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As Epidemias ao Longo da História

Por:   •  13/3/2023  •  Projeto de pesquisa  •  2.189 Palavras (9 Páginas)  •  41 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        3

2        DESENVOLVIMENTO        4

3        CONSIDERAÇÕES FINAIS        8

        REFERÊNCIAS        9

  1. INTRODUÇÃO

Atualmente, evidencia-se uma enorme crise mundial instaurada pela pandemia de um vírus recente, afetando diversas sociedades nos mais distantes rincões do planeta. A COVID-19 tem feito inúmeras vítimas ao redor do mundo, havendo um trabalho incansável das equipes médicas e científicas, mobilizando os diversos órgãos de saúde que buscam alternativas para frear o avanço do vírus e, consequentemente, reduzir o número de óbitos que crescem diariamente.  Talvez, esse tenha sido o momento mais delicado enfrentado pelo sistema de saúde internacional na Era Contemporânea, mas certamente não foi a única crise sanitária ao longo da história humana que foi alvo de inúmeras crises epidemiológicas no decorrer dos tempos.

A abordagem das epidemias, nos diversos períodos históricos, faz-se necessária pelo protagonismo que elas assumiram nas diversas crises sanitárias já enfrentadas, seja no continente europeu, asiático ou americano. Apesar de algumas diferenças na concepção e no enfrentamento, entre a crise atual e as demais desencadeadas ao longo da história das sociedades, conclui-se que há certos conceitos que se perpetuaram entre elas, tanto na maneira de se conceber a atuação dessas enfermidades, como na forma de lidar com o estado de calamidade instaurado durante tais períodos. As conjunturas existentes, vigentes durante essas epidemias, tiveram influência direta no resultado dessa relação de concepção e enfrentamento, delimitando as áreas do conhecimento médico-científico-religioso e centralizando as ações de combate segundo seus próprios interesses.

Na impossibilidade de uma análise mais minuciosa, perpassando pela plenitude das diversas epidemias que já eclodiram e se consolidaram no seio de diversas sociedades ao longo dos anos, serão tomados como base os artigos de Mario Jorge da Mota Bastos, intitulado “Pecado, castigo e redenção: a peste como elemento do proselitismo cristão (Portugal, séculos XIV/XVI)”, sob um prisma essencialmente cristão, e da profícua análise de Maria Antonia Pires de Almeida que estudou uma base de dados de mais de seis mil notícias, artigos e anúncios para analisar o “conhecimento médico e farmacêutico da segunda metade do século XIX e início do XX, o modo como era transmitido e divulgado ao público e as soluções apresentadas pelas autoridades sanitárias”.

  1. DESENVOLVIMENTO

Antes de tudo, faz-se necessário pensar sobre os valores circundantes às diversas sociedades diante do cenário epidemiológico enfrentado, cada qual em seu período delimitado, para uma melhor compreensão de seus posicionamentos frente às circunstâncias vigentes. Não há como mensurar o pensamento e o comportamento de outros povos e comunidades, vivendo em momentos e contextos distintos na história, especialmente quando se nega as particularidades estruturais em que esses elementos estão inseridos.

A experiência vivida na atualidade, em função da grande crise mundial oriunda de questões sanitárias, causada pela pandemia da COVID-19, sigla originária do inglês Corona rus Disease (Doença do Corona Vírus), unida ao número 19 em virtude da indicação do ano em que a moléstia foi identificada pela primeira vez, na cidade de Wuham, na China, torna-se um exemplo bastante significativo para se pensar em algumas das crises epidemiológicas que impactaram algumas regiões do mundo noutros momentos históricos. Revela-se uma boa gênese para a abordagem dessas epidemias que trouxeram, por muitas vezes, reflexões acerca de determinados posicionamentos, nos mais variados âmbitos das comunidades mundiais, perpassando por concepções religiosas, científicas e tecnológicas, indo até os procedimentos rudimentares de saúde e higienização.

As crises epidemiológicas estiveram presentes nos diversos períodos da história mundial, desde os mais remotos, no início da Era Cristã, ao recente caso vivido na Era Contemporânea. Evidentemente, tornar-se-ia impossível tratar tais epidemias caso a caso, de maneira mais abrangente, fazendo-se necessário sintetizar algumas dessas crises e abordar regiões específicas que foram afetadas por elas. Para isso, serão tomadas algumas prerrogativas do autor Mario Jorge da Motta Bastos, fazendo-se valer da interpretação formulada pelos membros da Igreja em Portugal, ao longo dos séculos XIV ao XVI, relativa à crise epidêmica de Peste Bubônica que assolou a Europa e, mais precisamente, o país lusitano.

Dentre as epidemias que causaram maiores impactos nas diversas sociedades pelo mundo, a Peste Bubônica (conhecida popularmente como Peste Negra) merece um destaque especial, sagrando-se como a pior epidemia que atingiu a Europa no século XIV. Calcula-se que, entre os anos de 1346 a 1351, cerca de 75 a 200 milhões de pessoas foram vítimas fatais da doença, dizimando aproximadamente um terço da população europeia.  A herança da Revolução Industrial mostrava-se presente nos principais territórios europeus, inclusive nas cidades portuguesas, caracterizadas pelos centros urbanos sem mínimas condições de salubridade e higiene. Com isso, a conscientização quanto à higiene pessoal e coletiva foi um dos fatores primordiais no combate à epidemia. Na medida em que se melhorou a higienização e o saneamento das cidades, diminuiu-se consideravelmente a população de ratos urbanos, principais hospedeiros da bactéria Yersinia pestis, transmitida para o homem pela pulga desses animais contaminados. De qualquer forma, estes aspectos não foram unívocos na concepção popular que caminhava sob os olhares atentos da esfera eclesiástica.

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