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As Contribuições De Joao Pernambucano

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Por:   •  30/9/2013  •  1.195 Palavras (5 Páginas)  •  494 Visualizações

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As contribuições de Ulysses Pernambucano para a educação de crianças especiais

Ulysses Pernambucano é considerado por muitos autores como sendo o pioneiro em desenvolver estudos sobre as deficiências mentais em crianças no Brasil. Em 1918, escreveu a tese intitulada Classificação das crianças anormais: a parada do desenvolvimento intelectual e suas formas; a instabilidade e a astenia mental que é tido como o primeiro estudo sobre as crianças excepcionais. Em 1925 é fundada a primeira escola de educação especial, instituição anexa à Escola Normal em Recife. Segundo Barreto (1992) suas práticas tinham caráter sócio-cultural e defendiam um tratamento médico-pedagógico, com formação diferenciada das professorandas que estariam aptas a identificar as dificuldades de aprendizagem das crianças.

Durante sua atuação como clínico, psiquiatra, educador, pesquisador, administrador e reformador (Uchôa, 1981), Ulysses Pernambucano sofreu inúmeras perseguições por defender ideias inovadoras no tratamento dos pacientes com distúrbios psiquiátricos e por defender as minorias marginalizadas. Mesmo assim, conseguiu realizar diversas ações que o tornaram um dos mais expressivos estudiosos de assistência psiquiátrica no Brasil até hoje.

Diante do interesse em pesquisar o projeto de educação de Ulysses Pernambucano, o objetivo do nosso artigo é pesquisar e apresentar as principais contribuições e ações implementadas por este pesquisador no campo do ensino à criança especial, sem desconsiderar fatores relevantes de sua atuação pioneira.

2. Um breve histórico

Ulysses Pernambucano de Mello Sobrinho nasceu em Recife em seis de janeiro de 1892. Faleceu aos 51 anos vítima de um enfarte fulminante. Desde muito jovem manifestou interesse pela Medicina, tanto que aos 20 anos formou-se médico no Rio de Janeiro. Especializou-se em psiquiatria, mas sua abordagem tinha uma grande aproximação com a Psicologia.

Após sua formatura residiu no Rio de Janeiro e clinicou no Paraná. De volta à Recife, concorreu a uma cadeira na Escola Normal de Pernambuco com a tese Classificação das crianças anormais: a parada do desenvolvimento intelectual e suas formas; a instabilidade e a astenia mental. O texto de 1918 é considerado o primeiro estudo sobre a deficiência mental no Brasil (Medeiros, ). Apesar de representar uma nova abordagem, voltada para a psiquiatria social (Uchôa, ), por questões políticas, Ulysses Pernambucano mesmo aprovado em primeiro lugar no concurso público foi indicado como professor substituto (Barreto, 1992).

Durante toda a sua atuação como médico e professor, Pernambucano sofreu perseguições políticas pela adoção de padrões “revolucionários” que modificariam toda uma estrutura vigente em seu tempo. É considerado juntamente com outros nomes, um dos pioneiros do movimento psiquiátrico no Brasil.

3. Influências

Ulysses Pernambucano foi diretamente influenciado pela atuação do psiquiatra baiano Juliano Moreira. Considerado por Uchôa (?) um dos maiores expoentes da psiquiatria brasileira, Moreira implementou ações de grande destaque na assistência aos alienados e na formação de psiquiatras, além de ter publicado expressivos trabalhos sobre os estudos psiquiátricos.

Outra grande referência de Pernambucano foi o sociólogo Gilberto Freyre (1990-1987). Influenciado pelo ideário da obra sociológica, Ulysses Pernambucano saiu em defesa de minorias que eram renegadas por outros pensadores de seu tempo, fato que lhe trouxe sérios problemas com o governo.

O legado de Pernambucano também mostra a caráter reformador de suas ações profissionais. Segundo Barreto e Antunes, Ulysses era representante de práticas de cunho sócio-cultural. Como fundador da Liga de Higiene Mental de Pernambuco (1392) buscou melhorias no atendimento, apoio e assistência aos doentes mentais. Sua grande preocupação com a educação fez com que se pensasse na formação de profissionais da área da saúde mental e criação de cursos que visassem atender à demanda educacional, desde escolas gerais às pioneiras escolas para as crianças excepcionais.

4. Educação Especial

Ulysses Pernambucano é apontado (pelos autores consultados) como o pioneiro em criar um projeto de educação voltado aos estudantes excepcionais. Barreto (1992) exemplifica que alguns autores atribuem este pioneirismo a professora Helena Antipoff fundadora do Instituto Pestalozzi no Brasil, entretanto, a própria educadora apontava Pernambucano como seu antecessor.

O trabalho de Pernambucano na educação foi marcado por suas reformas e parcerias com colaboradores e ex-alunos, dentre eles destaca-se a atuação fundamental de Anita Paes Barreto, uma educadora que também tinha expressivo interesse pela educação especial assim como seu mestre.

No artigo de Barreto (1992) intitulado “Ulisses Pernambucano, educador”, são descritos alguns dos passos do mestre como professor e diretor da Escola Normal de Pernabuco que atendia alunas que teriam formação primária e do Ginásio Pernambucano. À frente da Escola Normal, Pernambucano propôs a criação

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