e, no Brasil, o cultivo é anterior à chegada dos europeus. Os índios, especialmente os guaranis, tinham o milho como principal ingrediente da dieta. Com a chegada dos portugueses, o consumo e o cultivo aumentaram, e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros (CALDARELE, 2010).

Com a chegada dos europeus ao continente americano no século 16, período que marcou o início da colonização da América, a cultura do milho expandiu-se para outras regiões do mundo. Atualmente, o cereal é cultivado em todos os continentes, e sua produção só perde, em quantidade, para o trigo e o arroz (EMBRAPA, 2009).

Apesar dos contínuos aumentos de produtividade do grão, a cadeia brasileira de milho ainda tem baixa expressão no mercado externo; o Brasil não é um exportador tradicional do grão. Assim, a produção brasileira segue a tendência determinada pelas condições do mercado doméstico, apresentando pouca interação com o mercado internacional. Da mesma forma, a formação dos preços do milho no Brasil, é fortemente influenciada por fatores do próprio mercado, sendo pouco afetada por movimentos do mercado mundial do grão (CHIODI, 2006).

No Brasil, grande parte da produção de milho é realizada por pequenos e médios agricultores e com algum tipo de estresse ambiental. A seleção de cultivares próprios para ambientes pobres em nitrogênio (N) tem sido buscada por diversos pesquisadores (MAJEROVICKS et al., 2002).

1.1 PRAGAS ASSOCIADAS AO CULTIVO DO MILHO.

Existem várias espécies de insetos associados com a cultura do milho; poucas, porem, constituem problema para a mesma. Entre elas, podem ser citadas a lagarta-rosca, a lagarta-elasmo e a lagarta-do-cartucho. Há pragas secundárias como o percevejo castanho e a larva-arame que se alimentam respectivamente da raiz e da semente no solo. Outro grupo de pragas que, dependendo de condições climáticas favoráveis, ocasionalmente, podem causar problemas para a cultura são: o curuquerê-dos-capinzais, a broca da cana-de-açúcar, o pulgão e a lagarta- da espiga (CRUZ, 1986).

Recentemente foi observada a presença de cigarrinhas das pastagens (fase adulta) atacando e causando enormes prejuízos às culturas do milho e arroz em regiões do Mato Grosso do

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